Depois de eliminar o Figueirense com um gol decisivo marcado pelo atacante Fernandinho, o Flamengo encara nesta quarta-feira (21.09) o Palestino, em Santiago, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa Sul-Americana. Em comparação com o último oponente na competição continental, o rubro-negro terá um rival mais bem preparado taticamente, mas que tem problemas defensivos e não está no nível atual da equipe comandada por Zé Ricardo.
Nono colocado na atual temporada do Campeonato Chileno, o Palestino é um clube do segundo escalão do futebol nacional. Fundado em 1920 por imigrantes palestinos, foi campeão chileno duas vezes – 1955 e 1978 -, além de também ter vencido duas edições da Taça do Chile (1975, 1977). A década de 70 representou o auge na trajetória do clube. Em 1979, foi semifinalista da Taça Libertadores da América, mas acabou sendo eliminado pelo campeão Olimpia.
Na primeira fase da Sul-Americana 2016, o Palestino eliminou o peruano Real Garcilaso com um empate em 2×2 na altitude de Cuzco e uma vitória simples dentro de casa. Um bom termômetro da representatividade do clube no futebol chileno é o fato de ter em seu elenco muitos atletas que pertencem a Universidad de Chile e Universidad Catolica. No Palestino, um clube com menos pressão e menor poder de investimento, os atletas jovens emprestados acabam tendo mais oportunidades.
O time:
O esquema base do jovem técnico Nicolas Córdova é o 4-3-3, com destaque para o meia-atacante Leonardo Valencia. O jogador veste a camisa 10 e atua partindo da ponta-esquerda, mesmo sendo destro. Aliás, essa é uma característica da equipe: os pontas atuam em lados opostos aos seus pés de preferência. O ponta-direita Torres é canhoto. Ambos, com a bola dominada, buscam o centro do campo e têm bom poder de finalização, além de capacidade para colocar o bom centroavante Benegas na cara do gol.
É uma equipe extremamente ofensiva e que chega a se lançar ao ataque com os dois laterais simultaneamente. É claro que o fato gera problemas defensivos, mas o Palestino de Córdova não costuma ficar atrás mesmo quando joga fora de casa. O treinador tem apenas 37 anos e está em sua segunda temporada no clube. Antes, foi comandou a Seleção Chilena sub-15 por dois anos. Como jogador, atuou muitos anos no futebol italiano e teve algumas convocações para a seleção.
Como prova de que está levando a Sul-Americana a sério, o Palestino poupou atletas titulares na partida que antecedeu o segundo jogo contra o Garcilaso. Na ocasião, sofreu uma das duas únicas derrotas nos oito compromissos realizados nesta temporada. A falta de um elenco homogêneo é um dos problemas dos chilenos. O time titular conta com bons valores, mas entre os reservas apenas três jogadores são tidos como de confiança: o atacante Vidangossy, que inclusive já foi convocado para a Seleção Chilena, o jovem atacante Paredes e o experiente volante Cisternas, outro com passagem pelo escrete nacional.
A equipe titular conta com quatro argentinos, mas nenhum deles com grande destaque no país de origem. Além de Leonardo Valencia, Benegas e Torres, outros três jogadores podem ser destacados: o meia Mazurek, o lateral-esquerdo Cereceda e o goleiro Dario Melo. Cereceda e Melo são os atletas com maior rodagem internacional. O lateral tem 32 jogos pela Seleção Chilena e passagem pelo Figueirense. Já o goleiro, muito bom, apesar da baixa estatura, também já foi convocado.
Fase ofensiva:
Nos últimos anos, sob o comando de Jorge Sampaoli, a Seleção Chilena mostrou um futebol muito ofensivo. E isto, de certa forma, acaba gerando um efeito parecido nos clubes do país. O Palestino não foge a esta regra. É uma equipe que se solta demais e procura chegar ao ataque com muitos jogadores. Mesmo em jogos fora de casa, o Tricolor procura adotar essa postura.
Não é raro ver os dois laterais (Cereceda e Sierralta) apoiando o ataque de forma simultânea. Inclusive entram pela faixa central do campo buscando a área para finalizar, deixando os flancos para os extremos (Valencia e Torres). As jogadas são quase sempre concluídas com um cruzamento/inversão para o segundo pau, visando a infiltração de um dos apoiadores (Mazurek e Carvajal).
O espaço para a infiltração dos meio-campistas é aberto pelo centroavante Benegas. O argentino que veste a camisa 9 do Palestino tem porte físico do perfil clássico da posição, mas é um referência móvel. Encosta e se oferece para triangular no lado em que a jogada está sendo trabalhada. Desta forma, a ideia é atrair a atenção da linha defensiva para um lado do campo e abrir espaço do outro. Este tipo de movimentação é uma constante no plano de jogo do time. Ainda neste contexto, a equipe explora bastante a amplitude. Posiciona os pontas bem abertos para abrir a defesa adversária.
O lado preferencial das jogadas é o esquerdo. Tudo para aproveitar a capacidade de Leonardo Valencia, jogador mais talentoso da equipe, e do meio-campista argentino Mazurek, que tem boa capacidade de passe e leitura inteligente de espaços. O número de jogadores entrando na área também é um ponto forte do Palestino. Até por isso a equipe alça muitas bolas na área.
A iniciação das jogadas é feita pela região central do campo. Farias se aproxima da dupla de zaga e tenta progredir no campo, mas sem muita aproximação dos demais jogadores. A opção costuma ser um passe de média distância para Carvajal ou Mazurek. Se o Flamengo adiantar a marcação de forma organizada e intensa, pode anular as opções de passe e criar problemas na saída de bola do Palestino.
O Fla precisa ter cuidado com os encaixes individuais na marcação. Perseguir o adversário pelo menor espaço possível é necessário para não dar espaços ao Palestino e entrar no jogo dos chilenos. Outro ponto importante é evitar fazer faltas próximas à área. Apesar de não ter uma equipe de estatura tão alta, o tricolor de Santiago possui em Marcelo Valencia um ótimo cobrador.
Fase defensiva:
Se é uma equipe bem desenvolvida no plano ofensivo, o mesmo não se pode dizer na defesa. Assim como o Flamengo, o Palestino marca por encaixes individuais no setor. O jogador encaixa no adversário que entra em seu setor e o persegue até determinado ponto do campo ou até acabar a jogada. A diferença é que os chilenos se afastam demais de suas áreas de atuação e não possuem boa leitura coletiva para fechar os espaços que aparecem.
O resultado é a descompactação e a liberdade para o adversário avançar no campo de jogo. A abordagem de marcação varia bastante. Carvajal e o volante Farias exercem boa pressão no adversário que detém a bola. Torres também não deixa a desejar no quesito, mas o setor esquerdo de defesa falha bastante neste ponto.
A última linha de defesa procura atuar adiantada. Os dois zagueiros (Luna e Vidal), apesar de não serem tão qualificados no combate direto, não são lentos. O ponto fraco está nas costas do lateral-direito Sierralta, que é extremamente lento. Para impor seu jogo diante do Palestino, é essencial que o Flamengo seja agressivo pelas pontas e conte com um jogador de apoio para as triangulações.
Fonte: iFlamengoNews (Rodrigo Coutinho)
O Flamengo não pode entrar achando que ja ganhou, o time é bem abaixo do nosso mas costuma se superar nesse campeonato de mata mata.
Olho nesse Valencia! O cara joga o fino da bola.
Um time bom e que consegue manter as características do time titular é:
Alex Muralha
Rodinei
Donatti
Vaz
Jorge
Márcio Araújo(preferia Ronaldo, mas sei que é impossível)
Mancuello
Alan Patrick
Fernandinho
Adryan(Cirino)
Guerrero
Contra o Palestino, acredito que seja suficiente para vencê-los, mesmo lá. Me recusei a colocar Chiquinho,Paulo Victor e Sheik na escalação, esses 3 destoam do nível mínimo aceitável para jogar no Flamengo.
Donatti sentiu dores no joelho, nem viajou pro Chile
Vamos jogar com respeito, seriedade e muita calma, assim como tem sido nos jogos do brasileiro. É hora da America do Sul conhecer a cara do novo Flamengo!!
Creio que o Zé vá com:
Paulo Victor
Rodinei
Donatti
Vaz
Chiquinho
Márcio Araújo
Cuéllar
Alan Patrick
Fernandinho
Cirino
Guerrero
Queria que ele fosse com jorge na LE e Adryan no lugar de cirino, mas é quase impossível ele colocar o Jorge, mas tenho esperança que ele vá com o Adryan.
Se Chiquinho jogar a chance de perder aumenta em 80%. Estatística precisa e baseada em fatos reais kkkk.
Concordo, o cara é ruim demais, consegue ser pior que o Márcio Araújo.
É difícil, Alessandro, é muito difícil o cara ser pior que o VSQ!
Donatti sentiu o joelho, nem viajou pro Chile