Diego corre até 12 km por jogo e ainda busca sua melhor forma: “Vai crescer”

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Quando chegou ao Flamengo, Diego avisou no vestiário antes da estreia, em discurso divulgado pelo clube, que ia fazer tudo que o grupo estava fazendo para seguir a boa campnanha rubro-negra. Fez isso e até mais. Ao lado dos jogadores que atuam pelas pontas e fazem um sobe e desce constante para atacar e acompanhar laterais é Diego quem aparece com maior quilometragem nas estatísticas do Flamengo. Com função também de área a área, William Arão entra nesse grupo que corre de 10,8 km a 12 km por partida.

Ponto de desequilíbrio do Flamengo desde a estreia – com dois gols e um passe açucarado para Gabriel virar a partida contra o Vitória -, o camisa 35 é também um dos responsáveis pelo equilíbrio do sistema defensivo da equipe. Na maior parte da partida, principalmente no complicado primeiro tempo do Flamengo, ele ajudou mais na defesa do que no ataque. Roubou três bolas e deu combate na defesa como autêntico camisa 5.

O jogador comentou que a posição dos jogadores que fecham os lados do campo são fundamentais para a organização e funcionamento do time. Para fechar espaços, ocupar a defesa e evitar duelos individuais próximos da área do Flamengo.

– São jogadores fundamentais. O Damião, quando joga, o Guerrero, todos ajudam, A marcação começa ali. O que não sobrecarrega ninguém. O importante é esse esforço coletivo, para compactar. Hoje em dia todos time têm jogadores rápidos, então um mínimo de espaço é bem aproveitado – comentou o jogador.

Mas Diego pode mais. Apesar dos bons números e dos cinco jogos e cinco vitórias – quatro no Brasileiro, um na Sul-Americana -, o jogador ainda não está no melhor da forma física. O preparador físico do Flamengo, Daniel Gonçalves, lembrou que são pouco mais de sete semanas de treinos no Rubro-Negro – quando o processo para chegar ao ápice da forma para um atleta de alto rendimento dura um pouco mais.

– Ele ainda não está na melhor forma. Está em ascendente ainda de condicionamento. Por exemplo, o grupo está da metade para o final da temporada. Agora é normal que eles estejam em trabalho de manutenção e é normal que comecem a sentir os efeitos da temporada e dos efeitos de jogo, mas não estão adquirindo mais nada. Ele não, como vinha de inatividade, de férias, por mais que fizesse atividades e seja um atleta consciente, está entrando na oitava semana de atividades. Condicionamento físico ideal se adquire de oito a 12 semanas. Ainda está na fase final de aquisição de condicionamento e isso acaba trabalhando um pouquinho a recuperação entre os jogos. A medida que for adquirindo isso, com a continuidade dos trabalho, a tendência é dele crescer – explica Daniel Gonçalves.

O sistema de jogo do técnico Zé Ricardo – variando do 4-2-3-1 para o 4-1-4-1 – exige bastante dos jogadores de lado de campo, de William Arão e de Diego. Além da alta quilometragem por jogo, estes atletas são capazes de atingir altas velocidades mais de 60 vezes por partida. Não à toa as substituições mais comuns no elenco rubro-negro é a troca de Everton por Fernandinho, Gabriel por Marcelo Cirino, além da saída de Diego, no último jogo, para a entrada de Mancuello. Daniel Gonçalves cita estudo na Premier League que apontou aumento de 30% no número de ações em velocidade máxima de jogadores por partida.

Com tecnologia de ponta e alto investimento em ciência para 2016 – defasagem para os grandes clubes brasileiros que o próprio departamento de futebol costumava relatar -, o Flamengo monitora a carga para cada um dos atletas, tratando de analisar o esforço que o jogador obedece para cada função. Os testes são diários e entram em espécie de histórico recente do atleta. Contra o Vitória, os números observados em Everton fizeram a comissão técnica a preservar o jogador – Fernandinho entrou, fez um gol e bom primeiro tempo.

– O que é mais importante para a gente são as ações de alta intensidade. São essas ações acima de 18 km/, 21 km/h. Um jogador nessa função de lado de campo ou de meio que vai de área a área faz de 60 a 80 solicitações acima de 18 km/h num jogo. É a famosa troca de velocidade. Muitas vezes o jogador dispara, a bola nem passa nele, mas é importante para atrair a marcação, abrir espaço – diz o profissional rubro-negro.

Fonte: GE

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