Se há pouco mais de um ano as diretorias de Flamengo e Fluminense se uniram no que parecia ser uma saída para os desmandos da FERJ e o atraso sepulcral do futebol brasileiro, atualmente cada vez mais distantes elas estão. O que vem esfriando a boa relação que ambas tinham são as disputas fora de campo, que começaram a confrontar interesses de cada clube.
Mesmo ainda com diálogos abertos, o bom trânsito entre as duas direções começou a ficar menos convergente quando entraram em disputas as cotas do Campeonato Carioca. Fla e Flu se recusavam a assinar o acordo com a TV Globo derenovação dos direitos de transmissão do Campeonato Carioca, porque a FERJ estabelece regras que lesam financeiramente o clube. Porém os tricolores cederam à pressão e concordaram verbalmente em aceitá-lo. O Rubro-Negro não cedeu e acabou havendo um racha na união.
Pelo acordo, os valores alcançariam, no total, R$ 120 milhões por ano. Desse montante, 10% (R$ 12 milhões) seriam pagos à FERJ. Os quatro grandes receberiam 15% (R$ 18 milhões) cada um. Ou seja, com a exploração exclusiva de publicidade nos estádios, a Federação ganharia mais que os clubes. Flamengo se recusa a aceitar tais exigências, que ainda incluem a interferência no preço dos ingressos e taxas.
Mas o que vem sendo visto como algo que pode atrapalhar de vez o relacionamento entre as duas diretorias é a “Questão Maracanã”, como é tratada internamente por ambos. A diretoria Rubro-Negra tem interesse em administrar o Maracanã. Só que precisaria de uma parceria para entrar numa possível licitação futura. A Odebrecht, que administra o estádio, quer repassá-lo e se livrar do enorme prejuízo que vem causando, além de um problema jurídico que corre no Ministério Público do RJ.
O Fluminense tem um contrato com a concessionária que lhe garante a venda de ingressos para os setores atrás dos gols, enquanto as receitas de bares totais e as vendas de ingressos nos setores centrais e despesas ficaria com a Odebrecht. O tricolor, por tanto, teria quase 40 mil entradas e quase nenhum gasto. A mudança de gestão anularia esse acordo. O clube nem pensa nessa possibilidade, principalmente em ano eleitoral e candidatos a favor da manutenção do mesmo.
Flamengo tenta convencer o (ex?) parceiro a entrar nessa briga, mas não vem tendo sucesso. Enquanto há desencontro de interesses, as duas diretorias tentam não desfazer a parceria. Afinal de contas, um depende do outro. Sozinhos, os dois perderiam muito da força política que conseguiram.
Bruno Guedes
Fonte: Goal
Não precisamos do Fluminense para nada, está mais do que evidente que eles estavam nessa “aliança” conosco por puro interesse em se beneficiar às nossas custas.
Vai querer ajuda da florminenC, dá nisso, as flores não aguentam a pressão.
As flores estão acostumadas a dar pra trás, nenhuma novidade. SRN