O Flamengo cruzou 35 bolas na área do Cruzeiro, segundo o Footstats. Vinte no primeiro tempo, quinze na segunda etapa. Muito para 57% de posse de bola. Mesmo buscando o fundo através de tabelas e triangulações, o repertório foi bem mais pobre desta vez em Caricacica.
Queda de produção e falta de ideias na segunda etapa até Zé Ricardo trocar Márcio Araújo por Mancuello, a ousadia dos momentos de necessidade, e Everton por Alan Patrick. Também tirou Gabriel e colocou Fernandinho.
Perdeu solidez defensiva e, além do golaço de Rafinha, o Flamengo cedeu espaços que poderiam ter sido fatais se Ábila aproveitasse suas duas oportunidades. Mas ganhou qualidade técnica para colocar a bola no chão e trabalhar na busca de espaços.
Foi feliz no chute de Guerrero que desviou em Bruno Rodrigo e saiu do alcance do goleiro Rafael. A origem, porém, não foi no cruzamento, mas no passe de Alan Patrick pelo centro. O mesmo que recebeu de Diego e serviu Mancuello para a finalização precisa do argentino.
Trabalho com calma, passando pelos três meias do time. Apesar da pressão pela necessidade do resultado em casa para não permitir que o líder Palmeiras abrisse vantagem. Sem a solução mais fácil e menos criativa da bola levantada na área. Será que os pontas são necessários sempre, desde o início?
O Flamengo segue acertando mais passes e com maior posse de bola que o rival na briga pelo topo da tabela. Mas também pode fazer melhor. Cruzar menos, tocar mais.
Assim como a bela jogada ensaiada do time de Cuca que terminou nas redes com o zagueiro Mina na vitória sobre o Coritiba por 2 a 1, o gol da incrível virada rubro-negra em cinco minutos deixa isso bem claro.
Fonte: André Rocha
bla bla bla. Quando pará acertou os cruzamentos ninguém disse nada. Jornalista é engenheiro de obra pronta.