O cenário era de total pessimismo. Sem o Maracanã entregue aos Jogos Olímpicos, a dupla Fla-Flu sofreu duras críticas no início do Campeonato Brasileiro por conta da “vida de cigano” que teria que levar ao longo da competição. Após rodar pelo país em busca de um lar, os rivais, enfim, parecem ter encontrado seus abrigos ideais.
O Rubro-Negro foi ao vizinho Espírito Santo e achou em Cariacica seu “Maracanã capixaba”, como o próprio técnico Zé Ricardo tratou de batizar. Por lá a equipe está invicta e com 100% de aproveitamento. São cinco jogos e cinco vitórias.
“É o Maracanã capixaba, a gente fica feliz. É a quinta vez que venho jogar aqui e somos sempre muito bem recebidos. As pessoas têm carinho imenso. Conseguimos manter os 100% de aproveitamento que é uma coincidência bem positiva”, declarou o treinador, que está na vice-liderança do Brasileiro.
Já o time tricolor se refugiou mais próximo, dentro do Rio de Janeiro mesmo, mais precisamente em Mesquita, na Baixada Fluminense, e também ainda não perdeu. No estádio de Edson Passos são três jogos, com duas vitórias e um empate, que aconteceu na última quarta-feira contra o Corinthians pela Copa do Brasil.
“Ainda não perdemos aqui com a presença do torcedor. Um jogo desses sem torcida ficaria muito pior. O gramado está bom, e choveu o tempo inteiro. Não é o que as duas equipes merecem, que é o Maracanã, mas esse ano é especial. É uma obrigação do Fluminense oferecer um bom campo para os adversários, porque queremos o mesmo jogando fora. A CBF tem que atuar nesse sentido”, disse Levir.
No caso do Flamengo, o clube já encontrou um estádio Kléber Andrade remodelado e com um serviço de jogo oferecido por empresas terceirizadas com vantagens ao Rubro-Negro. Já o Tricolor precisou investir em reparos em Edson Passos na estrutura e no gramado do estádio.
A ideia inicial era a de que o Maracanã retomasse suas atividades para os clubes cariocas justamente em um Fla-Flu do dia 12 de outubro, em jogo válido pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro. No entanto, por conta de adaptações feitas no gramado para a abertura dos Jogos Paraolímpicos, o desejo foi descartado e ainda não há uma data precisa da reabertura dos portões do estádios para os jogos de futebol.
Fonte: UOL