Presente no Allianz Parque durante o empate com o Palmeiras na última quarta-feira, o vice-presidente de comunicação do Flamengo, Antonio Tabet, deu a sua versão sobre a confusão ocorrida no camarote dos dirigentes do clube e ironizou a preocupação com o comportamento de rivais em uma partida de futebol.
Segundo ele, houve uma comemoração no momento do gol de Alan Patrick, mas sem desrespeito aos palmeirenses. Quando o time da casa empatou, Tabet e outros dirigentes flamenguistas relataram arremesso de objetos no local.
“Ninguém vai ver eu discutindo nem com torcedor do Flamengo. Mostraram uma foto minha e falaram que estava provocando. E eu estava só rindo. Isso virou uma preocupação. Para mim o cara é doente. Seja pelo fato de ser Flamengo, ser diretor, por eu estar no camarote do estádio rival, eu tenho que ficar quieto? Querem que tire o lenço e chore quando se faz um gol?”, disse em entrevista à “ESPN Brasil”.
“Atiraram isqueiro, sapato…. Um segurança disse ‘saiam daí, venham aqui para trás e não vão mais ali porque quem está aqui embaixo é a Mancha (Verde, torcida organizada do Palmeiras) e eles conhecem os atalhos do estádio’. Não acho que houve dolo de colocar ali o camarote. Só acho desagradável, não é o futebol. E não é toda a torcida, é só uma porção dela”, completou.
No jogo em questão, as torcidas organizadas do Palmeiras e todos os flamenguistas estavam proibidos de comprar ingressos para o jogo como punição imposta pelo STJD à briga entre torcedores dos times em Brasília, no primeiro turno do Brasileiro. Porém, os dirigentes alegam que a Mancha Verde se agrupou próxima ao camarote flamenguista.
“A punição deixou o estádio sem 20% dos ingressos. Atrás do gol de lá, estava vazio. Não sei se aquele camarote é colocado à disposição sempre para os visitantes, não quero cometer injustiças. Mas nossos camarotes estavam acima daquele lugar que as organizadas estavam combinando de se encontrar antes do jogo pela internet”, disse Tabet.
“A gente estava lá, quieto na nossa. Quando fez 1 a 0, você comemora. Você é torcedor, comemorei na minha. Tem gente que comemora de forma mais efusiva. Quando o Palmeiras empatou, começaram a tacar objetos”, completou.
Logo após a confusão, torcedores palmeirenses ouvidos pela reportagem no estádio relataram à reportagem do UOL que os dirigentes cariocas teriam começado o tumulto tacando gelo de dentro para fora dos camarotes – na direção das arquibancadas.
Questionado se teria provocado os palmeirenses, o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Melo, negou. “Só discuti quando o Márcio Araújo foi expulso. Não provocamos ninguém. Falei que era um roubo, e de fato foi. O Brasil inteiro viu esse roubo”, completou o mandatário.
Fonte: UOL