“Vitória, rubro-negro, amor: coisas do Flamengo”

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Nosso Flamengo fez o necessário. Manteve a sequência de bons resultados, chegou à quarta vitória seguida no campeonato, jogou a pressão pro lado de lá e agora vem com sangue nos olhos para pegar o líder do jeito que a gente esperava: embalado.

E foi duro manter o embalo. Em um Barradão abarrotado, o Mengo viu algo incomum tomando por base as últimas partidas: o adversário que foi para cima. Enquanto a bola corria preocupou, mas no fim das contas reforçou nossa força e esperança. O time do Flamengo se mostrou capaz de lidar com outra proposta de jogo. Provavelmente similar à que encontraremos na próxima quarta-feira.

Escalado com 3 atacantes, o vermelho e preto da Bahia partiu com tudo ante o único rubro-negro do planeta. Controlava as ações, causava um nó na cabeça flamenga, atônita. Criou oportunidades, mas foi abrir o placar justamente em uma chance malcriada. O chute torto virou passe para o estreante Zé Love marcar. Love, amor.

Aos que não nascem com o dom de ser Flamengo, poderia ser um presságio. Aos que nascem, certamente era. O time se chama Vitória, a torcida acha que é rubro-negro e o atacante leva no nome o amor.

Vitória, rubro-negro, amor. Características carregadas no espírito de uma só agremiação: o Clube de Regatas do Flamengo. Cabia a ele fazê-las valer.

Zé Ricardo começou com Fernandinho no lugar de Éverton e em pouco tempo mandou o novo talismã inverter o lado com Gabriel. Fernandinho aberto pela direita é uma coisa que incomoda demais o blogueiro aqui. Falta a perna destra e, com a canhota, ele sempre traz a bola para o meio, aniquilando as ultrapassagens laterais que têm dado tão certo. Sem as triangulações por ali, a bola passa por menos pés, carece de cadência. Logo, do cadenciador. A formação do Flamengo na maior parte do primeiro tempo apagava o futebol de Diego, muito bem marcado, diga-se.

Poucas chances criamos na primeira etapa. A última delas, fatal. Fernandinho de novo partiu para o meio, dessa vez sem a bola. Ela estava com Pará, que fez a aclamada ultrapassagem pela direita – em tabela com Arão – e deu na cabeça do talismã.

Após igualar o placar e voltar à posição original, Fernadinho deixou o gramado, aos 13 do segundo tempo. Entrou Alan Patrick, com a missão e capacidade de dar mais eficiência ao jogo de Diego. O melhor dos resultados foi visto poucos minutos mais tarde. Grande passe de Diego, na tabela com Gabriel que só foi parar na rede.

Virada rubro-negra. Vitória do Flamengo. Amor.

Poderia ter tido mais, não teve. Sem problemas. 3 pontos para coroar o aniversário de 44 anos de Dejan Petkovic. Iugoslavo, hoje sérvio, que veio para cá defender o vermelho e preto da Bahia e acabou se consagrando no único rubro-negro do planeta.

Aliás, na última vez que Pet jogou no estádio do Palmeiras eles eram os líderes. E o Flamengo arrancava para o título. 2×0, 2 gols do gringo. Naquela oportunidade, a Nação pôde testemunhar o ato de perto. Nessa não poderá.

Não é hora de lamentar. Ser Flamengo é estar disposto a vencer todas as adversidades. Que, na quarta-feira, a alma de Petkovic esteja com vocês. A nossa certamente estará.

Marcos Ameida

Fonte: Nosso Flamengo

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