“As mulheres ainda são minoria nos sócios torcedores dos clubes – e isso é péssimo”

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Entre os 12 times mais populares, as mulheres representam um décimo do total de sócios. Menos do que em 2015. O futebol perde uma oportunidade social e econômica.

As mulheres ainda correspondem a uma parte muito pequena, um décimo do total, dos programas de sócios torcedores dos 12 clubes mais populares do Brasil. Pior, elas diminuíram a participação em sete deles neste ano em relação à temporada anterior. São sinais de que o futebol brasileiro, além de não acompanhar um movimento da sociedade de inclusão feminina, continua a desperdiçar dinheiro.

ÉPOCA pediu aos departamentos de marketing de todos os times os percentuais, entre sócios torcedores ativos, de homens e mulheres sobre o total. Os dados remetem ao mês de setembro de 2016 e podem ser comparados com os de junho de 2015, quando este mesmo repórter, então no Globo Esporte, fez a mesma solicitação aos clubes.

O Internacional continua a ser a equipe com mais associadas, proporcionalmente, seguido por Corinthians, Grêmio e Santos. Nenhum tem mais do que 22% de seu quadro social preenchido por mulheres. No outro extremo, os clubes menos inclusivos são Flamengo, Vasco, Botafogo e São Paulo, todos com 10% ou menos.

A inclusão das mulheres é uma oportunidade para os negócios dos clubes. Há mais pessoas do sexo feminino do que masculino no país. Elas ainda têm salários inferiores aos deles, mas a diferença tem diminuído. Elas têm uma inadimplência menor do que a deles – ou seja, mantêm as contas em dia com mais regularidade, algo fundamental para programas de associação. Esses e outros dados fizeram com que empresas priorizassem o público feminino em seus negócios, inclusive entre fabricantes de materiais esportivos, mas os clubes ainda não têm estratégias específicas formuladas para ele.

Os sócios torcedores dos 12 clubes mais populares (divididos por gênero) (Foto: Arte ÉPOCA)

Fonte: Época

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