“Dois tempos, dois Mengos”

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Alô, meus queridos! As férias acabaram, tô aqui de novo com o Nosso Flamengo e a vida voltou ao normal. Em todos os aspectos. Mengão ganhou! Essa história de duas partidas seguidas sem vitória sai pra lá.

3 a 0 Mengo, em um jogo de 2 tempos distintos. Tá certo que vencemos ambos, mas que o Flamengo dos primeiros 45 minutos não se repita num futuro próximo. O mais sensato seria dizer que foi o Santa Cruz que perdeu o primeiro tempo.

Um Pacaembu diferente do que se viu no Fla-Flu e na vitória sobre o Figueirense. Estádio cheio, não lotado. Torcida calada, mais preocupada em vaiar Léo Moura do que empurrar o Fla na direção da vitória. Em campo, o time refletia as arquibancadas. Desnorteado, apático, passivo. Sorte que do outro lado era o vice-lanterna. Keno teve a chance de abrir o placar, em um dos tradicionais vacilos de Réver. Paulo Victor salvou. No contra-ataque, 1 a 0 Mengo. Choro de Felipe Vizeu. De volta ao palco do título da Copa São Paulo, de volta à rede.

Isso aos 6 minutos. E nada mais de relevante aconteceu na primeira etapa. Eles foram melhores, nós somos mais time. Só não estávamos sendo “nós”.

Prova disso são as confusões ocorridas na arquibancada amarela entre o fim do primeiro tempo e o intervalo. No mar de vozes caladas, houve ímpeto para sair na mão. Ímpeto maior só o do policial militar, que – para apartar – chegou com o pé na cabeça de um homem. Quebrou-se o silêncio. Os que não cantavam, agora abriam a boca… Para rir da cena. Definitivamente, o que estava faltando no Pacaembu era Flamengo. Ser Flamengo.

O “bem” provido pelo corre-corre foi deixar os torcedores mais próximos uns dos outros. Era hora do necessário choque de realidade. Rubro-negrismo despertado, e o Flacaembu entrava em cena novamente.

Nos braços e brados da Nação, o time do Flamengo voltou para os minutos derradeiros da partida. O futebol melhorou; não tanto – é verdade. O suficiente para o Mengo mandar no jogo e ampliar com Willian Arão, aos 11 minutos. Festa em campo; fora dele. Nossa gana pelo hepta ardia novamente. Marcelo Cirino fechou a conta, e desabou.

Futebol faz isso. Escreve, apaga e modifica milhões de histórias. Histórias que nunca estarão sozinhas. Trajetórias que se cruzam, impulsionam, atrapalham. Cirino teve seus motivos para chorar, Vizeu também. Assim como cada um de nós tem os próprios.

Nem o do primeiro tempo contra o Santa Cruz, nem o que se contentou com um ponto diante do São Paulo no Morumbi. Sejamos o Flamengo do segundo tempo desse domingo. O Flamengo que quer e acredita no heptacampeonato. Sigamos compondo as histórias de nossas vidas, esbarrando-as no sonho e na luta por um mundo com menos cores. Apenas rubro-negro está de excelente tamanho.

Pra não dizer que não falei das flores

Melhor partida de Chiquinho vestindo o Manto Sagrado.

Abraços.

Fonte: Nosso Flamengo

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  • Se aquilo foi o melhor do Chiquinho, imagina o pior.

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