O dia ontem acordou mais bonito, mais emocionante, mais rubro-negro. “Acordou”, como forma de expressão, já que a maioria dos rubro-negros mal conseguiram dormir na expectativa. Não era um domingo qualquer. Era o dia do reencontro com ele. Ele que em tantos momentos nos acompanhou, tantas alegrias, tantos títulos, algumas tristezas é fato, mas com um saldo mais do que positivo.
Ele é cartão postal do Rio de Janeiro, uns dizem que gostavam do antigo, outros adoraram o novo, não importa ele continua lindo. E ele faz questão de demonstrar isso de todos os lados, por cima, por baixo, pelos lados. Mas ele não esconde, que tem cores que para ele caem melhor, o fazem sentir mais vivo, mais pulsante, mais imponente, mais rubro-negro. Ele sempre teve um grande caso de amor.
Quando ele do gramado olha para as arquibancadas e vê um mar vermelho e preto, ele entende que aquilo é o ápice, para aquilo ele foi projetado, é essa a razão dele ser. Imagino que se personificasse algo seria tal qual um jogador quando abaixa para amarrar as chuteiras e por um instante levanta a cabeça e esquece tudo, o tempo para e ele contempla uma nação em um grito uníssono. Ele se arrepia. Ele treme. Ele ontem voltou a sentir aquele tremor que somente a Nação rubro-negra é capaz de fazer.
E ele voltou de forma magistral, lindo! Parecia que há muito sonhava em receber aquele público que ele sempre se acostumou a ver, ouvir, aquecer. Ele não aguentava mais de saudade. Precisava rever aquele público. Alguns ele praticamente já conhece por nome, de tantas histórias juntos. Outros, ele faz questão de receber e fazê-los se apaixonar.
É incrível como ele consegue irradiar uma mística, uma nostalgia, uma vontade única de gritar, de torcer, que por quilômetros de distância isso é sentido, ao sair de casa a vontade de cantar já começa, ao entrar no ônibus, no trem ou no metrô, a vontade é de cantar , e quando encontram mais um ou dois, pronto, alguém vai soltar: Domingo, Eu vou ao Maracanã…
E quando chega nele, impossível dar alguns passos sem ter que esbarrar ou abraçar um outro rubro-negro que contou as horas, as vezes até os centavos, para estar ali também. Nas árvores, nas rampas, no Chicos, nos bares, todo lugar era lugar de comemorar a volta dele e relembrar seus momentos juntos.
Ele voltou para mostrar a todos que o Flamengo pode jogar em qualquer lugar do mundo, com sua nação apaixonada lhe acompanhando, mas que a casa do Mais Querido do Mundo será sempre ali.
Ali onde Zico escreveu a história mais linda do manto rubro-negro, ali onde o Maestro saiu gritando e socando o ar como um garoto, ali onde Pet mostrou que não importa onde a bola parece ir e sim onde ela vai, ali onde Adriano se sentiu um imperador de verdade, ali, ali, ali.
Ele voltou para ser nosso, como sempre dizemos em nossa canções, se não de direito, mas sim por direito. Ontem tomamos posse dele. O invadimos, e demarcamos o território. Para nossa alegria e desespero dos rivais ele voltou, o Maracanã voltou, e que fique claro: O Maraca é nosso, aha, uhu!
SRN!
Jerônimo Simeão Júnior
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eu volteeeei 😀
então senta e rebola gostoso no seu grosso
Ele voltou galera! O time do Muricy voltou.