Domingo, 23 de outubro de 2016. Após dez longos meses de espera, o Flamengo enfim retorna ao Maracanã. Reencontro comum nos últimos anos de Jogos Pan-Americanos, Copa das Confederações e Copa do Mundo, mas agora marcado por outro momento: é hora de disputar o título nacional. O Flamengo, como em raras oportunidades, luta pelo Brasileirão.
O jogo é contra um grande rival, de grande torcida. A partida contra o Corinthians tem estádio lotado, como deveria ser, recheado de expectativas. Teve cambista, teve atraso, teve briga. Mas, meu amigo, na hora que a bola começa a rolar, nada importa.
E ela rolou. Na euforia inicial o time chega, faz o gol e o Maracanã explode. É de Guerrero, o contestado, contra seu ex-clube. Mas, pasmem, foi anulado. Tiraram o gostinho de embalo de nossa boca, e não parou por aí. Calma que ainda não chegou o pior. Na saída de bola, é gol do Corinthians. Nada pior do que começar a partida perdendo.
Vida que segue, ainda havia muito tempo para buscar o resultado. E começamos bem, pois logo empatamos, com o peruano. Impedido, é verdade, mas quem se importa? É gol do Flamengo, meu amigo. Agora é hora de ir pra cima, virar essa partida e buscar o campeonato. Ajeitar tudo certinho no segundo tempo e… outro gol do Corinthians. Logo no finzinho? Justo momento…
Mas paciência. Temos ainda mais 45 minutos de jogo, o Zé Ricardo vai fazer algo, algum predestinado vai entrar e marcar. Guerrero. Outra vez o peruano marca, outra vez empatamos e agora vamos embalar. Hora do senhor do radinho levantar da cadeira, de gritar mais forte e do filho aprender o que é ser Flamengo. Vamos virar esse jogo e continuar na cola dos porcos.
Um a mais. Agora vai, agora temos tempo, vantagem numérica e ainda mais apoio. Sheik resolveu jogar, Guerrero vai marcar o terceiro. Tá chegando a hora, bola cruzada na área, Guerrero de cabeça, no cantinho e…
GOL DO FLAMENGO!
O Palmeiras também ganhou, é verdade, mas quem se importa? Vitória sofrida, hat-trick do Guerrero e embalo do Maracanã. Agora sabemos que todo jogo será esse caldeirão, e enquanto o Palmeiras luta pra manter o rendimento, nós crescemos. O título está logo alí, e o Palmeiras tem jogos difíceis pela frente. Ainda dá, é óbvio que dá! O cheirinho está mais forte, ninguém segura o Flamengo e nós seremos campeões.
Diferente a história, não? Pois é. A bola não entrou, o Flamengo só empatou. Foram centímetros, é verdade. Mas esses centímetros as vezes definem um campeonato. Alguns centímetros a menos e hoje estaríamos assim, vibrantes, guardando fila para o jogo contra o Botafogo, evocando a mística rubro-negra e a confiança que só nós temos.
Mas, por que hoje estamos diferentes? Vamos continuar como antes, vamos continuar como se o gol tivesse saído. Afinal, Flamengo é isso. É lutar, é vibrar e jogar junto. Vamos lotar o Maraca como se tivéssemos esses dois pontos a mais. Vamos mostrar que nós somos, realmente, diferenciados. O Flamengo é abençoado pela torcida que tem. Vamos pra cima deles, Flamengo!
SRN
Rodrigo Coli
rodrigo.coli@colunadofla.com
Eu não consigo entender a torcida do meu Mengão. Pelos resultados dos últimos anos, ficou pouco exigente. Esta geração impressiona por criar heróis. Cito o nosso presidente que conseguiu equilibrar as finanças. Louvável, mas não reconhecer a quantidade de erros no futebol é frustante. Este ano, fomos eliminados de todas as competições – fora o Brasileiro – que participamos precocemente. Inclusive, perdemos várias vezes para o time da segunda divisão Vasquinho. No Brasileirão, estamos caindo. Se perdemos para o Galo e o Santos vencer, ficaremos em quarto lugar. Torço para isto não acontecer. Triste, é ver o Galo não tomar conhecimento do Inter na quarta. A bola da vez é o técnico. Inexperiente e herói da nação rubro-negra. Jogamos com dois pontas que têm enorme dificuldade em fazer gols. Um centroavante que tem uma média de gols na carreira menor que 0,5. Faz bem o pivô e só. Lento e não antecipa a conclusão da jogada. Vocês já viram quando o Fla cruza na área, quantos jogadores nossos estão dentro dela. Pouquíssimos. Vejam os jogos dos outros times. E ainda temos que aguentar o Márcio Araújo como cabeça de área, pois a contratação do colombiano foi equivocada. Se não temos atacantes que sabem fazer gols, após o pivô do Guerreiro, cabe ao técnico mudar o esquema. O número de gols do Fla no Brasileiro explica tudo. Para refletir!
Parabéns, Rodrigo.
Esse é o espírito do verdadeiro Flamenguista.
Contra tudo e contra todos.
Cheirinho ainda está vivo!!!!
Eu acredito…
SRN!!!
Texto maneiro, representa bem!
Ainda respira?
Então tem que acreditar.
Independente das broncas e críticas , não importa, queremos o Flamengo lutando e vencendo.
Eu não consigo entender a torcida do meu Mengão. Pelos resultados dos últimos anos, ficou pouco exigente. Esta geração impressiona por criar heróis. Cito o nosso presidente que conseguiu equilibrar as finanças. Louvável, mas não reconhecer a quantidade de erros no futebol é frustante. Este ano, fomos eliminados de todas as competições – fora o Brasileiro – que participamos precocemente. Inclusive, perdemos várias vezes para o time da segunda divisão Vasquinho. No Brasileirão, estamos caindo. Se perdemos para o Galo e o Santos vencer, ficaremos em quarto lugar. Torço para isto não acontecer. Triste, é ver o Galo não tomar conhecimento do Inter na quarta. A bola da vez é o técnico. Inexperiente e herói da nação rubro-negra. Jogamos com dois pontas que têm enorme dificuldade em fazer gols. Um centroavante que tem uma média de gols na carreira menor que 0,5. Faz bem o pivô e só. Lento e não antecipa a conclusão da jogada. Vocês já viram quando o Fla cruza na área, quantos jogadores nossos estão dentro dela. Pouquíssimos. Com agravante do Guerreiro esperar a bola e não ir em direção dela. Vejam os jogos dos outros times. E ainda temos que aguentar o Márcio Araújo como cabeça de área, pois a contratação do colombiano foi equivocada. Se não temos atacantes que sabem fazer gols, após o pivô do Guerreiro, cabe ao técnico mudar o esquema. O número de gols do Fla no Brasileiro explica tudo. Para refletir!