Num Fla-Flu que mais parecia final de campeonato — e não deixava de ser pelas aspirações de ambos — teve de tudo: gols, bola na trave e muita polêmica. O assistente anulou, o árbitro validou e, depois de muita espera, novamente anulou o empate tricolor. No fim, vitória rubro-negra, que teve muito que comemorar no Raulino de Oliveira: venceu o rival por 2 a 1, chegou a 10 jogos invicto no Brasileiro e viu a distância para o Palmeiras cair a um ponto (60 a 61), além de praticamente garantir vaga na Libertadores.
Os tricolores, que caíram para sexto lugar, deixaram o campo revoltados, se uniram no centro do gramado, mas evitaram polemizar ainda mais.
— Não precisa atrapalhar, também estamos brigando pelo título — disse Henrique.
— É algo anormal, que, às vezes, acontece — afirmou Diego.
Desde o apito inicial, o jogo já se configurava como seria até o fim: chances de ambos os lados, brigado, veloz e com bom toque de bola. Tanto que nos primeiros minutos da partida, os dois times tiveram chances. A do Flu, com segundos de partida, foi mais clara. Richarlison, que apareceu na escalação no lugar de Douglas, pegou a sobra no meio, avançou, limpou a jogada e finalizou rente à trave direita de Muralha.
Logo depois, Willian Arão lançou Diego, que tocou para Leandro Damião na área. Gum chegou antes e salvou o Fluminense ao colocar a bola a escanteio.
Porém, em lance em que não tocou na bola, Damião fez o gol do Flamengo. Pelo menos para a arbitragem. Aos 12, Diego cobrou falta da esquerda, Leandro Damião tentou chegar na bola, mas William Matheus cabeceou na mão de Henrique e a bola entrou: 1 a 0.
No lance, Júlio César e os outros jogadores tricolores reclamaram de falta de Réver no goleiro. Mas o árbitro Sandro Meira Ricci validou o gol para Leandro Damião, apesar de o atacante ter confirmado, em entrevista, que não tocou na bola.
Com o placar favorável, o rubro-negro esperou o Flu em seu campo para sair no contra-ataque e comemorou um resultado bem longe de Volta Redonda: os torcedores ficaram sabendo que o Palmeiras havia empatado com o Cruzeiro, em 0 a 0.
Na saída para o intervalo, os jogadores envolvidos no lance do gol do Flamengo divergiram.
— Foi falta, não deu tempo para chegar — disse o goleiro.
O zagueiro Réver rebateu:
— Falta minha? E o Pierre, me empurrou ou não?
O reinício da partida foi praticamente uma repetição do primeiro tempo. Só que, desta vez, a bola do Fluminense entrou antes dos dois minutos. Gustavo Scarpa cruzou da direita, Cícero ajeitou para o meio e Marcos Júnior, livre, completou para o gol.
Do mesmo modo, o Flamengo teve a chance do segundo alguns minutos depois. E, novamente, fez com ajuda da defesa tricolor. Aos oito, Pará cruzou da direita bola que parecia inofensiva. Wellington Silva furou, e sobrou para Fernandinho, que apenas tirou de Júlio César.
O terceiro quase saiu em enorme trapalhada do goleiro. O lateral William Matheus recuou para Júlio César, que tentou dominar de direta e viu a bola rolar lentamente, bater na trave e sair a escanteio.
Ao Flu, só restava arriscar. O técnico Levir Culpi colocou Magno Alves e Marquinho, nos lugares de Marcos Júnior e Pierre, respectivamente. O tricolor se lançou ao ataque, e aproveitou certo descontrole do rubro-negro no meio-campo.
Conseguiu colocar a bola no gol, aos 39, num lance poucas vezes visto. Scarpa cobrou falta, e Henrique, impedido, cabeceou. Num primeiro momento, o assistente levantou a bandeira e anulou. Mas Sandro Meira Ricci, após reclamação dos jogadores do Flu, validou. Suficiente para o jogo ser paralisado por mais de dez minutos, o juiz ser cercado por todos os jogadores, voltar atrás da sua decisão e anular o lance. O fato deixa no ar o uso do vídeo para auxiliar a arbitragem, algo proibido pela Fifa.
Com sete minutos a mais, o Flu quase empatou de fato. Wellington Silva chutou duas vezes e cabeceou uma: Muralha defendeu todas até conseguir ficar com a bola. Mas o árbitro encerrou o jogo antes que algo mais acontecesse.
FLUMINENSE 1 X 2 FLAMENGO
Fluminense: Júlio César, Wellington Silva, Gum, Henrique e William Matheus; Pierre (Marquinho), Cícero, Gustavo Scarpa e Wellington; Marcos Júnior (Magno Alves) e Richarlison (Henrique Dourado).
Flamengo: Alex Muralha, Pará, Rafael Vaz, Réver e Jorge; Willian Arão, Márcio Araújo e Alan Patrick (Éverton); Diego, Leandro Damião (Emerson Sheik) e Fernandinho (Marcelo Cirino).
Gols: 1T: L. Damião aos 12m; 2T: Marcos Júnior aos 2m, Fernandinho aos 8m.
Juiz: Sandro Meira Ricci (Fifa-SC).
Cartões amarelos: Wellington Silva, Jorge, Gustavo Scarpa, Alan Patrick e Marcelo Cirino.
Público pagante: 9.008 (11.166 presentes).
Renda: R$ 363.350,00.
Local: Raulino de Oliveira.
Fonte: O Globo
Resumo:
Flamengo jogando para ser campeão;
Sistema defensivo hoje um pouco sonolento nas jogadas aéreas;
Fernandinho inspirado;
Alan Patrick meio perdido, acredito ser posição errada no esquema;
Precisam matar os jogos o quanto cedo, Flamengo necessita acertar mais suas finalizações;
ZR mechendo certo no jogo, porém parece que o time leva menos sufoco quando ele meche errado, vai entender?;
Por fim, o palmeiras não entende porque dessa perseguição, sabe que o gigante acordou!
Rumo ao Hepta!
Não jogaram bem, foi mais na raça mesmo, chamaram o adversário pra címa, não dá pra bobear assim nos próximos jogos! Muralha tem que aprender a sair do gol!