O meia também falou sobre a postura do ex-goleiro Bruno e negou qualquer tipo de mágoa com a diretoria Rubro-Negra
Com 73 gols, Renato Abreu é o maior artilheiro do Flamengo no século 21. Com personalidade forte, o meia marcou época em um dos piores momentos da história do clube. Depois de passar por dificuldades financeiras e quase ser rebaixado em 2005, o Flamengo ressurgiu no ano seguinte conquistando a Copa do Brasil e Renato foi um dos personagens principais da “virada Rubro-Negra”.
“Em 2006 eu passei de um jogador desconhecido para um jogador principal que conseguiu a Copa do Brasil e depois ganhou prêmios individuais, consegui ter uma carreira estável no Flamengo.” afirmou Renato Abreu.
” A conquista da Copa do Brasil foi maravilhosa, em cima do maior rival, o Vasco. Para os jogadores e para os torcedores sempre tem um gostinho diferente. Na época existia dúvida porque o Flamengo vinha de duas perdas seguidas na Copa do Brasil, para o Santo André e para o Cruzeiro. Mas depois do ano anterior ter sido ruim, o grupo se fechou e mesmo com um elenco não tão brilhante conseguimos ganhar moral, crescer e conquistar o título. Para a gente foi maravilhoso.”
O ex-camisa 11 ficou conhecido como “Urubu-Rei” por conta de uma comemoração com um máscara em alusão ao mascote do clube. Ele revelou como surgiu a ideia antes de um clássico contra o Botafogo.
“Eu tive a ideia no hotel, na concentração. Eu estava assistindo uns vídeos e lembrei que o Paulo Nunes sempre tirava a máscara. Aí achei que estava faltando alguma coisa para poder mostrar para a torcida a minha identificação, eu queria também presentear o torcedor”.
Na ocasião, Flamengo e Botafogo duelariam pela final do Campeonato Carioca de 2007, Renato Abreu era um dos principais jogadores do time e estava nas graças da torcida.
“Nessa final de Campeonato Carioca eu fiquei metalizando tudo o que ia acontecer no jogo, se o Flamengo começasse o jogo bem e fizesse o gol primeiro eu ia comemorar com a máscara. Mas aí tivemos uma surpresa, levamos dois gols do Botafogo e fiquei pensando no que fazer. O jogo estava meio morno quando achei uma jogada com o Souza e acabei sofrendo um pênalti. Bati e converti aí pensei que era o momento, mesmo perdendo a questão era incendiar a torcida. Tirei a máscara e bati as asas e aí pegou. Graças a Deus a gente acabou levando o título”.
No mesmo ano, Renato teve uma de suas melhores atuações com a camisa do Flamengo, no duelo contra o Defensor pela Copa Libertadores da América. O time Rubro-Negro acabou não revertendo a vantagem dos uruguaios mas cativou a torcida dentro de campo.
“Naquele jogo eu estava com 39 graus de febre. Mas o foco era tão grande, a torcida nos deu tanta força que a gente nem sentia o que tava rolando. Tive a oportunidade de fazer dois gols, um no primeiro tempo e outro no inicio do segundo tempo que nos deu um gás, a gente achou que ia conseguir. Teve um pênalti que o juiz não deu mas o jogo entrou para a história pelo o que aconteceu. Mesmo não conseguindo o resultado fomos aplaudidos de pé. Foi marcante”.
No meio de 2007 ele foi negociado com o Al-Nasr e acabou deixando o Flamengo, retornou em 2010 para a disputa do Campeonato Brasileiro. Em meio a vários problemas, principalmente com a prisão do ex-goleiro Bruno, o jogador encontro um Flamengo precisando de reconstrução.
“Eu não peguei a situação do Bruno, cheguei um pouco depois. A gente não sabe a fundo o que aconteceu mas posso dizer que enquanto trabalhei com ele, ele era um cara do bem, um cara focado no trabalho, mas enfim. Foi difícil porque era muita turbulência e eu me cobrava muito. Estava de férias e treinei só uma semana, a cobrança era dura, os gols não estavam vindo como na primeira passagem. Lembro que quando marquei meu primeiro gol na volta, contra o Fluminense, eu cai de joelho e chorei bastante porque realmente me cobrava demais”.
Em 2011, o Flamengo trouxe Vanderlei Luxemburgo e contratou jogadores de peso como Thiago Neves e Ronaldinho Gaúcho. O time teve um grande inicio ficando mais da metade do ano invicto e formando o Bonde do Mengão sem freio.
“2011 acabou sendo um ano maravilhoso, além de voltar a trabalhar com o Vanderlei teve a contratação do Ronaldinho, do Thiago Neves. E a gente conseguiu um campeonato invicto que o Flamengo não conseguia a muito tempo”.
“Sobre a comemoração, teve um gol não sei se do Thiago ou do Ronaldinho que acabou entrando um atrás do outro na comemoração, aí a imprensa colocou de Bonde do Mengão sem freio e acabou pegando entre a gente”.
Na época muito se falava sobre os problemas de relacionamento entre os atletas, com tantos jogadores considerados “medalhões”, mas segundo Renato Abreu isso não existia no grupo.
“A gente trabalhava muito, se divertia junto. Fazíamos nossas apostas dia de semana, e no jogo sempre procurávamos uns aos outros. Muitos diziam que e o Ronaldinho levava os jogadores para um lado e eu para o outro, tudo mentira. A gente achava engraçado o que tentavam plantar para ter notícia. O clima era muito bom”.
Com tanta história no clube, Renato Abreu acabou saindo do Flamengo num momento em que ele não esperava. Em 2013, retornando das férias, o meia acabou recebendo a notícia através de seu empresário. Apesar de não ter entendido a situação ele garante que não guarda mágoas.
“Na época a gente procura entender e não aceita até pela conduta, quando você é um jogador problemático, você para pra pensar porque foi mandando embora. Mas no meu caso sempre me doei pelo Flamengo, sempre me coloquei a disposição, todos os problemas financeiros deixei de lado, para mim em primeiro lugar era o trabalho dentro de campo. Fiquei sem entender e não tive resposta. Fiquei triste porque meu objetivo era ficar até o final do Campeonato. Mas hoje é diferente, a gente entende que o futebol é mais lado mercado do que paixão, identificação. Então hoje não ficou nenhuma mágoa. Tenho admiração pelo o que essa diretoria está fazendo pelo Flamengo, pelo trabalho. Tenho amigos no CT e sempre vou lá dar um abraço e torço muito pelo Flamengo”.
Aos 38 anos, Renato Abreu ainda não confirma se realmente pendurou as chuteiras. Agora, o ex-camisa 11 do Flamengo comanda uma pizzaria na Barra da Tijuca, mas sem se desligar do futebol. O local é totalmente decorado especialmente para os amantes da bola redonda. Ele ainda pretender trabalhar no meio futebolístico, mas enquanto isso aguarda quem será o capaz de quebrar seus números com a camisa Rubro-Negra.
Fonte: Raisa Simplício / @simpraisa / Goal
Tu e LM dois hipócritas e malandros. Entende é de malandragem…acionou o clube e pediu GRANA, porque então? Alegando que foi desrespeitado e tal. Fazendo draminha. Tu fez muita merda(expulsão idiota, tirando a camisa e quase gerando prejuízos, problemas nos vestiários… e era o “líder da panelinho”. Hipócrita.
O LM dedurou algum tipo de comando de panela pra fritar treinador feito por ele. Por isso ele foi descartado sem ter como provar nada. Foi nítido em determinadas partidas a apatia do time sem uma explicação razoável e no final de uma delas, quando o gol já não serviria nem pro empate, ainda ficou dando xilique tirando a camisa e depois ainda desrespeitou o juiz pra ser expulso.
Desde que foi dispensado, lembro-me que ele se transferiu para o Santos. E depois? Ficou 2 ou 3 anos sem sequer receber uma única proposta? Ou se recebeu, porquê não as aceito? Não me leve à mal, mas me parece muito suspeito… &;-D