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Reta final! Secar sim, mas Fla quer fazer sua parte acima de tudo

“Desistir jamais” é o lema rubro-negro de olho na busca pelo heptacampeonato brasileiro, e a 33ª rodada da competição foi generosa com o Flamengo: o Palmeiras voltou a perder após 15 jogos. Não foi perfeita porque o time de Zé Ricardo deixou escapar uma vitória bastante palpável sobre o Atlético-MG, no Mineirão – o duelo terminou em 2 a 2.

Justo no momento em que não pode errar, o Fla vive seu maior jejum no Brasileirão 2016. Não vence há três jogos – o último triunfo deu-se no Fla-Flu (2×1), pela 30ª rodada. Após isso, perdeu para o Inter (1×2) e empatou com Corinthians e Galo – ambos por 2 a 2 .

Sistema defensivo em queda

Outro dado que precisa ser levado em conta é a queda do sistema defensivo. Na 29ª rodada, assumiu o posto de defesa menos vazada do campeonato, então com 26 gols sofridos, ao lado do Atlético-PR. Levou sete gols nas quatro rodadas seguintes, quase dois por partida, e caiu para o quinto lugar no quesito.

Erros contra rivais diretos

Desperdiçar chances de colar no rival paulista ou até mesmo de ultrapassá-lo tem sido uma tônica na Gávea. E erros se repetem contra adversários diretos na briga por vaga na Libertadores e título. Foi assim contra Corinthians e Santos, no primeiro turno, e Palmeiras, no returno.

Vacilos contra o Corinthians

Na 13ª rodada, quando o então quinto colocado Flamengo já jogava bem, e o Corinthians era o vice-líder, fez ótimo primeiro tempo contra o rival, mas perdeu boas chances. A etapa final foi um desastre, e o time sofreu sua pior derrota na competição: 4 a 0.

No returno, com o Alvinegro do Parque São Jorge fora da briga pelo título, ficou atrás no placar por duas vezes, e, quando conseguiu o empate, apesar da enorme pressão e com um jogador a mais desde os 31 minutos da etapa final, não conseguiu o terceiro gol. Fazer três gols numa só partida, aliás, é um custo para o time. Só conseguiu tais números em três rodadas.

Dificuldade para administrar resultados contra Palmeiras, Galo e o desesperado Inter

Se o jogo com o Galo, no sábado passado, revelou a dificuldade que o Flamengo tem para matar jogos praticamente ganhos, este exemplo não revela qualquer ineditismo.

Diante do Palmeiras, embora Márcio Araújo tenha sido expulso no fim do primeiro tempo, o Fla largou na frente com Alan Patrick e perdeu outras duas ótimas chances de liquidar o jogo logo depois. Era melhor, mas não soube suportar a pressão e cedeu o empate por 1 a 1.

Defender esse Flamengo 2016 até faz bem, e Réver e Rafael Vaz, com a ajuda dos volantes e dos pontas que voltam para auxiliar na marcação, têm se saído bem. Mas esperar adversários em seu campo historicamente nunca foi vocação rubro-negra. Além do ocorrido contra o Palmeiras, deu-se mal também quando recuou em jogos com Botafogo – vencia por 3 a 1 e cedeu o empate – e Internacional – abriu o placar no segundo tempo e, retrancado, permitiu a virada.

Guerrero, aliás, comparou a derrota para o Inter ao empate com o Galo em Belo Horizonte.

– Não sei, paramos de jogar, a mesma coisa aconteceu contra o Inter. Fizemos o primeiro gol, paramos de jogar a nossa bola. Esse time, como eu disse, tem muita qualidade. Tem homem pela beirada, pelo meio. Então não tem como o contrário (rival) segurar a gente. Temos que melhorar e pensar no Botafogo.

Olho no Botafogo

Um trunfo para chegar próximo do aproveitamento ideal nesta reta final é o Maracanã. Três de seus últimos jogos serão disputados lá, e o próximo é contra o Botafogo, no sábado, às 17h.

Rival que o Flamengo não vence desde 2014, o Alvinegro é o líder do returno, com 31 pontos (10 vitórias, um empate e três derrotas). Não perde há seis rodadas, nas quais venceu cinco vezes.

Vale destacar: o Rubro-Negro, que tem encontrado dificuldades na finalização, enfrentará um adversário que sofreu apenas cinco gols em 14 jogos no returno.

Fonte: GE