O Maracanã estará lotado no próximo domingo. Dúvida zero. Flamengo e Corinthians vão se enfrentar às 17h, pela 32ª rodada do Brasileirão. Voltar para casa é um alento aos rubro-negros, que passaram o ano inteiro desalojados e foram buscar abrigo em outras praças. No retorno ao mítico estádio, o Flamengo vê a possibilidade de manter-se na corrida pelo título empurrado por sua torcida. Mas será que isso é o bastante?
Não, não é. Derrotado neste domingo pelo Inter, que foge do rebaixamento, o Rubro-Negro não vive seu melhor momento no campeonato, apesar de continuar intocável na vice-liderança, com 60 pontos – quatro atrás do Palmeiras. A queda de rendimento é evidente, e Zé Ricardo precisa fazer ajustes urgentes.
ELES TAMBÉM ERRAM
A zaga que beirava a perfeição, com Réver e Rafael Vaz, continua em alta, mas não está imune a erros. Na vitória por 2 a 1 sobre o Fluminense e na derrota por 2 a 1 para o Inter, o setor defensivo vacilou. A dupla ainda é uma das melhores do Brasileirão, mas na reta final do campeonato alterna altos e baixos. Não são, no entanto, o principal problema do time.
LATERAIS
Muitas vezes o desafogo do Flamengo no campeonato esteve com Pará e Jorge. Mas nas duas últimas partidas eles não conseguiram decidir como em vários momentos do Brasileiro. Mais: foram pouco efetivos no ataque e cometeram algumas falhas na defesa. Algumas escolhas do técnico Zé Ricardo colaboraram para isso. No Fla-Flu, por exemplo, Pará sofreu para segurar o ataque tricolor. Isso porque Zé escalou Alan Patrick aberto pelo lado direito, o que não funcionou. Contra o Inter, o esquema voltou ao normal, com dois atacantes de lado, mas ainda não foi dessa vez que repetiram as atuações dos melhores dias.
DIEGO DÁ SINAIS DE CANSAÇO
É Diego quem dita o ritmo do time do Flamengo. Isso significa que quando ele não consegue dar o máximo a coisa fica feia. No Fla-Flu, o meia não teve espaços e sentiu dificuldades para fugir da marcação. Contra o Inter, fez um primeiro tempo bom, tentou mexer com a equipe rubro-negra e deu a assistência para o gol de Réver. O cansaço, porém, ficou evidente. Na metade do segundo tempo, Diego quase não apareceu. A marcação mais justa também o complicou.
– Diego não fez partida tecnicamente brilhante, mas boa parte da equipe não fez. Tivemos vários atletas num nível mais abaixo. Não poderia responsabilizar ou dar crédito a um atleta apenas. É reconhecer que erramos e trabalhar para melhorar – disse Zé Ricardo.
GABRIEL E FERNANDINHO EM CÂMERA LENTA
Gabriel voltou a ser titular no jogo contra o Inter. Decepcionou. Seja do lado direito ou do lado esquerdo, foi presa fácil para os marcadores. Não conseguiu fazer tabelas e não levou perigo ao adversário. Depois de dois jogos sem entrar (Santa Cruz e Flu), não mostrou que deve ser titular.
Fernandinho começou no banco, mas logo entrou. A saída de Everton, machucado, deu nova chance ao atacante. Desta vez, porém, ele não incendiou o jogo como de hábito. A falta de regularidade é o grande problema dele e de Gabriel.
GUERRERO, CADÊ VOCÊ?
Agora vai! Essa é sempre a expectativa do torcedor do Flamengo com Paolo Guerrero. Mas a sete jogos do fim do Brasileirão, parece pouco provável que o atacante fará a diferença na reta final. De volta contra o Inter após defender a seleção peruana nas eliminatórias, o camisa 9 não conseguiu impressionar. Ao contrário. Aumentou seu débito com os rubro-negros. A destacar, apenas duas cabeçadas sem direção e força no primeiro tempo e um bom chute de fora da área no segundo.
Fonte: GE
No Guerrero eu só acredito se vier a jogar com alguém do lado dele.
No Damião eu acreditei depois das duas primeiras excelentes partidas que fez. Após isso ele passou a errar tudo. Tudo! Nem mesmo o gol contra o Fluminense foi dele.
Está complicado…