A decisão da Federação Internacional de Basquete (Fiba) de suspender aConfederação Brasileira de Basquete (CBB) afetou diretamente o Flamengo e o Bauru, que estavam confirmados na competição, marcada para o início de 2017, e terão de ficar de fora – a punição vai pelo menos até 28 de janeiro. Em entrevista ao “SporTV News”, o ala-armador Marcelinho Machado lamentou os reflexos ao planejamento do Flamengo, mas afirmou que o problema envolvendo a CBB é muito maior e não pode ser “empurrado com a barriga”.
– Quando começamos a temporada, temos objetivos e trabalhamos em cima disso. A Liga das Américas é um dos nossos principais objetivos, junto com o NBB, e saber no meio do caminho que de repente vai ficar fora é muito ruim. Mas é o momento em que temos que pensar no geral, não pode também só olhar para nosso umbigo. Acho que se a Confederação chegou nessa situação, alguma coisa tem que ser feito. Não podemos empurrar com a barriga e olhar cada um para seu umbigo e resolver seu problema enquanto temos um problema muito maior que é o que está acontecendo com a Confederação hoje – considerou.
Segundo a Fiba, a CBB não está cumprindo plenamente com suas obrigações como uma federação nacional e precisa de reestruturação. As dívidas com a entidade também pesaram na decisão, além de ausência em algumas competições internacionais de jovens. Questionado sobre uma solução, Marcelinho disse não ter a resposta, mas chamou atenção para a necessidade de mudanças, embora tenha feito uma ressalva em relação ao momento do basquete brasileiro.
– As pessoas que são responsáveis ou que têm capacidade de entender lá dentro da Confederação o que aconteceu realmente é que vão poder dar essa resposta (sobre a solução). É claro que alguma coisa tem que ser feita, não podemos continuar caminhando desse jeito porque a gente já viu o resultado – disse.
Marcelinho, no entanto, fez uma ressalva. Apesar de ver muitos problemas envolvendo a CBB, ele acredita que nem tudo vai mal no basquete brasileiro.
– Acho que é uma administração de uma entidade… porque o NBB está evoluindo, temos jogadores novos aparecendo, despontando, seja no NBA, na Europa, no basquete nacional. É preciso trabalhar todo mundo na mesma linha, com o mesmo objetivo. Adoraria dar essa resposta, se pudesse dar talvez até tomasse uma atitude, mas só quem está lá dentro e sabe exatamente como uma confederação que teve apoio durante tempo de empresas, bancos e patrocinadores importantes como conseguiu chegar nessa situação – afirmou.
Fonte: Globo Esporte