O BR16 ainda não terminou, bem como o ano de 2016. Todavia, no país Flamengo, algumas coisas se parecem ou se equivalem tanto no início, como no fim do referido ano. Na pré-temporada e nos meses iniciais deu-se a impressão, principalmente nos primeiros jogos da Primeira Liga (Atl-MG e Ame-MG) e alguns jogos do carioca, que teríamos um ano auspicioso.
Nos empolgamos com alguns bonecos e nos irritamos com outros, batemos no peito que “Aqui é trabalho” agora vestia rubro-negro e poderia fazer nossos famigerados bonecos darem jus ao que ganhavam. Ledo engano. Quando a situação pediu, vimos a repetição dos mesmos equívocos dentro das quatro linhas que nos acompanham há alguns certames.
De “Aqui é trabalho” viramos piada em todos os botecos portugueses, afinal, a freguesia (que não existe, diga-se de passagem) aumentou no último ano, continuamos a não vencer o pessoal das bigodudas. Vimos nossa primeira possibilidade de título ir por água abaixo numa decisão um tanto controversa, em face da realidade apresentada, isto é, um time sem casa, cigano, itinerante.
A ideia de um time que jogasse pelas pontas, compacto como o futebol moderno exige, na prática não funcionou. Se antes não tínhamos um técnico de ponta, agora nosso problema era na armação da jogada, não tínhamos quem pensasse o jogo e ainda que tivéssemos o Guardiola no banco, sem cabeça pensante, nosso parco futebol não iria evoluir. Daí, problemas de compactação, problemas defensivos, problemas ofensivos, na armação, problemas com jogadores, problemas, problemas, problemas.
Para melhorar, ergueu-se uma Fortaleza em nosso caminho e mais uma vez, num dos muitos vexames deste século (América do México, Atlético Mineiro, Universidad do Chile, Resende, Santo André), fomos eliminados dentro e fora de casa. Um adendo faz-se necessário, não se pode nem dizer que é traumático pela quantidade de vexame a partir do século XXI. Como não há nada ruim que não possa melhorar, cruzamos com as bigodudas e o final todos já sabem… Constatação de um fato recente, freguesia estadual, só vencemos os flores.
Por causas naturais, nosso “Aqui é trabalho” nos deixou. Pensamos que o nosso lema seria “Agora ferrou de vez”… Mas Deus é bom. E na desconfiança de geral.com, aquele Zezinho, que normalmente é a chacota de todos, de repente começou a mostrar “aqui é trabalho” e nos arroubos de sorte, viagens para far, far away, nos vimos com possibilidades reais de fechar o ano com um caneco, na verdade 2. Opa!!!
Agora temos uma cabeça pensante e verdade seja dita, dos 20 clubes do certame nacional, o FLAMENGO é o único a ter um meia de verdade, nenhum dos demais clubes têm um meia, uma cabeça pensante como nós temos. Ponto pra nós! Porém do que adianta se ter uma cabeça, mas não ter o resto… Sem ponto pra nós! Mas vamos assim mesmo, vai que cola…?
E na empolgação, no vai que cola, surge um dilema semelhante ao vivido no início, misto-quente fora e dentro de casa e aquele aroma de eliminação. Obrigado, Flamengo! Mas ok, estamos focados em um objetivo e como somos ciganos, melhor ficar em uma frente só. E os problemas que aparentemente haviam sumido como por mágica, voltam. Assim como no início, quando a situação pediu, afinamos. Perdemos as possibilidades de títulos e não vencemos nosso ruralito (a não ser o flor).
Nas semelhanças, algumas diferenças, se entramos o ano empolgados, saímos realistas e sabedores das nossas reais condições. Se não tínhamos quem armasse as jogadas, hoje nós os temos. Se nós tínhamos um técnico de renome, hoje não o temos. Se antes nós tínhamos o Wallace, hoje não o temos. Se antes éramos ciganos, em tese, observando as últimas partidas no maraca, melhor continuarmos sendo ciganos… O hepta não veio, mas quem iria acreditar na possibilidade de título se daqui dez anos contássemos essa história. Que tenhamos um fim de ano que nos permita acreditar que ano que vem façamos barba, cabelo e bigode.
SRN!
Marlus Soares
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poisé mas pra fazer barba cabelo e bigode ou um dos 3,não podemos ter o “zezinho” a frente do time,nem irino,gabriel,sheik,juan,chiquinho,a.patrick Ederson menino de cristal…e poraí vai…Não da pra esperar resultados diferentes de ações repetitivas…