Mauro Beting: “O Maracanã voltou. O futebol, não. Flamengo 0 X 0 Botafogo”

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44 minutos do segundo tempo. Bola limpa para Pimpão. Ele isolou a maior chance do Botafogo no clássico parelho e econômico de oportunidades.

Em seguida a placa foi apresentada pelo quarto árbitro. Quatro de acréscimo. Era o momento para o Flamengo fazer o que pouco fizera na primeira etapa, e um pouco mais na segunda etapa: atacar. Criar. Botar a bola no chão. Buscar o futebol que esse time já jogou. E jogou muito bem há uma semana, no primeiro tempo no Mineirão. Mas no sábado pouco fez. Fernandinho voltou a se perder com a bola e tudo pela linha de fundo. Gabriel não trouxe a boa nova. Diego e Guerrero tentaram, mas produziram pouco, como Arão caiu. Pará parou. Márcio Araújo mais uma vez lutou. E quando ele vira referência, aí para tudo. Quase nada mudou, como Zé Ricardo só mexeu com mais de uma hora de partida.

O Flamengo foi mais na base do VAMOS LÁ do que ORGANIZAR CÁ. E deu o contragolpe do clássico para a melhor surpresa do BR-16. O Fogão de Jair Ventura. O treinador que fazia as melhores coisas com Ricardo Gomes. E faz muito mais agora. Só não fez o estrago final por Muralha fechar muito bem o ângulo, e Pimpão parecer fechar o olho ao perder A CHANCE, aos 47. Do Fogão redivivo com Camilo, recuperado defensivamente com Aírton, Carli e Sidão.

Pelos últimos 10 minutos de jogo, o Flamengo não pode lamentar. Poderia ter sido pior. Mas pelos próximos 360 minutos, terá de voltar a jogar o que já jogou. E parou pelo caminho que o time só conseguiu chegar com Réver, Rafael Vaz, Diego e uma equipe organizada. Mas que mais uma vez deu a impressão de que falta algo. E com todo o Maracanã que parecia fazer falta. Mas não acrescentou.

Fonte: UOL

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