O primeiro jogo da final do Campeonato Carioca de basquete foi em 24 de outubro. O segundo, 3 dias depois. O terceiro ainda nem foi, embora já tenha acabado.
Desde que a primeira bola subiu – lá em setembro –, rubro-negros, vascaínos, macaenses, alvinegros e até tricolores já sabiam que o torneio estava fadado ao fracasso. Como pode ser levado a sério um campeonato que permitiria ao Botafogo ser semifinalista e eliminado sem uma vitória sequer na campanha? Assim chegou-se à decisão.
Flamengo e Vasco são o que são pela grandeza dos clubes. E aí Eurico Miranda tem um quê de razão. Um Flamengo x Vasco só será completo se houver Flamengo e Vasco. Isso vai além de linhas, raias, órbitas. Seja o que for.
Só que os tempos são outros. A federação já havia decidido desde o primeiro turno que – se disputados em ginásios “pequenos” – os clássicos entre os dois times seriam com torcida única. Porém, por conta de briga entre torcidas rubro-negras, a partida seria disputada com portões fechados. Mas a diretoria do Fla conseguiu reverter a decisão, derrubou a punição para o terceiro e último jogo, marcado para o ginásio do Tijuca Tênis Clube. O mando era nosso e assim foi estabelecido. Justo, porém incompreensível. Ou compreensível, porém injusto. Mas de acordo com o regulamento.
Eurico não gostou da escolha do local, bradou, bufou, esperneou e alertou que não poria o time em quadra se fossem essas as condições. Transformou o aviso em nota e cumpriu a promessa. W.O. na súmula, título para o Flamengo.
Eurico alega falta de segurança para legitimar sua posição. Afirma que as autoridades não teriam capacidade de garantir a integridade de atletas, comissão técnica e staff do Vasco da Gama. Estranho.
É verdade que o ginásio do Tijuca não comporta as duas torcidas e que as arenas olímpicas – devido ao acesso – apresentariam risco de confronto entre torcedores. Restaria o Maracanãzinho, palco de antigas brigas entre rubro-negros e cruz-maltinos. Só que o ponto do presidente não é quanto à segurança dos torcedores e sim dos funcionários do Vasco. Argumentação típica de… Eurico Miranda.
Difícil acreditar piamente no homem que, há 29 anos, foi representar o Clube dos 13 e não cumpriu com o acordado entre seus membros. Mesmo sujeito que, em 2000, não poupou esforços para burlar o regulamento e fazer com que a Copa João Havelange fosse decidida em campo. Como há de ser no esporte, diga-se.
Eurico subestimou a grandeza do Vasco. Não acreditou que o time fosse capaz de superar as adversidades e se sagrar campeão distante do grito dos apaixonados. Sem consultar um torcedor, optou pela derrota. E ainda escolheu de que forma queria perder. Poderia ser em quadra, preferiu que fosse longe. Assim pôde “euricar” à vontade, e transferir a culpa pelo fracasso a qualquer um no mundo que não se chame Eurico Miranda. Tirou das mãos de milhões de vascaínos a chance de erguer o caneco.
Só que teria de haver um vencedor, teria de haver um campeão. Mais que isso: teria de haver um vice.
Marcos Almeida
Fonte: Nosso Flamengo | ESPN
Discordo, a decisao que ele tomou foi de acordo com o tamanho da grandeza do vasco
Sua frase é perfeita. O Eurico subestimou a grandeza do Vasco. É um pobre coitado, assim como são pobres coitados os babacas que não conseguem entender o texto. Mengão sempre!! SRN
O último parágrafo da coluna foi D+