Mattos: “Entenda o que há por trás da discussão da imunidade da Chape no Brasileiro”

Compartilhe com os amigos

Os clubes iniciaram um movimento na semana passada para dar imunidade para a Chapecoense de rebaixamento no Brasileiro por três anos. Até agora a CBF tem se mostrado bastante reticente. E, nesta segunda-feira, o presidente do time catarinense, Ivan Tozzi, disse que era uma besteira que ”não existe”.

Bem, há um ofício assinado por sete clubes da Série A e enviado à CBF pedindo que o rebaixamento não ocorra por três anos – o Corinthians também assinaria. O departamento jurídico da Chapecoense está ciente da articulação desde a semana já que faz parte do grupo jurídico de times da Primeira Divisão. No grupo, agradeceu a iniciativa.

Mais, há legitimidade dos clubes de fazer o pleito. Por decisão da CBF, no meio de 2015, houve uma mudança no estatuto que estabeleceu que os clubes passariam a decidir formato e regulamento do Brasileiro sem precisar de aval da confederação. Ou seja, na verdade, se houver maioria entre eles nem precisam de aprovação da entidade.

Mas a entidade tem se mostrado contrária à imunidade. Um fonte da confederação diz que a medida não vai acontecer. Outros membros da CBF se mostraram reticentes de levar o assunto adiante. Se a confederação barrar um maioria dos clubes, estará revogando a autonomia que deu aos clubes em 2015 que foi considerada uma grande vitória por eles.

Tozzo, que tem conversado bastante com a cúpula da CBF, descartou o movimento: ”Isso não veio da CBF, não veio de ninguém oficial. A gente acha que isso é uma grande de uma besteira. Não existe. Quer a vaga? Joga no campo e garante. Eu posso te dar certeza que não existe essa regra”, analisou.

A declaração causou estranheza entre os membros de clubes já que a Chapecoense foi informada de todos os passos. Claro, se o time oficialmente disse que não quer a medida, pode ser que leve as agrmeiações signatárias do ofício a desistirem dela. Até porque ainda não havia maioria clara: seria necessária votação qualificada no conselho da Série A.

Mas, dentro do movimento dos clubes, há uma certeza de que o assunto vai voltar à pauta na reunião do Conselho Técnico, e na realização do regulamento. É ali que se saberá se a Chape de fato não quer a imunidade, se a maioria de clubes a apoia, e, mais importante, se a informação da CBF de que dava liberdade para os times para decidir o Brasileiro era para inglês ver ou era real.

Fonte: Rodrigo Mattos | UOL

Compartilhe com os amigos

Veja também

  • devia ser só 1 ano de imunidade, 3 é demais.

  • A solução é simples, se a chape cair, coloca o fluminense pra pagar a série B no lugar dela.
    Problema resolvido.

    • Detalhe Pedro, na verdade tem duas séries B que eles tem que pagar. Porque na verdade caiu duas vezes, sendo que na primeira vez, nem foi para a série B. Segue o histórico:

      1ª vez – Em 1996, o clube foi rebaixado para a segunda divisão. Devido a um escândalo envolvendo compra de árbitros e manipulação de resultados, cujo pivô era o diretor da Comissão de Arbitragem na época, Ivens Mendes, o Fluminense foi reconduzido à Série A.

      2ª vez – Em 1997, a lição não foi aprendida e os mesmos erros continuaram a ser cometidos. O clube sofreu sua segunda queda seguida. Desta vez, caiu mesmo.

      3ª vez – Em 1998, o momento mais humilhante da história do Fluminense. O time foi rebaixado para a terceira divisão.

      E da terceira vez subiu da série C para a série A através da história que todos conhecem

  • Se acha besteira, cabe aos clubes desistirem e deixar que a Chape peça ajuda se ela quiser….Acho que a chape não quer ser a “vitima”. Tem seu orgulho, Ok, mas os clubes estão apenas querendo ajudar…não quer, respeitasse, e vida que segue, ué.

Comentários não são permitidos.