“Raio X do Brasileirão: números, grana e curiosidades dos 20 clubes”

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Inédito rebaixamento do Internacional, título do Palmeiras com a segunda melhor campanha da história, artilharia dividida com poucos gols, 29 saídas de treinadores, média de público de 15.239 pagantes… depois de 38 rodadas, acabou neste domingo o Brasileirão de 2016 e o Blog preparou um grande Raio X do torneio, com tudo sobre os 20 participantes.

Palmeiras (1º colocado – R$ 17 milhões de prêmio)
O campeão brasileiro de 2016 conseguiu 80 pontos, campanha inferior apenas à do Corinthians do ano passado, com 81 pontos. O Verdão de Cuca dominou quase todas as estatísticas nesta edição. Teve o melhor ataque (62 gols), a melhor defesa (32 gols, ao lado do Atlético-PR), maior saldo de gols (30), melhor visitante (34 pontos), melhor returno da história (44 de 57 pontos), maior número de vitórias (24, ao lado do Cruzeiro-2014 e do Corinthians-2015), único time sem ter jogador expulso na era dos pontos corridos…

Santos (2º – R$ 10,7 milhões)
O vice-campeonato valeu ao Peixe a melhor participação no Brasileirão desde 2007, quando também foi segundo. Porém, com os atuais 71 pontos, o time de Dorival Júnior somou nove pontos a mais. Ainda foi a maior pontuação na era dos pontos corridos com 20 clubes – em 2006, o Peixe fez 64 pontos e ficou em 4º. Não fossem pelos 14 pontos perdidos para os rebaixados e o Santos poderia até ser campeão – foram seis desperdiçados com o Inter, cinco diante do Figueirense e três contra o América-MG. O Peixe ainda emplacou seis de seus atletas convocados para seleções: Zeca, Thiago Maia e Gabigol para a seleção olímpica, Ricardo Oliveira e Lucas Lima para a seleção principal e Copete pela Colômbia.

Flamengo (3º – R$ 7,4 milhões)
Apesar de ter desperdiçado R$ 3,4 milhões com o empate na última rodada – o Rubro-Negro foi ultrapassado pelo Santos e acabou em terceiro -, Guerrero, Diego, Arão e cia alcançaram a maior pontuação da história do clube na era dos pontos corridos com 20 clubes. O Fla ainda foi o segundo melhor visitante, obteve o segundo e terceiro maiores públicos (contra Palmeiras e Corinthians), só perdeu sete vezes…

Atlético-MG (4º – R$ 5,3 milhões)
Dono da maior folha salarial do país, o Galo de 2016 ficará marcado por ter feito um jogo a menos do que todos os rivais, em razão do W.O. duplo do confronto com a Chapecoense. Ao menos, o atleticano viu seu time vencer 12 vezes seguidas em casa, igualando um recorde que pertencia ao Santos na era dos pontos corridos. Como no ano passado, o ponto fraco do Galo foi a defesa: 50 gols sofridos – só seis times foram piores.

Botafogo (5º – R$ 3,8 milhões)
Considerado por muitos como candidato ao rebaixamento, o Botafogo voltará à Libertadores após três temporadas. A arrancada da equipe comandada pelo ex-interino Jair Ventura ainda valeu a segunda melhor campanha do clube na era dos pontos corridos com 20 times. A quinta colocação de 2016 tem tudo a ver com o returno, com 11 vitórias, três empates e cinco derrotas.

Atlético-PR (6º – R$ 2,6 milhões)
Ninguém somou mais pontos dentro de casa do que o Furacão: 48 dos 57 pontos que lhe valeram o retorno à Libertadores foram conquistados na Arena da Baixada. Paulo Autuori ainda conseguiu montar a defesa menos vazada, ao lado do Palmeiras, com Paulo André e Thiago Heleno formando o miolo de zaga. O Furacão participará pela 5ª vez da Libertadores – havia jogado em 2000, 2002, 2005 e 2014.

Corinthians (7º – R$ 2,2 milhões)
Na zona do rebaixamento no returno, o Timão colecionou vexames ao longo do campeonato. O mais triste deles foi não ter vencido na última rodada, o que o impediu de estar na Libertadores de 2017 – será só a segunda ausência nos últimos oito anos. Pior: mais de R$ 20 milhões deixam de entrar nas contas do clube, de acordo com o departamento financeiro. Vinte jogadores e oito membros da comissão técnica saíram ao longo da temporada. Depois do adeus de Tite, em junho, o time só caiu: Cristóvão Borges durou 89 dias e teve 48% de aproveitamento. Já Oswaldo de Oliveira registrou 37%.

Ponte Preta (8º – R$ 1,9 milhão)
A Macaca conquistou em 2016 sua maior pontuação no Brasileirão por pontos corridos com 20 clubes – a melhor marca era do ano passado, com 51 pontos, dois a menos do que agora. A Ponte Preta ainda teve pela primeira vez o artilheiro do campeonato nacional: Willian Pottker marcou 14 vezes, assim como Diego Souza e Fred.

Grêmio (9º – R$ 1,7 milhão)
Focado na Copa do Brasil, o Tricolor gaúcho poupou titulares nas últimas cinco rodadas do Brasileirão, justificando a queda de rendimento no returno – o time de Renato Gaúcho fez a quinta pior campanha no segundo turno. Mas o título da Copa do Brasil e o rebaixamento do rival Inter satisfizeram o gremista.

São Paulo (10º – R$ 1,5 milhão)
A vitória por 5 a 0 sobre o Santa Cruz não impediu o Tricolor de ficar em sua pior colocação no Brasileirão desde que o torneio passou a ser disputado por pontos corridos por 20 clubes. O Tricolor somou 52 pontos, dois a mais do que em 2013, mas ficou apenas em 10º, contra a 9ª colocação de três temporadas atrás. Nas duas vezes, o São Paulo flertou com o rebaixamento. Com 44 gols, o ataque de agora conseguiu ser menos efetivo que o do rebaixado Santa Cruz.

Chapecoense (11º – R$ 1,3 milhão)
Lutou até a antepenúltima rodada por uma vaga na Libertadores da América, mas optou por priorizar a Sul-Americana – foi justamente por causa da viagem para a final do torneio continental que 19 atletas, 17 membros da comissão técnica e oito dirigentes morreram. Mesmo sem ter disputado a última rodada, a Chape de 2016 terminou com sua melhor colocação na Série A (havia sido 15ª em 2014 e 14ª em 2015).

Cruzeiro (12º – R$ 1,1 milhão)
A edição de 2016 foi a pior da Raposa na história do Brasileirão. O time ficou 13 rodadas na zona do rebaixamento e nunca conseguiu mais do que a 12ª posição. Ao menos, após a chegada de Mano Menezes, o Cruzeiro saiu da penúltima colocação e subiu sete lugares, assegurando vaga na Sul-Americana de 2017 e evitando o inédito rebaixamento.

Fluminense (13º – R$ 1 milhão)
Depois de brigar por vaga na Libertadores durante a maior parte do campeonato, o Flu encerra o ano com o maior jejum de vitórias – são dez partidas consecutivas sem qualquer triunfo, com seis derrotas e quatro empates. O último triunfo ocorreu em 1º de outubro, 3 a 1 contra o Sport, em casa.

Sport (14º – R$ 900 mil)
Ameaçado pelo rebaixamento até este domingo, o Leão não só se safou como ainda se garantiu na Sul-Americana de 2017. E pela primeira vez em sua história, disputará o Brasileirão por quatro anos consecutivos. Detalhe: o Sport foi o quarto time que mais ficou no Z4 neste ano. A saída de Oswaldo de Oliveira, cujo aproveitamento era de 39% dos pontos, ajudou na recuperação na reta final. Para fechar, Diego Souza se tornou o primeiro artilheiro do Sport em todo o Brasileirão.

Coritiba (15º – R$ 800 mil)
Depois de passar oito rodadas na zona de rebaixamento, o Coxa garantiu sua sétima temporada seguida na elite nacional. E, pela segunda vez seguida, o time paranaense termina o Brasileirão na 15ª colocação.

Vitória (16º – R$ 700 mil)
Primeiro time fora do Z4, o Vitória se salvou com dois pontos a mais do que o Internacional. E a permanência na elite nacional tem tudo a ver com Marinho, que marcou gols nas seis últimas rodadas – contra Fluminense, Atlético-PR, Santos, Figueirense, Coritiba e Sport.

Internacional (17º)
Rebaixado pela primeira vez em sua história, o Colorado deu inúmeros motivos para a queda: teve quatro treinadores, está há seis meses sem vencer fora de casa, tem o terceiro pior ataque do torneio, só não perdeu mais do que Santa Cruz e América-MG… Somente a torcida do Inter merece destaque, já que teve a terceira melhor média de público, com 25.421, só atrás de Palmeiras e Corinthians.

Figueirense (18º)
Na zona de rebaixamento em 21 das 38 rodadas, o Figueirense voltará à Série B depois de três temporadas na elite. A campanha de queda teve as trocas de treinadores e a dispensa de Carlos Alberto como pontos negativos – o meia era o principal jogador do elenco catarinense.

Santa Cruz (19º)
Campeão pernambucano, o Santa não resistiu ao rebaixamento em sua volta à Série A. Apesar do excelente início, quando chegou a liderar por duas rodadas, o Tricolor pernambucano embicou para baixo e ficou 26 das 38 rodadas no Z4.

América-MG (20º)
Ninguém mereceu mais o rebaixamento do Brasileirão do que o campeão mineiro. Depois de demitir Givanildo Oliveira, o Coelho nunca mais se achou e passou 36 das 38 rodadas no Z4. Foram outras 30 rodadas na lanterna.

Fonte: Jorge Nicola

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