O sonho do Flamengo em ter Darío Conca vem desde a primeira passagem do atleta pelo futebol chinês, mas, até aqui, jamais tinha se transformado em realidade. Daí a pergunta: por qual motivo o argentino teria aceitado vestir a camisa do Rubro-negro em 2017? Entre muitos fatores, um parece ter tido grande peso na decisão do meia. O novo Centro de Excelência em Performance (CEP) do CT Ninho do Urubu convenceu o jogador a passar pela fase de recuperação da lesão no joelho esquerdo – sofrida em agosto – no Rio de Janeiro.
Com a inauguração do novo módulo profissional, em dezembro de 2016, o clube deu, enfim, mais estrutura aos atletas do elenco. De acordo com Márcio Tannure, chefe do departamento médico do Flamengo, a tecnologia faz parte do dia a dia do grupo, com equipamentos 3D, GPS de última geração, câmara de oxigênio e outras melhorias. Outro fator é o parque aquático, que estará à disposição em breve, tornando peça fundamento na recuperação de Conca.
– A gente consegue monitorar o atleta, porque performance exige limite. Se você estiver abaixo da performance, seu atleta vai estar destreinado (…) Uma das grandes melhoras é o parque aquático nesse módulo novo, que a gente gostaria muito de já poder estar trabalhando. O Conca, por exemplo, vai usar muito, porque você tira o impacto, consegue trabalhar com calma, coisa que nas fases iniciais de recuperação a gente usa muito.- destacou o médico.
Além de todo equipamento, Tannure aponta que a metodologia utilizada como outra grande diferencial do Flamengo, fazendo com a equipe ganhe uma posição de destaque no cenário nacional.
– A gente entende que, apesar de ser um esporte coletivo, se você melhorar individualmente, porque o treino tem que ser individual, coletivamente vai ser melhor para o time. A junção de todos esses fatores faz a gente tirar resultados como ano passado. Agora nessa área médica vamos ser o time a ser batido, uma responsabilidade muito grande para que a gente mantenha esse trabalho, aprimore os métodos e busque uma excelência em performance, que é o que a gente procura aqui.
A chegada de Darío Conca pode, sim, ser encarada com um dos frutos do investimento estrutural feito pela diretoria. Em dezembro, Tannure foi aos Estados Unidos e conversou pessoalmente com o argentino para mostrar o potencial do Ninho do Urubu na fase de recuperação. De acordo com o médico, a primeira impressão do jogador a respeito da estrutura foi boa.
– Ele ficou satisfeito. Óbvio que ele teve duas comparações, com o futebol brasileiro, onde hoje estamos muito na frente, e foi bom para ter a comparação de grandes centros, como na China, que investe muito em tecnologia. Vimos que não estamos muito atrás. A grande diferença ainda não viu, que é exatamente a metodologia, as pessoas para tocar toda essa tecnologia nas áreas, juntar tudo e criar uma linguagem comum. Quando conversei com ele em Miami e expliquei a maneira de trabalho, ele ficou entusiasmado a vir fazer essa recuperação aqui. Quando veio teve certeza que, pelo menos fisicamente, o que a gente falou foi verdadeiro – completou.
O médico participou da apresentação do Conca e falou sobre o meia na sexta-feira. A previsão inicial é de Conca volte a atuar em maio, no Campeonato Brasileiro. Mas nada impede que a recuperação avance antes do esperado conforme for respondendo ao tratamento.
Conca tem contrato de empréstimo com o Flamengo até o fim do ano. Como ainda ”pertence” ao Shangai SIPG, profissionais – um preparador e um fisioterapeuta – do clube chinês estão acompanhando a recuperação do meia até o dia que ele estiver apto a jogar.
Fonte: Globo Esporte
Parabéns ao doutor Tannure que foi um dos grandes lutadores pra que essa estrutura médica do Flamengo fosse conquistada.
Só não entendi o pq dá piscina ainda não está liberado, alguém sabe me informar ? Já que o módulo profissional foi inaugurado e eu entendo que estaria tudo disponível.
Não esqueço até hoje a “saga dos Leandros”: ambos (Ávila e Amaral) tiveram complicações em cirurgias no joelho e foram “jogados de lado” pelo Fluminense (aquele clube que o próprio Fred criticou o depto médico). O Leandro Ávila teve mais sorte, conseguiu se recuperar e ainda teve uma sobrevida no futebol; já o Amaral não teve muitas oportunidades (em vista de politicagens na gestão de Patrícia Amorim). Fico imaginando como seria a vida desses estes caras, se tivessem a sorte de serem tratados nos dias de hoje, pelo Centro de Excelência em Performance! &;-D