Augilmar Silva Oliveira, conhecido como Gilmar Popoca, é o técnico do time que estreia hoje na Copinha contra o Central de Caruaru (PE), às 21h, em São Caetano (SP).
Em entrevista concedida ao GE, Popoca Popoca fala como é viver um verdadeiro choque de gerações com os garotos que comanda desde o sub-13 no Flamengo:
“Na minha época você ralava para fazer um contratinho. Era complicado. O garoto hoje de 17 anos já tem um contrato, já recebe um valor que dá para ele até se manter fora do clube. Nisso a diferença é muito grande. Fora isso, a convivência mudou muito. Antigamente havia a concentração, onde você trocava figurinhas, fazia resenha, fazia aquele bate-bola entre os amigos, hoje é esse negócio de Playstation, aquele negócio de celular, Whatsapp, às vezes o cara está na frente do outro e está conversando pelo Whatsapp. É um negócio de louco, mas eu quebro isso aí deles (risos). Eu sou um cara que falo pra caramba, eu atropelo eles, eu puxo a resenha, conto história.”
Popoca quer o time do Flamengo com um futebol ofensivo, toque de bola, criatividade e muita movimentação, por isso o treinador cobra bastante e lembra seu início na carreira para os seus jogadores:
“Tive carreira muito legal. Depois do Flamengo joguei no Santos, no São Paulo, no Botafogo, na Ponte Preta. Mas digo que poderia ter ido muito mais longe. Talvez tenha faltado um pouquinho de equilíbrio. Sempre tive personalidade muito forte e às vezes o confronto com as pessoas que têm o poder te leva a derrota. Falo sem vergonha nenhuma, conto minha trajetória para que não sigam meu caminho. Se fui a uma Olimpíada, poderia ter ido a uma Copa. A geração campeã em 1994 era praticamente a minha geração. Romário, Bebeto, Dunga.. Nessas conversas, na resenha entre amigos, mostro a hora que vai ter que esperar, que vai ter que ser reserva, para esperar a oportunidade de entrar e não sair mais.”
Sucesso a molecada e ao Gilmar Popoca, gente boa a vida toda!!!!