Depois de 19 vitórias seguidas em casa, a invencibilidade do Mogi das Cruzes no ginásio Hugo Ramos chegou ao fim. E o responsável por quebrar essa escrita foi justamente o time que havia vencido o Mogi no Hugão pela última vez, em maio de 2016: o Flamengo. Na noite desta terça-feira, o Rubro-Negro foi superior desde o primeiro quarto, dominou a partida, que chegou a ter uma pequena confusão em quadra no terceiro período, e venceu sem sustos por 83 a 57, recuperando-se da derrota para o Brasília, na última rodada do NBB.
Os cestinhas do jogo foram Olivinha, do Flamengo, e Shamell, do Mogi, ambos com 22 pontos. O ala-pivô do Fla, aliás, ainda anotou um duplo-duplo ao pegar 12 rebotes.
O Flamengo se mantém na liderança do NBB, agora com 12 vitórias em 14 jogos e um aproveitamento de 85,7%. Já o Mogi, que sofreu sua quinta derrota em 12 partidas, continua na quarta posição, mas agora com 58,3% de aproveitamento, um pouco mais que Paulistano, Pinheiros e Bauru, que vêm logo atrás com 57,1%.
O Mogi volta à quadra pelo NBB na próxima quinta-feira, às 20h, quando enfrenta o Macaé, novamente no Hugão. O Flamengo joga apenas no sábado, às 14h, contra o Franca, no ginásio do Tijuca, no Rio de Janeiro.
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O jogo
O Flamengo dominou o começo da partida. Em pouco mais de dois minutos, o Rubro-Negro abriu 7 a 0, e Guerrinha logo pediu tempo. Apesar disso, o Mogi seguiu tendo muitas dificuldades para pontuar, enquanto os visitantes iam bem no ataque e chegaram a fazer 12 a 0. O time mogiano só converteu seu primeiro arremesso somente depois de quatro minutos, com Shamell. A tensão inicial, que já podia ser vista também na torcida do Mogi, aos poucos foi passando, mas os donos da casa seguiram com um aproveitamento ruim no ataque. Dessa forma, o Flamengo se manteve no controle do duelo e venceu o primeiro quarto por 20 a 12.
Na volta para o segundo quarto, o Flamengo cometia alguns erros, mas ainda assim continuou melhor que o Mogi, que seguia com um aproveitamento muito baixo nos arremessos (apenas 25,6% no período, contra 54,5% da equipe carioca). O Rubro-Negro fez 9 a 2 nos quatro primeiros minutos e abriu 29 a 14. Com isso, Guerrinha novamente parou o jogo. O cenário da partida, porém, não mudou muito. Embora não tivesse um ótimo desempenho ofensivo, o Fla segurou a grande diferença que tinha no placar e foi para o intervalo com uma boa gordura para queimar: 38 a 23.
O terceiro período começou muito quente. Com cerca de dois minutos o jogo foi paralisado devido a uma confusão na quadra do Hugo Ramos. A comissão técnica do Flamengo reclamou muito de um lance envolvendo Marcelinho e Tyrone. Ricardo Machado, fisioterapeuta do Fla, teve um ataque de fúria e foi desqualificado. Na sequência, a arbitragem ainda marcou falta técnica contra Marcelinho e contra o banco de reservas rubro-negro.
Com a bola em jogo, o Flamengo continuou melhor e não deu chances de reação ao Mogi. Com grande atuação de Olivinha, autor de 13 pontos somente no terceiro período, os comandados de José Neto abriram 52 a 31 no placar restando 3:25, e Guerrinha parou o jogo. Não adiantou. O Fla mais uma vez limitou os mogianos a poucos pontos, venceu o quarto por 23 a 14 e foi para os últimos dez minutos com uma ótima margem no placar: 61 a 37.
Com o jogo praticamente definido devido à grande diferença na pontuação, o quarto período foi equilibrado. Consequentemente, o Flamengo não teve dificuldades para se manter no controle do duelo. Embora uma reação fosse muito improvável, o Mogi ainda tentava imprimir um ritmo mais forte para diminuir sua desvantagem no placar, mas não conseguiu. Nos minutos finais, então, Guerrinha colocou em quadra uma formação reserva. Já com a partida em um ritmo bem menos intenso, o Fla confirmou a vitória sem sustos por 83 a 57.
Times e pontuações:
Mogi:Larry Taylor (0), Shamell (22), Jimmy (4), Tyrone (3) e Caio Torres (8).
Entraram: Elinho (4), Gerson (2), Vithinho (5), Fabricio (3) e Filipin (6).
Flamengo:Ronald Ramon (8), Marcelinho (8), Marquinhos (17), Olivinha (22) e JP Batista (8).
Entraram: Pedrinho (6), Lelê (8), Mineiro (6), João Victor (0) e Danilo (0).
Fonte: Globo Esporte