A indefinição do governo do Estado sobre o futuro do Maracanã põe em risco um patrimônio que não é apenas do Rio ou dos cariocas, mas de todos os brasileiros.
A insistência em não realizar uma nova licitação, tornando o processo totalmente claro e amplamente aberto a um maior número de interessados, como querem Flamengo e Fluminense, contraria o bom senso. E, mais do que isso, passa ao largo do sentimento nacional de que é preciso tratar da coisa pública com transparência e com espírito republicano.
Os sinais emitidos pelo Palácio Guanabara apontam em direção do consórcio formado pela empresa francesa Lagardère e a nacional BWA, com apoio da Ferj. Mas há pelo menos um segundo interessado, o grupo CSM, GL Events e Amsterdam Arenas. Uma comissão formada pelo governador Luiz Fernando Pezão, que tinha prazo para emitir parecer em 28 de dezembro, mas pediu prorrogação, está avaliando se eles cumprem as exigências impostas no edital que levou a Odebrecht a assumir o estádio em 2013.
A imposição da empresa francesa pode inviabilizar o Maracanã. A posição do Flamengo, com apoio do Fluminense, parece definitiva: é não jogar mais no estádio. E, como se sabe, não existe estádio sem clube para jogar. E só com uma efetiva participação na gestão do estádio a dupla Fla-Flu aceita discutir o assunto.
O presidente Bandeira de Mello chegou a dizer que o Maracanã precisa mais do Flamengo do que o Flamengo do Maracanã. Ele tem razão. Mas essa não é a razão que deve nortear esse processo.
Um dos primeiros atos do novo prefeito Marcelo Crivela foi encomendar um estudo sobre a municipalização do estádio. Pode até ser um caminho. Mas só amplo entendimento entre o governo do Rio, a prefeitura, os clubes e os antigos concessionários, para a definição de um modelo que atenda aos interesses do futebol carioca e de seus protagonistas e não dos atores de um jogo de cartas marcadas, pode levar as torcidas rubro-negra e tricolor a fazer de novo o Maraca explodir em cores e emoção a cada nova partida.
Fonte: Lance
Pessoal,
Novamente no Brasil a fábula do porco assado (a quem se interessar, basta dar um google uma vez que não se pode colocar links aqui) explica muita coisa.
Mas o que mais me impressionou foi o estado do gramado. Não tem 15 dias no evento do Zico o gramado pareceu bom. Ontem estava uma lástima pela tomada aérea. Parece que nem irrigando o gramado estão.
SRN
Normalmente sou contra, mas o Maracanã precisa ser privatizado, ação para nunca mais voltar para o poder público. Se Pezão se mostra refém da Odebrecht e Cabral assassinou a alma do estádio, há muito tempo o nosso amado estádio sofre. Quem não se lembra da queda do alambrado em 92 ou das obras mal planejadas para o Mundial de Clubes de 2000? É um governo atrás do outro que pouco estão se importando para ações desportivas no Complexo.
Preciso acrescentar que clube incompetente também não administraria de forma responsável o Maracanã e se venderia para esses mesmos políticos. Precisamos de seriedade em nosso futebol. Ainda tenho esperança na Primeira Liga. Que ela não seja apenas um torneiozinho para inchar o nosso calendário, mas sim que venha para propor reais mudanças na estrutura de nosso futebol.