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Joia 2017: Lincoln é o sonho de dupla de ataque caseira no Fla

Da escolinha do Jerê, no bairro Feu Rosa, na Serra, região metropolitana de Vitória, até a Copa São Paulo de juniores Lincoln se acostumou a furar filas. Com apenas 13 anos, era convocado para a seleção brasileira sub-15. No Flamengo desde janeiro de 2012, hoje, ele é o camisa 9 do time na Copinha em São Paulo – em dois jogos, ainda não conseguiu marcar. Mas já se firmou como um dos grandes expoentes da famosa geração 2000. Ao lado do parceiro Vinicius, Lincoln, o L9, apelido que ganhou na internet e adotou no Twitter pessoal, é motivo de muita atenção no Fla. No fim do ano passado, ele assinou primeiro contrato profissional.

Lincoln é capixaba e começou a jogar bola com apenas quatro anos em escolinhas do bairro no Espírito Santo. Uma excursão para jogar amistosos no Rio antecipou os primeiros Fla-Flus da vida do garoto. Ele se destacou ao enfrentar o Fluminense e chamou a atenção dos olheiros do Rubro-Negro e do Santos. Mas o coração bateu mais forte.

– Minha família toda é flamenguista – diz o garoto, que tem cara de menino, e é fã do português Cristiano Ronaldo e do atacante brasileiro Neymar.

Com o pai Josimar – que acompanha o filho na Copinha – e toda a família – a mãe Luciene e os irmãos Nicolas e Ryan -, ele veio para o Rio de Janeiro jogar no Flamengo. Hoje, mora em Vargem Pequena, próximo ao Ninho do Urubu. O contrato de três anos – um “bom contrato”, como lembra o empresário Pedro Pereira, que trabalha com Thalles no Vasco, entre outros atletas – é daqueles com multa alta, cerca de R$ 100 milhões, e premiação com metas. Há cinco anos também tem contrato próprio de material esportivo. O cuidado do Fla é tanto que havia preocupação dele não dar entrevista até o registro do novo vínculo.

– Ele é bem precoce na carreira. Fiquei com medo quando ele tinha 13 anos e foi jogar torneio sub-15. Agora, que tem 16 e enfrenta jogador de 20 anos. Mas ele me fala: “Não tem isso não. Eles têm mais força, mas é futebol igual”. Falo para ele: “Se você está dizendo…” – lembra o pai, que deixou trabalho de tampador em fábrica na Serra para ficar ao lado do filho.

Indicado por André Silva, ex-zagueiro do Botafogo, que foi campeão da Conmebol em 1993, ao empresário Pedro Pereira, Lincoln arrebentou numa final contra o Corinthians na Copa Brasil-Japão, realizada no CFZ, no Rio.

Ao lado de Vinicius e da geração promissora de 2000, Lincoln foi responsável pelo massacre na final do estadual 2016 juvenil este ano contra o Vasco. No placar agregado, 10 a 1 para o Rubro-Negro – dois de Lincoln, que fez 21 no primeiro ano de juvenil. No campeonato estadual infantil, também foi campeão e artilheiro, marcando 28 gols. O pai tem dupla satisfação ao comentar essas goleadas em cima do Vasco.

– Gozei demais meus amigos vascaínos. O melhor jogo é contra o Vasco, né. Ele gosta, a motivação é maior. No início ele não marcava contra o Vasco, eu falava com ele disso: “você faz gol em todo mundo”. E ele dizia: “calma que vai sair” – conta seu Josimar.
A dupla com Vinicius já é famosa na Gávea. Tanto dentro quanto fora de campo, eles são inseparáveis.

– Eles ficam direto juntos. Até na virada do ano ele passou na casa do Vinicius lá em São Gonçalo – diz o pai de Lincoln, que sonha com a dupla de ataque no profissional. – É um sonho deles. Quem sabe Deus não reserva isso para os garotos.

O destaque nos últimos torneios – apesar da idade – é tanto que ainda no fim do ano passado ele foi para a Copa RS e voltou a aparecer bem. O técnico Gilmar Popoca não teve dúvida: é titular do seu time. Vinicius, que brilhou na estreia com dois gols e fez a jogada do gol da vitória sobre o São Bento, ainda está na reserva.

– Ele é um jogador de uma qualidade técnica, de uma definição dentro da área impressionante. Dei oportunidade para ele na Copa RS, ele chegou e fez diferença. Manteve nível muito alto de atuações mesmo sendo um atleta que ainda ia completar 16 anos. A gente sabe muito o potencial, mas tem que ter paciência, o garoto tem apenas 16 anos. Na função do atacante centralizado ele é um jogador diferente mesmo. Cada vez enfrentar mais vai adversários mais duros. Então a gente tem que trabalhar principalmente a cabeça dele para que não aconteça alguma coisa errada no percurso – destacou Popoca, na véspera da estreia na Copinha.

Zé elogia, mas lembra: “Devagar que o santo é de barro”

Técnico de todas as categorias de base do Flamengo, Zé Ricardo foi treinador de Lincoln na chegada ao Rubro-Negro. Conhece bem o garoto e acompanha a trajetória da dupla que faz com Vinicius desde os primeiros passos com a camisa do Flamengo. Se no time da Copa RS e também da Copinha -, Lincoln é titular e Vinicius reserva, na seleção sub-17 acontece o contrário. Unha e carne na base do Fla, eles sonham um dia formar dupla de ataque no profissional.

– É um sonho é dar muitas alegrias à torcida rubro-negra – disse ainda na Gávea, após a goleada no Vasco, em dia que ele e Vinicius marcaram dois gols cada.

Em dois jogos na Copinha – com duas vitórias do Rubro-Negro -, Lincoln não conseguiu deixar o dele. Os conselhos de Gilmar Popoca eram de quem conhece bem como a banda toca. O jogador ainda está em fase de amadurecimento do futebol, mas é tratado com carinho especial no Ninho do Urubu. Cuidado igual tem Zé Ricardo, que o conhece há bastante tempo.

– É um jogador que desperta interesse grande para a gente. É muito talentoso, mas é muito jovem também. Sabe jogar dentro da área, sair para os lados. Bom poder de finalização com as duas pernas, bom nível de cabeceio, sabe se posicionar. Mas ainda é muito novo. Foi meu atleta em 2012, em 2013 a gente já o utilizava no infantil. Fomos campeões da Copa Brasil-Japão, no CFZ. Era o primeiro campeonato nacional dele. Tinha 13 anos num campeonato sub-15 e parecia que era o quintal de casa dele. Foi muito, mas muito bem mesmo e foi um dos artilheiros. Mas devagar, devagar, que o santo é de barro. A gente já viu muitas histórias não acontecendo. Ele faz trio de ataque infernal com o Vinicius e com o Bill, que não está na Copinha, que veio do Nova Iguaçu – comentou Zé Ricardo.

Fonte: GE

Coluna do Flamengo

Ver comentários

  • Vi os dois jogos! Ele está um pouco tímido ainda! Pode ser por causa da idade...16 anos contra zagueiros de até 20 anos nao é fácil.

    MAS o Vinicius Junior tb tem 16 e está mostrando tudo o que sabe. Além de muita técnica, tem uma explosão que lembra o Edilson capetinha no auge. Se tiver calma pode ser muito mais!

    • O problema é que o time joga com o esquema do profissional, onde o centro avante fica meio isolado, como o guerreiro. Já os pontas Gabriel Silva e Vinícius júnior se destacam mais. Mais o muleque é bola!!! Porém a bola tem que chegar nele em condições!!!

    • A diferença é que o Vinicius é quase 6 meses mais velho que o Lincoln, e nessa idade que eles tem, alguns meses fazem diferença, e o Lincoln joga de centroavante, então ele tem que se virar contra os jogadores mais fortes do time adversário, mas na próxima Copinha ele vai arrebentar.

  • Ainda não se soltou na Copinha, mas foi bem na Copa RS em dezembro, lembrando que a Copa RS tem um nível de disputa superior ao da Copa SP, pois lá tem clubes sul americanos e os grandes do Brasil, e não esse monte de time amador que tem na Copa SP.

  • Só não pode aparecer um técnico meia boca e cismar que o cara tem que dar dois passinhos pra trás ou pro lado pra desenvolver, como fez o profexô com o cirino e acabou com o cara. #valeuL9.

    • A linha de raciocínio ta certa... mas o Cirino é uma enganação... Gabriel é outro lixo...

      • Caro rubro-negro, se no Flamengo houvesse jogador lixo, não existiria nenhum clube no Brasil com menos quantidade de jogadores lixo. E fora do Brasil também dificilmente existiria algum time sem nenhum jogador lixo. Então, já que você só está depreciando o patrimônio do Flamengo em relação aos outros times, talvez você pudesse pensar que nossas palavras tem sempre algum peso que quando se juntam acabam tendo alguma influência, que nesse caso é prejudicial ao Fla em possível negociação dos jogadores.

        • Ninguém vai contratar ou deixar de contratar por causa da opinião dos torcedores... olha o Wallace saiu do Flamengo e foi pro Grêmio... outro time grande...

          Você acha que a diretoria do Grêmio não sabia da nossa insatisfação???

          Olha o Leandro Damião... vc acha que todos nós n sabíamos da insatisfação do Santos?

          Futebol é um mundo sujo... dinheiro e propina rolando solto...

          SRN

          • Disse apenas que influencia, ou seja deprecia o cara em negociação.

            Wallace foi um caso particular de negociação que não vou aqui entrar em detalhes, mas vc deve saber como foi que começou e "amarrou" o Grêmio na situação.

            Leandro Damião já teve ótima fase e o Fla pegou emprestado de graça e pagando metade do que o cara ganha.
            Foi bom pro Santos? Foi, mas foi muito pouco pra valer de exemplo pro que vc argumenta.

            De qualquer forma, só quero mostrar uma outra forma de olhar, se acha que não basta pra te influenciar a pensar diferente, tudo bem.

            Está no seu direito de pensar e expor o que vc quiser. SRN

  • E bom atacante tem o.estilo do Gabriel Jesus é centro avante mais.nao fica morto lá parado.não ele é raçudo, não deu boné não deu entre as pernas naonfez nenhuma firula mais mostrou que sabe jogar, vamos aguardar meu sonho o flamengo revelar 3 4 cracks que cada um chega a ser vendido por 70 80 milhões aí passaríamos de pagador de contas pra emprestar dinheiro para os outros falidos

  • O que tô vendo é muito bom, lembro dá seleção da Alemanha na copa de 2010, lembro na Euro de 2012, e lembro na última copa, a maioria dos jogadores com duas ou três copas, e mal tinham 25 anos.

    Imagina aí um time desse com jogadores de 3 copinhas, se ficassemos formando jogadores cada vez mais novos eles iriam explodir cada vez mais novos no profissional, iríamos ter mais tempo pra preparar e mais lucro no fim das contas. Eu hein, são 3 títulos dá copinha e queremos o 4, 3+4=7, só não vê quem não quer.

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