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Hoje na Coreia, ex-Flamengo lembra quando brilhou nos lugares de Ronaldinho e Adriano Imperador

Começar uma carreira no futebol profissional não é nada fácil. Ainda mais quando você logo de cara tem a missão de substituir um grande ídolo do Flamengo. Em 2010, Diego Maurício viveu essa situação no Campeonato Brasileiro em pleno Maracanã.

Ele estava para viajar com a equipe de juniores para a Taça BH quando Adriano Imperador sentiu uma lesão durante aquela semana e ficou de fora do jogo contra o Grêmio Prudente.

“Como era destaque da base fui chamado às pressas para compor elenco. Ia ficar no banco e viajar para Minas Gerais na segunda-feira”, disse o atacante, atualmente no Gangwon, da Coreia do Sul, ao ESPN.com.br.

Os planos do garoto não se realizaram, mas pelo melhor dos motivos. O duelo estava empatado, quando o técnico Rogério Lourenço colocou Diego Maurício para jogar. “Eu sofri um pênalti e dei um passe para o gol. Ganhamos do Grêmio Prudente no Maracanã por 3 a 1”.

“Fui para o vestiário todo receoso e perguntei quando iria para Taça BH. Mas o diretor Isaias Tinoco me falou: ‘Diego, esquece. Você virou profissional e não desce mais aos juniores’. Fiquei feliz demais depois disso”.

Com a atuação, ele ganhou espaço no elenco rubro-negro, sendo escalado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo na reta final do Nacional, ajudando o Flamengo a escapar do rebaixamento.

Foi neste período que o jovem ganhou o apelido que o acompanha até hoje.

“Essa história do Drogbinha surgiu pela semelhança que tinha na estatura e cabelo parecido com o Drogba. Sempre pedi para as pessoas pararem com isso, mas falam até hoje. Não tem como tirar. Queria jogar 10% do que ele jogava que estava bom (risos). Foi entre os amigos que começaram a me chamar assim e a torcida abraçou”.

No ano seguinte, o atacante viveria seu momento mais feliz com o Flamengo entrando novamente na vaga de um grande nome do futebol. Ele foi decisivo na semifinal da Taça Rio contra o Fluminense, quando as equipes empataram por 1 a 1 no tempo normal.

“Eu substitui o Ronaldinho Gaúcho que estava suspenso. A gente fez um grande jogo e vencemos nos pênaltis. Eu fui o último batedor. Classificamos para final e fomos campeões invictos”.

“Eu tenho o Ronaldinho como um amigo e um cara super do bem. Um cara que sempre foi meu ídolo e joguei junto. É um craque mundial. Além disso, uma pessoa do bem e espetacular. Respeita muito o próximo”.

“A responsabilidade no Flamengo já vem quando você começa a vestir esse manto. Consegui jogar lá e foi demais”.

Seleção e volta ao mundo

Diego Mauricio começou no futebol em um clube do bairro Marechal Miranda, no Rio de Janeiro. Depois de passar seis meses no Vasco, ele foi para o Flamengo, aos nove anos.

Destaque nas categorias de base da Gávea, o garoto enfrentou várias dificuldades para conseguir vencer no futebol.

“Às vezes tinha que pedir para o motorista para passar por baixo da catraca do ônibus para poder ir treinar. São coisas que te ajudam a progredir. Hoje, com uma situação melhor e a família bem a gente lembra disso. Não podemos nunca nos esquecer de onde viemos”.

Com as boas atuações pelo clube rubro-negro, o atacante serviu a seleção brasileira sub-17 e sub-20, quando foi campeão do Sul-Americano de 2011.

“Eu nem esperava. Primeiro, a gente sonha em chegar ao profissional, dar uma vida melhor para nossa família. Quando vem a seleção é bom demais”.

“No Sul-Americano Sub-20 contra o Uruguai algumas pessoas da CBF nos prometeram que se fossemos campões cada um ia ganhar um carro zero. A gente entrou mais motivado ainda (risos). Depois de umas semanas nos ganhamos”.

Após ser vendido para o Alania (Rússia), em 2013, ele passou por Sport, Vitória de Setúbal, Bragantino, Al-Qadisiya (Emirados Árabes Unidos) e Shijiazhuang Ever Bright (China).

“As maiores dificuldades que tive foram com a adaptação. Vivi a vida toda no Flamengo e no Rio de Janeiro e foi difícil ir para outros lugares. Tive que aprender outras culturas, línguas e maneira de encarar a vida, mas graças a deus coisas deram certo”.

Neste ano, Diego Maurício acertou com o Gangwon, da Coreia do Sul. O jogador revelado pelo Flamengo espera fazer muitos gols pelo novo clube.

“Estou aprendendo. É uma nova equipe. A cultura é bem diferente, mas estou aprendendo. Já me acostumei com fuso-horário porque joguei na China”.

“Foi um povo que me recebeu muito bem. Não tenho dúvida que posso fazer um grande ano por aqui. Ainda vou descobrir umas coisas desse pais, outro país asiático. Vai ser muito bom para mim”.

Fonte: ESPN

Coluna do Flamengo

Ver comentários

  • Ou é marechal Hermes, ou é Rocha Miranda... marechal Miranda não existe. Pelo amor de Deus, mais respeito pelos bairros do Rio rs

  • O Bairro Marechal Miranda fica ao lado do bairro Rocha Hermes??? SRN!

  • A camisa não pesou, como está pesando em muitos profissionais a anos no clube e outros bocados que estão emprestados, Diego Maurício tinha muita velocidade, a camisa não pesava, era bom jogador que subiu, jogou bem, não demorou e foi vendido. Temos aí umas revelações de 2011 que não vingaram e estão emprestados!

  • Deixe-me ver se entendi:
    1. Um jogador de peso se lesiona e um jovem da base é chamado para substituí-lo, sem ao menos definir uma preparação à parte para a "responsabilidade" que ele vai assumir (no bom e velho "vai lá e joga").
    2. Logo depois, um dirigente qualquer lhe informa que "virou profissional", sem ao menos realizar outra preparação à parte (pois deveria ser mantido na categoria de base).
    3. Por fim, após uma boa participação, enchem a cabeça do menino com comparações a jogadores consagrados como o Drogbar, ao invés de realizar um trabalho à parte para mantê-lo com os pés no chão.
    Na boa: que profissionais de m****! &;-D

  • Mais um bom jogador que os dirigentes mataram, e ainda dizem que quem queima é a torcida.

  • Só razoável, como muitos outros! Pelo menos, rendeu uns trocados.

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