Berrío entrou para a lista de jogadores do Flamengo que também ficam conhecidos por perderem a cabeça em jogos importantes. Desde o ano passado, Guerrero era o atleta com pavio mais curto, que se deixava levar por provocações, como voltou a mostrar diante do Universidad Catolica. Até Diego exagerou ao cometer a falta que culminou no gol adversário, que lhe rendeu cartão amarelo.
Mas a atitude de Berrío, que entrou no segundo tempo e acabou expulso por agredir o zagueiro Parot, pode gerar mais prejuízo. O jogador deve ser julgado pelo tribunal disciplinar da Conmebol e pode ser suspenso de três a seis jogos, o que o faria ficar de fora da primeira fase da Libertadores.
A diretoria do Flamengo aguarda a notificação da entidade para enviar uma defesa por escrito, baseada na provocação e no ato hostil do próprio adversário, que provocou Berrío. O colombiano, porém, apresenta histórico de problema e foi expulso na última Libertadores, pelo Atlético-Nacional. Na ocasião, alegou que sofreu ofensas racistas do goleiro do Rosário Central.
“Comemorei o gol como desabafo por algumas situações que aconteceram antes. Tinha o grito engasgado, não devia ter feito isso, mas foi a maneira de desabafar. Só me resta levantar a cabeça e reconhecer que me equivoquei. Quando dizem algo de sua cor, a verdade é que ninguém se aguenta”, afirmou Berrío na ocasião.
Na chegada ao Rio, o jogador não falou sobre a nova expulsão pelo Flamengo. O clube espera incluí-lo no programa do Centro de Excelência em Performance que também trabalha o aspecto mental das partidas. Guerrero melhorou após contato com os profissionais da área.