O Campeonato de Sul-Americano Sub-17 é um terreno fértil para talentos prodigiosos da América do Sul, com os melhores jogadores na faixa de 16 e 17 anos de idade.
A edição de 2017 acabo há pouco, com o Brasil conquistando o seu 12º título de forma enfática graças a uma defesa agressiva, um meio-campo inteligente e um ataque agudo. A equipe ganhou sete e empatou dois de seus nove jogos, não tomou gols em suas últimas quatro partidas e marcou um surpreendente número de 17 gols na fase final.
Naturalmente, surgiram inúmeras manchetes, alimentadas pelo grande contingente de fãs de futebol que dedicam tempo e interesse para tentar descobri as estrelas super-talentosas de amanhã. O Brasil teve vários jogadores deste nível, mas um deles se destacou: Vinícius Junior.
Na frente das câmeras, mordendo sua medalha, enquanto equilibrava três troféus (campeão, o melhor jogador e artilheiro), deixou as pessoas admiradas. Apesar de não jogar como um atacante de ofício, superou todos os outros (sete gols) e ainda deu três assistências.
A chave para o seu sucesso foi simples: a maneira como o técnico Carlos Amadeu o aproveitou foi excelente (assim como suas táticas em geral), usando ao máximo seu conjunto de habilidades e colocando-o em uma boa posição em campo. Eles tinham um plano de jogo, que foi executado de forma brutalmente eficaz.
Esse plano de jogo, em primeiro lugar, envolveu a liberação de Vinícius Junior sobre o topo da defesa oposta, sempre que possível. Jogando principalmente fora do flanco esquerdo em um sistema híbrido 4-2-3-1 / 4-3-3, o Brasil usou seu físico precoce e sua velocidade imensa para conseguir resultado, enfiando-o atrás dos zagueiros para receber passes precisos.
O que geralmente lançou as bolas foi Alan Souza, que pode ser comparado a Brahim Diaz de Manchester City em tamanho, habilidade e técnica, e foi o seu perfeito passe que deu Vinicius Junior a vantagem com cada enfiada.
Ele correu implacavelmente, prendendo as bolas e cortando para dentro para mudar o jogo. Sua força o fez difícil de se segurar, e quando solto no campo, mostrou que joga com a cabeça erguida e pode se relacionar bem com os companheiros de equipe.
Na fase final, as equipes estavam fazendo o que fosse necessário para manter Vinicius Junior tão longe de sua área quanto possível.
Dos seus sete gols, dois foram inacreditavelmente executados, algo aparentemente impossível, encobrindo o goleiro de fora da área.
Quando ele perdia a bola, se esforçava rapidamente em voltar para ajudar o lateral-esquerdo.
A fim de escapar da atenção e da marcação pesada, o treinador Amadeu permitiu que ele se movimentasse abertamente para encontrar espaço para jogar. E ele fez isso com tranquilidade, aparecendo muitas vezes como um n º 10, jogando no centro entre as linhas.
Merece crédito também o n º 9, Lincoln, que desempenhou por vezes um papel de falso-nove e interpretou os movimentos de seus companheiros atacantes brilhantemente, enquanto também marcou seus cinco gols.
A maior interrogação para o futuro agora é o quão bom Vinicius Junior pode se tornar. Estamos olhando para um futuro melhor do mundo ou ele vai sumir como muitos outros?
É preciso lembrar que, embora este torneio tenha lançado as bases de algumas carreiras extremamente bem sucedidas – Philippe Coutinho, Casemiro (ambos de 2009) e Marquinhos (2011) – tudo prova que a grande maioria cai na obscuridade.
Na verdade, a lista dos quatro artilheiros neste torneio antes de Vinicius Junior representa um pacote misto, um tanto decepcionante. Leandro (2015) tem 18 anos e acabou de se transferir para o Napoli, então não pode ser julgado, mas o melhor marcador de 2013, Franco Acosta, tem 21 anos e está preso na equipe do Villarreal B e 2011, Juan Cruz Mascia, nunca saiu do Uruguai. O colombiano Edwin Cardona, que liderou a tabela de gols em 2009, é um excelente médio ofensivo e salva um pouco essa lista.
O motivo? A competição apresenta algo de uma falsa economia. O futebol juvenil é incrivelmente diferente de seu equivalente adulto, e aqueles que dominam neste nível nem sempre transferem suas habilidades e talentos para o palco maior. No caso de Vinícius Junior, seu tamanho e velocidade podem ser considerados anormais para sua idade, por isso é preciso ser cauteloso ao projetá-lo para o estrelato, porque é mais fácil para ele “intimidar” aqueles que não são tão desenvolvidos.
Afinal, ele mostrou uma qualidade exuberante, presença de espírito, facilidade para definições incríveis, exibidos apenas pelos mais talentosos e, somado a isso, mostrou também bastante consciência.
Ele preenche as últimas caixas no bloco de notas do observador, levando você a acreditar que é realmente capaz de mostrar o melhor do futebol.
Fonte: Bleacher Report
bem coerente
Desculpe mas um texto em coluna, mesmo que de forma amadora, não pode ter “acabo”.
A edição de 2017 acabo há pouco, com o Brasil…
Tenho encontrado uns “descobri”, “decidi”. Po galera, vamos revisar esses textos aí pra coluna crescer.
ViZeu e Vinicius Jr. Vão da muita alegria , pode apostar.