Cautela: volta do Fla ao Maracanã depende de ”expectativa de receita”

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O primeiro jogo do Flamengo no Maracanã em 2017, além de representar o resultado mais expressivo esportivamente da temporada – 4 a 0 sobre o San Lorenzo -, rendeu ao clube sua maior renda bruta no estádio desde a final da Copa do Brasil de 2013. Embora a sinergia entre time e torcida tenha impressionado, o Rubro-Negro não se desespera para voltar ao estádio. Quer dialogar com a concessionária, Odebrecht, a fim de que gaste menos com o aluguel do Maraca.

– Total interesse, não. É de interesse do Flamengo. A gente tem que olhar o aspecto esportivo, mas também tem que olhar o financeiro. Vai depender muito da expectativa de receita. Não é todo dia que a gente tem uma receita de R$ 3 milhões. O jogo que deu mais que isso foi a final da Copa do Brasil, que deu quase R$ 10 milhões. Acredito, sim, que a gente possa repetir essas receitas em outros jogos da Libertadores, mas temos que analisar com calma e cuidado. Tem que ver como vai ser o interesse da concessionária em permitir outros jogos lá. Ela tem que se manifestar em relação a isso também. Dessa vez, foi um custo atípico. A gente espera, agora, que o custo abaixe. Aí a gente quer sim, com certeza, fazer jogos lá – afirmou Fred Luz, diretor geral do Flamengo.

O custo atípico mencionado por Fred foi de R$1,708 milhões com a preparação do estádio e outros R$ 424.993,01 com a operação da partida. Para ratificar tal posição, o dirigente trata a realização de Flamengo x San Lorenzo no Maracanã como um presente aos torcedores, mas não como uma solução rentável para os cofres rubro-negros.

– Deu lucro, claro. Não foi substancial, não foi proporcional à renda que tivemos, que cercou os R$ 3,6 milhões. De resultado líquido, o Flamengo teve lucro de 20% (R$ 750.660,16). O Flamengo quis viabilizar esse jogo. Era importante a estreia no Maracanã. É um brinde para a nossa torcida. Mas, esse tipo de custo por jogo não é viável. São pouquíssimos jogos que têm receita acima disso.

Prova de que não há desespero para se jogar no Maracanã é a intenção rubro-negra em relação à conclusão das obras no Estádio Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador. O Flamengo espera tê-lo pronto antes do dia 12 de abril, quando recebe o Atlético-PR, também pela Libertadores.

– Sem previsão do primeiro jogo lá. Mas queremos que esteja pronto para o jogo contra o Atlético-PR. Há possibilidade para um jogo menor, no Carioca, sempre tem, mas é pequena.

O Maracanã segue sem definição sobre qual empresa o controlará nos próximos anos. As francesas GL Events e Lagardère disputam a concessão, atualmente nas mãos da Odebrecht, que não continuará à frente do estádio.

Fonte: GloboEsporte

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  • Impressionante como o estado já não suspendeu o contrato com a Odebrecht (uma empresa corrupta e que não está dando a mínima para o Maracanã), por ela pode apodrecer… o Fla tem que ser bem taxativo: vocês não querem eu quero, mas só se a renda ficar TODA PARA MIM, ou 90%. Do contrário faça bom proveito. Isso em contrato pontual claro. Os caras não estão nem ai para o Maracanã e ainda querem ganhar algum? Absurdo total. A ilha está ai e para jogos de maior público pode mandar para fora. Simples.
    Está mais que provado que o Fla dá retorno monstro para o estádio e que SEM O FLA O MARACANÃ “morre”, vira um Elefante Branco.Esse jogo pontual serve claro para deixar muitas pulgas atrás das orelhas dos caras…mostra que o Fla tem todas as condições de tocar o Maracanã.

  • Tem jornalista que criticava que a diretoria gastou 5 milhões na ilha e gasta 2 milhões no Maracanã. Mas 7 milhões é um investimento para se encontrar numa situação em que mostra publicamente que pode ser quem resolve o problema do Maracanã, e ao mesmo tempo, não depende desesperadamente dele (pode fazer jogos menores na ilha e em outras praças os maiores). Dá para recuperar esses 7 milhões com uns 4 ou 5 jogos no Maracanã depois. Aliás: já recuperou quase metade desse investimento em estádios.

    • O flamengo já recuperou esse valor de quase 2 milhões investidos no maracanã, tanto que disseram que ficaram com 20% do valor bruto, pois já foi contabilizado os gastos do clube com isso. Eu creio que o flamengo deveria ter feito um contrato com o Estado onde, iria recuperar o estádio como foi feito, mais nos 2 próximos jogos do time na libertadores, jogaria lá sem custos de “aluguel”, e toda a renda ficaria pro flamengo, exceto claro os gastos com manutenção.

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