Neste sábado, o Flamengo enfrenta a Portuguesa-RJ, às 18h30 (horário de Brasília), pelo Campeonato Carioca. E se você acha que o meia Mancuello e o zagueiro Donatti podem ser os únicos argentinos em campo, está enganado. A Lusa também tem o seu hermano, que já viveu de tudo um pouco no mundo da bola, atuando inclusive pela seleção Albiceleste e jogando com vários craques em grandes times da Argentina e Uruguai.
Trata-se do meia Matías Sosa, de 24 anos, que foi revelado pelo tradicional Estudiantes e desde o início deste ano atua pela Portuguesa, após ter passado pelo América-RJ na temporada passada.
Visto como um prodígio desde que surgiu ainda adolescente na Argentina, ele deu seus primeiros chutes na bola enquanto era acompanhado de perto por ninguém menos que o lendário meia Juan Sebastián Verón, um de seus mentores no clube de La Plata.
“Eu fui para o Estudiantes com só 13 anos. Subi para os profissionais e treinei com o elenco adulto, mas não cheguei a jogar. Convivi muito com aquela equipe que ganhou a Libertadores de 2009 em cima do Cruzeiro. Tive a sorte de jogar alguns amistosos com o Verón, que foi um professor, e vários daqueles campeões”, contou, ao ESPN.com.br.
Sosa também fez parte desde cedo das seleções argentinas de base. Sua melhor participação foi no Mundial sub-17 de 2009, quando o time Albiceleste bateu a Alemanha de Mario Gotze, Shkodran Mustafi, Kevin Volland e Marc-Andre Ter Stegen e deixou o time de fora ainda na fase de grupos da competição, já que terminaram em 3º lugar.
“Joguei com caras como o Lamela, hoje do Tottenham, e também com o Mancuello. Fizemos um grande torneio Sul-Americano sub-17 no Chile, terminando como vice para o Brasil que tinha o Philippe Coutinho, e depois fomos muito bem no Mundial da categoria, que foi na Nigéria”, lembrou o canhoto.
“Chegamos a eliminar a Alemanha do Mario Gotze, que era uma equipe muito boa. O Gotze fez um gol, mas ganhamos de 2 a 1 deles, avançamos e eles foram eliminados. Eu entrei no segundo tempo e ajudei a ganharmos uma partida muito difícil”, recorda Matías.
“O Gotze era um grande jogador desde essa época, foi muito difícil enfrentar. Infelizmente, na Copa-2014 ele se vingou da Argentina e fez o gol do título mundial”, lamentou o gringo.
Na volta à Argentina, Sosa acabou não sendo aproveitado no Estudiantes e foi se aventurar no Sporting Gijón, da Espanha. Também não emplacou e veio para o tradicional Nacional do Uruguai.
Aprendendo a bater na bola com Recoba
Na equipe de Montevidéu, o canhoto voltou a mostrar o bom futebol dos tempos de base.
Com o Nacional, ele foi campeão uruguaio e teve a chance de aprender com craques.
“Joguei com Álvaro Recoba e Diego Placente [ex-lateral de River Plate e seleção argentina]. Foram craques que me ensinaram demais naquele período de convivência. O Recoba gostava bastante de mim e do meu futebol, e me dava muitos conselhos”, relata.
“Mas como eu era o mais jovem de todo o elenco, precisava servir o Recoba na mesa na hora das refeições (risos). Também tinha que esperar os mais velhos terminarem de comer para poder fazer meu prato. É a hierarquia, tem que ser respeitada”, diverte-se.
Sosa conta que aprendeu muitas novas maneiras de bater na bola com Recoba, um especialista em cobranças de falta com passagens por Inter de Milão e seleção uruguaia.
“Dentro de campo, Recoba tratava a bola como ninguém. Eu sempre o procurava para fazer jogadas, porque sabia que ele poderia resolver a partida em um lance. Nas bolas paradas, era mortal. Um cara de muita qualidade. Tentei aprender o máximo que pude com ele”, rememora.
O meia também elogia bastante o trabalho de seu treinador nos tempos de Nacional: o ex-meia Marcelo Gallardo, que hoje faz muito sucesso comandando o River Plate, da Argentina.
“Montamos uma grande equipe e fomos campeões. O Gallardo foi um grande técnico. Me deu confiança e me colocou para jogar, o que foi muito importante pra mim”, salienta.
“Ele é uma pessoa que dá muita abertura para conversar e sabe entender o lado do jogador. Além disso, estuda como poucos os adversários. Nos treinos, sempre me deu muitos conselhos, até porque entendia muito da posição de meio-campista”, exalta.
“O tempo no Nacional foi ótimo. Ganhei experiência, venci meu primeiro título como jogador profissional e conquistei os torcedores, que fizeram uma grande festa”, recorda.
Reencontrando o amigo Mancuello
Depois da passagem vitoriosa pelo Nacional, Sosa foi vendido ao River Plate, mas não se firmou no gigante de Buenos Aires. Passou depois por Colón e pelo pequeno Cipolletti, ambos de seu país, antes de decidir seguir novos rumos, aventurando-se no vizinho Brasil.
Em 2016, jogou pelo América-RJ e agora está na Portuguesa Carioca. Neste sábado, terá a chance de reencontrar um velho amigo e companheiro nos tempos de seleção de base da Argentina: Federico Mancuello, que hoje joga pelo rival Flamengo.
“Sempre que reencontro o ‘Mancu’ é muito bacana. É um cara muito humilde, e nos conhecemos desde garotos. É um grande jogador e uma pessoa ainda melhor. Tenho um carinho muito grande por ele. Vai ser legal esse reencontro agora dentro de campo, como adversários”, prevê.
Adaptado ao Brasil, o argentino quer continuar se destacando na Lusa, equipe da qual é titular, para ter uma chance em algum grande clube do futebol nacional em breve.
“Eu gosto muito do Brasil, é um lugar que me encanta. Consegui me adaptar muito rápido aqui, apesar do calor muito forte (risos). Gosto demais do Rio de Janeiro. Tem praias lindas, pessoas muito simpáticas e é tudo muito bom”, comemora o meio-campista.
“Queremos fazer um grande 2º turno com a Lusa e conseguir os objetivos. Mostrando um bom futebol aqui, acho que poderei dar um salto na carreira e chegar quem sabe às grandes equipes do Brasil”, finaliza.
Fonte: ESPN
Não é só no Brasil que milhares de joias se perdem no caminho, não o conheço, mas para estar no meio desses caras em um país pequeno de bom futebol ele devia jgar muito , pois subiu aos 13 anos e jogou libertadores jovem! Aqui no Flamengo se tem medo! Se pegarem VJ em outros clubes teriam o escrito na libertadores e campeonatos nacionais, Santos vem fortalecendo um da mesma idade que já está sendo visto pelo Dorival e quer o subir, mas os familiares e empresários quer fazer um um contrato diferente do que o peixe estar oferecendo, pois o garoto já recebeu proposta de 5 milhões de Euros pelo Liverpool, mas recusaram, pois querem ganhar dinheiro com o garoto. A família e empresários querem um plano de carreira, pois é o desejo do garoto ou do contrário aceitaram propostas da Europa.
Dorival é bom em acionar o FLA, com cobranças mentirosas e, se PERDER hoje, “pé na bunda”!