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Franceses apostam que Fla vai ceder e fazer parceria por Maracanã

A concessão do Maracanã está a poucos passos de ser vendida para o grupo francês Lagardère e, consequentemente, ficar sem jogos do Flamengo. Com a desistência anunciada nesta quinta-feira do grupo encabeçado pela GL Events e que tinha o rubro-negro como parceiro, o estádio fecha as portas para o clube. É o que garante o presidente Eduardo Bandeira de Mello. “Não há qualquer chance de fazemos negócio com eles”, disse o dirigente. A empresa reagiu dizendo que o clube não vai encontrar condições melhores no mercado e, internamente, aposta no futuro, lembrando que Bandeira não será presidente pela vida inteira do clube.

Apesar de serem, agora, os únicos interessados na compra da concessão, a Lagardère ainda terá dificuldades em negociar com a Odebrecht. A proposta do grupo é financeiramente ruim, na avaliação da concessionária. Os valores não são divulgados, mas apuração do Blog mostra que o valor ofertado pelos franceses é de cerca de R$ 30 milhões, metade do que foi divulgado durante as negociações. Alheio ao estádio de penúria do estádio que a cada dia se desvaloriza e perde interessados, o Governo do Rio prefere não se manifestar. Procurado, afirma que trata-se de uma negociação privada.

Segundo o Flamengo, o clube já notificou formalmente que não fará negócio com a Lagardère. Uma carta foi enviada pelo rubro-negro para a empresa tanto no Brasil, quanto na França, afirma Bandeira.

“Essa notificação foi enviada há quase um ano. Eles estão cansados de saber que não negociamos com eles. O Flamengo levou muito tempo para reconstruir a sua imagem e sua credibilidade. A empresa e seus parceiros não comungam dos mesmos valores e princípios que nós”, disse o presidente, que só vê um caminho para seguir interessado no Maracanã: a licitação.

A Lagardère prefere não se manifestar oficialmente, mas acredita que possa fazer o clube ceder. Se não nesta gestão, em mandatos futuros. A empresa se considera vítima das suspeitas de corrupção na licitação do estádio, que acabou com a Odebrecht vencedora, em 2013. Para a companhia, que ficou em segundo lugar na concorrência (só havia dois grupos concorrentes), a possível anulação da concessão, caso as investigações da Lava-Jato comprovem os crimes, irá beneficiá-la.

Gastos de R$ 100 milhões

As fragilidades jurídicas da venda da concessão foram alguns dos motivos que fizeram a GL Events desistir de continuar na disputa. Além disso, segundo a empresa, a negativa da Odebrecht em aceitar negociar o reequilíbrio financeiro do negócio antes da venda e com a aprovação dos órgãos de fiscalização como Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Ministério Público, foram fundamentais para a desistência:

“Queríamos negociar em duas etapas. Primeiro que se fizesse o reequilíbrio financeiro e o submetesse aos órgãos de controle. Resolveríamos o primeiro problema. Se aprovado, teríamos segurança para continuar (no processo de compra da concessão”, disse o presidente da GL Events, Arthur Repsold.

Segundo o executivo, de acordo com estudos técnicos feitos pela empresa, o gasto com o estádio, entre investimentos e custos, nos dois primeiros anos seria entre R$ 80 e R$ 100 milhões. Parte deste montante seria usado na readequação da operação.

Repsold diz que não vê possibilidade de o Maracanã ser viável sem o Flamengo. Além do rubro-negro, a empresa estava em negociação com o Fluminense, único clube que tem contrato com o estádio.

“Não chegamos a avançar num acordo com o Fluminense, mas estávamos dispostos a encontrar um novo modelo com eles. Eles sabem que o atual (contrato) também é ruim para eles. Como está, eles ficam com o estádio vazio em todo o meio e somente com torcida atrás dos gols”, disse o executivo.

A empresa não pretende buscar outros estádios no Brasil e lamenta não ter podido continuar na disputa pelo Maracanã.

“Tivemos uma relação muito boa, clara, séria e transparente com o Flamengo. Lamentamos não dar continuidade”, afirmou, continuando, em outro momento da entrevista, sobre a possibilidade de continuar interessada em gerir estádios no Brasil:

“O Maracanã tem um diferencial muito grande. Se o Maracanã não for viável, não sei qual estádio seria. É muito complicado (gestão de estádio), pelo fator do valor do ticket, pelas gratuidades, pelo Estatuto do Torcedor que impõe uma série de medidas e custos. Acreditamos na viabilidade, mas com os clubes inseridos no processo”.

A Odebrecht disse que não vai comentar as afirmações da GL Events a respeito da negativa de negociar a venda em duas etapas, primeiro acertando o reequilíbrio financeiro e aprovando com TCE e MP, para depois acertar a venda.

A GL Events tinha como parceiras na disputa, além do Flamengo, a CSM e a Amsterdam Arenas.

Fonte: ESPN

Coluna do Flamengo

Ver comentários

  • PARTIU NITERÓI. Estádio Próprio e Início de uma Nova Era.
    O Flamengo é GIGANTE e aos poucos Grandes Empresas voltarão a investir, já que com toda transparência do Clube é oposta a postura até msm da CBF.
    Niterói tem fácil acesso pelas Barcas, é próximo a Ponte, e o local tem uma vista incrível.

    • Não conheço o Rio, mas vi outro rapaz dizer que a Barra da Tijuca também seria excelente, visto que perto de restaurantes e etc., bem como de outros bairros da cidade.

      • Cara. Aqui no rio o ideal eh barra da tijuca. Seguido por jacarepagua e recreio. Metro ate o jd oceanico. Brt seguindo a americas e a ayrton senna.

  • O Flamengo é Gigante! Vamos ver quem ganha essa "queda de braço" Largardere.

  • Monsieur Abajour, se o Flamengo realmente optar (e tudo indica que sim) por um estádio próprio, nem em gestões futuras de outros presidentes vc vai ver a cor do nosso dinheiro. Começa a tomar vinho desde agora para esquecer a idiotice que vcs estão fazendo

    • O problema é que a Lagardére vai pagar propina para o governo do estado e prefeitura não liberar a construção, daí o Flamengo não tem como construir estádio próprio, é nisso que eles se apoiam.

  • Esse e o detalhe...
    O bandeira pode não ser presidente pra sempre, mas ai cabe aos torcedores comprar a ideia dele e caso no futuro outro presidente negocie com essa largada, os torcedores não ir aos jogos...

    • Amigo, se brasileiro soubesse boicotar ou se mobilizar, não pagaríamos R$ 50 mil num carro popular com motor de 1000cc cheio de plástico...

  • Graças ao provisório estádio da ilha ficamos numa boa situação agora.

  • O mais me assusta e essa parte de que "o bandeira não será presidente pra sempre", não sei se virá a existir um presidente como ele...
    Bandeira dá logo um pontapé inicial pro nosso próprio estádio por favor...?

    • Nem vejo esse como o maior problema, o maior problema vai ser o Flamengo conseguir as autorizações necessárias para poder construir o estádio, com certeza a Lagardére vai pagar propina para que o estado e prefeitura não permitam a construção.

    • O careca eh bom. Mas que ele nao devolveu o anel do frodo quando tinha que devolver... ah nao devolveu nao. Haaauahau

  • tem que partir para o estádio próprio e calar a boca desse empresa safada

    • Isto é que é irônico neste país, um estádio público icônico, recém reformado por milhões e milhões, parado, enquanto times grandes com grandes contingentes de torcedores são obrigados a jogar fora de seus estados e, talvez, terem que construir estádios novos porque não podem usar o que existe, o qual será destinado a uma empresa estrangeira para ser usado sabe-se lá de que forma.

  • Acredito que um jogo de xadrez vem sendo disputado pelo nosso presidente desde 2013, que com perspicácia vem direcionando o Flamengo rumo à excelência no esporte mundial. Nunca podemos dizer nunca, porém, não compactuar com a corrupção deve ser motivo de orgulho pleno por parte da Nação. Ação esta que deveria ser comum em qualquer comunidade, mas no país do jeitinho, da corrupção e dos benefícios próprios, não costuma ser corriqueiro. Deixo meus mais sinceros parabéns ao Eduardo Bandeira de Mello, por esta decisão. Tenho certeza que se houver qualquer tipo de mudança em nossa estratégia sobre o Maracanã, esta será feita com idoneidade, favorecendo o Flamengo e o mais importante, sem favores ou jeitinhos e muito menos prejudicando outrem. SRN

  • Como pode, uma empresa atolada na corrupção, ainda dar as cartas neste processo. E quanto a tal empresa Francesa, vale lembrar que, sua cínica aposta que uma nova administração do clube, lhe seria favorável, já coloca bem mal, quem os tiver como "parceiros", em uma eventual proposta de governança do clube. Além do mais , esta "esperança" temos nós, pagadores de impostos no Estado do Rio de Janeiro; torcendo para que entre um governo que não seja omisso e corrupto, neste e em todos os assuntos que estejam envolvidos nossos recursos, rapinados por esta corja, onde boa parte se encontra até presa. Faltam alguns ainda, que ainda insistem na defesa de empresas que deram muito dinheiro, e agora mandam e desmandam, como no caso do Maracanã.
    SRN

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