GE: “Berrío atropela rivais argentinos e ameaça vaga de hermano no ataque”

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Um lance no segundo tempo da goleada de 4 a 0 do Flamengo sobre o San Lorenzo na noite desta quarta-feira no Maracanã explica bem a principal virtude de Berrío. Lançamento longo e o lateral Lautaro Montoya, a todo custo, tentava evitar que o colombiano o ultrapassasse. Foi em vão. O atual campeão da Libertadores – venceu o título pelo Nacional de Medellín ano passado – atropela e o árbitro, talvez por não entender a facilidade com que o argentino perdeu a frente para o colombiano, vê irregularidade no lance e erra ao marcar falta do rubro-negro.

O jogador entrou aos 30 minutos do primeiro tempo, quando Mancuello não aguentou continuar na partida – após levar pancada na cabeça. Em poucos minutos em campo fez três jogadas combinadas com Pará. Diferentemente do meia argentino, que está se adaptando à função de ponta direita, Berrío é um especialista da posição. Quando o Flamengo recuperava a bola, o colombiano já se virava de lado pronto para arrancar. Era espécie de bola de segurança.

– É fundamental ter variações, principalmente num campeonato como a Libertadores, com as equipes tão estudadas. Isso gera cada vez mais dificuldade ao adversário. O Mancuello acaba caindo mais para dentro. É um jogador de bom passe, tem bom chute, é inteligente. Berrío tem muita velocidade, faz com que a gente mude a maneira de jogar e explore a velocidade dele, com passe mais longo, mais profundo. O desafio é esse, explorar qualidade dos jogadores, Temos feito isso de forma natural – disse o camisa 10, Diego.

Orlando Berrío, de 1,84m e 83 kg, chega a atingir 36 km/h em disparadas durante a partida. Se não é primor de técnica – e mostra isso com finalizações e cruzamentos nem tão precisos -, o jogador que custou R$ 11 milhões aos cofres do Flamengo compensa as limitações como válvula de escape que deve ser ainda mais importante em jogos fora de casa na Libertadores da América.

Apesar de todo cuidado no discurso, Zé Ricardo dificilmente vai deixar o colombiano no banco de reservas. Contra a Universidad Católica, ele tem a opção de começar com o colombiano ou deixá-lo como arma para pegar um time mais cansado. Conta a favor de Berrío a força para disputar as jogadas. As pernas longas, o corpo esguio e a alta velocidade permitem que ele proteja ou escore a jogada no corpo ou aposte corrida com o marcador pela direita. Na noite de quarta-feira, ainda ajudou em dois lances específicos. Esticou a perna para consertar o passe errado de Diego, que terminou no gol de Trauco, e também desviou pelo alto o cruzamento para o gol de Romulo.

– Nosso elenco tem praticamente todos atletas com condição de vestir a camisa titular. Berrío é peça muito produtiva, muito valiosa para o clube. Tínhamos estratégia no decorrer do jogo de utilizá-lo para ir atrás do lateral-esquerdo. A estratégia foi antecipada e ele mostrou que pode ser útil na temporada. Se vai ser titular, vai ser de jogo para jogo. Importante que está se sentindo cada vez mais à vontade, com clube, com a língua, totalmente adaptado com o grupo já. Questão de tempo que melhore rendimento – afirmou Zé Ricardo.

Fonte: GE

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  • Mancuello: o Zé tem o direito de fazer testes e tentar arrumar um lugar para o cara jogar, mesmo que seja entrando no segundo tempo …

    Eu ainda acho mais fácil ensinar um meia a marcar, do que ensinar um volante a armar …

    Dependendo do jogo, é tirar um volante e jogar com mais um meia….deixa os dois pontas, ainda sobra espaço pro Diego jogar mais adiantado ou fazendo a saída de bola.

  • Tem noticia do estado do mancuello? O cara deve ter ido fazer radiografia no minimo.

    • Segundo o departamento médico do Flamengo, “Mancuello foi substituído por precaução por conta da pancada na cabeça, mas já passa bem”.

  • Muita disposição. Já ganhou a torcida. Porém, acho melhor ele entrar sempre no intervalo como válvula de escape. Se o guerreiro estiver em um dia ruim, pode até colocar ele no lugar pra receber lançamentos e ficar na cara do gol.

  • O Mancuello nesse esquema (4-2-3-1 variando para o 4-1-4-1( Arão sobe as vezes)) não tem vaga pela indisposiçao fisica e tática, ele sofre muito para avançar pelas pontas para recompor a marcaçao. O Mancuello tem suas qualidades ( passe e finalização) mas precisa ser mais disciplinado taticamente para jogar na ponta, as vezes ele parece meio perdido em campo. Ja o Berrio é um jogador disciplinado, rapido e veloz, ideal para a funçao.

    • Estao comparando um jogador que eh da posicao com outro que esta sendo adaptado. Nao tem como. Na ponta direita tem que ser o berrio e o mancuello tem que entrar povoando o meio. Ja que tanto o berrio e o ewerton tem muita disposicao, eles recompoem e o fla deceria jogar apenas com um volante fixo.

      • Mancuello tem que entrar como 2º volante, ocupar um espaço diferente do Diego, ou o Diego vira segundo volante e o Mancuello vira meia…o zé tem que treinar isto para um não atrapalhar o outro, caso contrário, vai acontecer a mesma coisa com o Conca….

        • Mas o conca quando entrar vai barrar o mancu. Não tem como manter ele. Tanto no 4:1:4:1 como no 4:3:3 ele não teria espaço. Meio pra frente no 4:1:4:1 seria Rómulo: berrio, Diego, conca e Ewerton/Ederson. Guerrero

      • Isso que disse. A comparaçao é natural pela disputa por posiçao mesmo achando um erro a escalação dele naquele local. Ele nao tem a disposição física para isso.

    • Douglas penso a msm sobre o Mancu

  • O cara é um trator,

  • Jogou com muita raça.

  • Não tem explicação pra colocar na reserva.

    Esta pedindo passagem.

    • usar ele como 12º jogador pra aproveitar o cansaço do time adversário, apenas.

      • ótima possibilidade, tipo o Peteleco rsrs

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