Maracanã social: Fla e Prefeitura negociam estreia e ação no Brasileiro

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A relação entre Flamengo e a Prefeitura do Rio não reacendeu “apenas” o sonho de o clube construir seu próprio estádio na Gávea. O próximo passo é realizar grande ação social em parceria entre governo municipal e a Nação rubro-negra. O prefeito Marcelo Crivella negociou com a Odebrecht isenção de aluguel para o Flamengo estrear no Maracanã contra o Atlético-MG, dia 13 de maio, às 18h30, pelo Campeonato Brasileiro. A renda seria revertida para a reabertura de um dos restaurantes populares na cidade do Rio de Janeiro.

Para o jogo com o Galo, a Prefeitura também entrará com serviços de limpeza, conservação, campo, evitando gastos operacionais por parte do Flamengo.

E como se deu a aproximação entre Flamengo e Prefeitura? Crivella tinha em mente que a estreia do time no Brasileirão tinha que ser no Maracanã para que pudesse colocar em prática uma de suas ideias: arrecadar alimentos para que a prefeitura reabra um dos restaurantes populares. Mas faltavam amarrar muitas pontas para que saísse do papel.

Aconteceu, então, uma primeira conversa entre o prefeito e três vice-presidentes do Rubro-Negro. Foi quando Crivella recorreu à Subsecretária de Esportes da prefeitura e ex-presidente do Flamengo, Patricia Amorim, que passou a ser responsável por tocar as reuniões e auxiliar o prefeito nas tratativas. A primeira aconteceu na segunda-feira, com a presença do presidente Eduardo Bandeira de Mello e do diretor-geral Fred Luz.

O que ficou acertado: a prefeitura fez um cálculo de quanto seria necessário em alimentos para reabrir um restaurante popular e mantê-lo por um ano. Num cálculo de público estimado em 20 mil pessoas, seria necessário que cada rubro-negro levasse 5 kg de alimento. A dificuldade de recolher e armazenar os alimentos numa circunstância dessa derrubou a ideia de alguns dirigentes que chegaram a sugerir que nem fossem cobrados ingressos.

As entradas serão vendidas normalmente, e R$ 2 milhões da renda seriam cedidos à prefeitura para a compra de alimentos. Esse valor pode subir mais caso o público – e consequentemente a renda – seja maior. O clube também tem a opção de repassar os R$ 2 milhões em alimentos mesmo.

Além de a Prefeitura ter agido para que o Flamengo não pague o aluguel do Maracanã (para o Flamengo x Vasco pelo Carioca, por exemplo, a concessionária cobrou R$ 500 mil) na estreia do Brasileirão, também entrou com a cartada de olhar com mais carinho e ajudar no sonho de construir um estádio na Gávea.

Próximo passo

As ideias e o planejamento da ação social estão agora com o marketing do Flamengo. Na próxima segunda-feira, um novo encontro contará com Crivella, com a subsecretária de esportes da prefeitura Patricia Amorim e dirigentes do Flamengo para colocar no papel e debater possíveis pendências e projetar ações de ambas as partes.

Ao mesmo tempo, três dirigentes do Flamengo têm rodado alguns países conhecendo projetos de estádio. O clube estuda outras soluções, como um estádio de médio porte em Niterói. Enquanto isso, seguem as obras no Estádio Luso-Brasileiro, onde o Flamengo planeja jogar a partir de maio.

Reprodução: Globo Esporte

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  • Caramba, até que enfim algum político agiu de maneira inteligente, ao invés de extorquir os clubes trabalhar com eles para que eles possam receber benefícios e em contra partida ajudar a sociedade. É algo tão simples que não dá para acreditar que seja apenas por falta de inteligência que os caras não fazem isso.

    SRN #MeAjudeateAjudar

  • Muito bacana! Acho que agora vai. Uma das poucas coisas boas da Patricia Amorim kkkkk

  • O ideal seria mesmo o Flamengo entregar os alimentos ele mesmo.
    Vai gerar um “custo operacional” para a gestão, controle e logística mas vai garantir que nada se desvie ao longo do caminho. Além disso esse “custo” poderá ser coberto por um marketing e publicidade do evento reforçando sempre o lema do Flamengo Clube Instituição e Clube Cidadão.

    O Clube ainda poderia reforçar ainda mais esse perfil através do uso de alguns de seus atletas quando da entrega dos alimentos. Poderia também chamar seus patrocinadores para participarem do ato. Mais legal ainda se os jogadores fizessem também uma “vaquinha” entre eles e adicionassem alimentos ao total arrecadado.

    SRN

    • Boa ideia André, poderíamos inclusive negociar com empresas de alimentos o fornecimento dos mesmos em troca de patrocínio pontual, nas publicações de marketing associadas ao evento.

      • Esse patrocínio pontual poderia ser nas placas de publicidade, é uma boa visualização. SRN ST

  • HÁ…. Agora vai!

    • Da última vez o projeto ficou parado por falta de autorização do governo do estado que queria privatizar o Maracanã e não ia permitir que o maior cliente do estádio tivesse um estádio próprio.
      Só vai rolar quando o grupo do Cabral/ Pezao sair do governo.

      • Sim so funciinam na base da propina

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