Na hora da foto, um certo receio. Sensação que fica em segundo plano quando membros das novas torcidas de Flamengo e Fluminense esquecem por um segundo a camisa que vestem, e se unem pela paz no futebol. Assim que a Bravo 52, do Tricolor, e a Nação 12, do Rubro-Negro, vêm crescendo nos últimos oito anos: só torcendo.
O Movimento Nação 12 foi fundado em 2009, por jovens que queriam apoiar o Flamengo incondicionalmente, com inspiração na forma de torcer das torcidas “Barras” da América do Sul. Também em 2009, o Bravo Ano de 1952, conhecido como Bravo 52, foi criado por ex membros do antigo Movimento Popular Legião Tricolor, com a mesma ideia.
— O apoio se dá com músicas que exaltem o clube, melodias que contam detalhes de nossas conquistas. Além disso nosso uniforme é a camisa oficial, promovendo nosso pavilhão e incentivando o torcedor a se associar — conta o tricolor Igor Matos.
A principal diferença está na importação de artigos estéticos para festas, como tirantes verticais e guarda-chuvas, utilizados por torcidas como a Charanga nos anos 70. Além de resgatar a cultura das bandeirolas, bumbos de murga na percussão e músicas em ritmo cadenciado.
— Mas não deixamos de cantar e tocar os sambas, e usar bandeiras de mastro e adereços corriqueiros em nossas arquibancadas. Afinal, somos cariocas e brasileiros com nossas peculiaridades regionais — explica o rubro-negro Diego Lima.
O comportamento fora dos jogos também é diferente se comparadas às outras torcidas. Nada de cobranças em desembarque ou invasão de centros de treinamento. Mesmo assim há boa relação com organizadas mais antigas dos dois lados.
— No inicio passamos por dificuldades, visto que, é uma nova ideologia imposta que se contradiz a das organizadas, principalmente nas derrotas, quando permanecemos cantando por exaltação ao clube, mas com o tempo através do diálogo há compreensão de nosso ideal — explicou Igor.
Para aproximar as torcidas e evitar confrontos, uma Associação das Barras do Rio está saindo do papel.
— A criminalização da cultura torcedora e as punições aos CNPJs e não ao CPF não resolvem o problema da violência nos estádios e atingem todas as torcidas. Tentamos estabelecer trabalho de base e busca de diálogo até mesmo com nossos rivais e da Associação das Barras do Rio de Janeiro, que estamos criando com a presença das Barras de outros times — detalha o rubro-negro Diego.
Todos são, por definição, contra torcida única. As recentes punições judiciais, segundo eles, penalizam todos os torcedores.
— Nos preocupa em médio e longo prazo que se tome uma decisão judicial que impuna todos em uma mesma situação e que afaste os torcedores que estão indo a arquibancada com o unico intuito de torcer e exaltar seu clube, seja nas boas e nas más. Em questão de atingir este é nosso principal receio, mas a gente acredita que estamos sendo vistos e seguiremos com nossa linha de respeito e fidalguia, seja com qualquer torcedor, independete da camisa que veste. Somos rivais, não inimigos — finaliza o tricolor.
Fonte: Extra
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E que haja paz. Inclusive no futebol.
Isso é um verdadeiro exemplo do que é futebol! É amizade, paz e lógico muita zoeira com torcedores adversários kkkk
A zueira saudável, as conversas táticas, falar quem está jogando bem e quem está acomodado, tudo isso é a parte gostosa do futebol antes e depois do jogo. NA segunda-feira, comentando com seus amigos.
Fora isso, muitos aqui namoram ou são casados com pessoas de outros times, e não podia ser diferente.
Na minha opinião, qualquer radicalismo fora disso é caso de psiquiatria. Ou de polícia dependendo do caso.
Quando há clássicos e o Flamengo perde meu cel fica entupido de msg dos amigos kkkkkbmas quando Mengao ganha eu me cobro kkkk isso que é legal