O terceiro encontro do ano entre Fluminense e Flamengo, neste domingo, começa a decidir o título de campeão carioca de 2017. O tradicional clássico, que não definia um estadual desde 1995, chega cercado de expectativa e, sobretudo, equilíbrio. Nas duas partidas disputadas na atual competição, empates por 3 a 3 – e posterior vitória nos pênaltis do Flu, na decisão da Taça Guanabara – e 1 a 1. As variáveis deste duelo de 180 minutos do Fla-Flu tornam qualquer prognóstico imprevisível: as lesões para os dois lados e o foco rubro-negro na fase de grupos da Libertadores abrem brecha para novos esquemas e novos jogadores entrarem em cena. Nesse contexto, a missão do Espião Estatístico, do GloboEsporte.com, é tentar esmiuçar, em números, os possíveis caminhos de cada time para furar a defesa adversária e erguer o caneco no dia 7 de maio. Confira!
Molecada voando, muita velocidade e trio matador: as armas do Flu
Mandante do primeiro jogo, o Flu conta com sua potência ofensiva para derrotar o rival. São 55 gols marcados em 2017, a segunda melhor marca entre os times da elite – o Vitória, com 56, o ultrapassou há poucos dias. A média de bolas na rede, esta sim, é a maior: 2,2 gols por jogo. A boa notícia para o torcedor é que o trio de ataque que mais sustenta esses números vai voltar a atuar junto no jogo de ida. Henrique Dourado (10 gols), Richarlison (9) e Wellington Silva (6) fizeram mais de 45% dos tentos da equipe até então. O primeiro já retornou no meio de semana, contra o Brasil de Pelotas, e está confirmado por Abel Braga, por ser mais experiente que Pedro para a ocasião.
A velocidade é marca registrada do Flu versão 2017. E não somente pelo pique dos atletas. Curiosamente, os jogadores perecem tentar matar a partida no início das etapas: 19 gols saíram nos 15 minutos iniciais do primeiro e do segundo tempo. Aparentemente, as já conhecidas broncas de Abel no intervalo surtem efeito, e marcar gols rapidamente quebra o esquema adversário. Falando propriamente em velocidade nos pés, são nove gols em puxadas de contra-ataque e roubadas de bola – dois exatamente contra o arquirrival.
Ainda sem Gustavo Scarpa, principal peça do time e que está recuperando a forma para voltar aos gramados, Abelão lançou mão de muitos jovens da base, que corresponderam, alguns imediatamente. Quando perdeu Douglas por lesão, usou Wendel, que será mais uma vez tiutlar na final. Pedro supriu a ausência de Dourado, e Calazans tem entrado bem. A fábrica de Xerém compõe boa parte do elenco atual do Flu, mas também decide jogos: 24 gols foram marcados por atletas formados no clube, como mostra o infográfico acima.
Os equatorianos também são pilares do Tricolor. Orejuela domina a cabeça de área e Sornoza distribui o jogo. Este último é o líder de assistências do Flu – com sete, sendo duas aéreas e cinco rasteiras – e figura no Top 3 de jogadores que mais participaram de gols na temporada. Só perde para Richarlison, com 13 participações, e Wellington Silva, com 12, conforme a arte abaixo. Este meio-campo mais técnico, com Orejuela, Sornoza e Wendel dita o ritmo e garante que mais de 65% dos gols do time sejam criados em jogadas rasteiras, demonstrando a preferência de Abel pelo toque de bola.
A defesa do Flu levou pouco mais de um gol por partida (26, em 25 jogos) e tem deficiências em jogadas aéreas adversárias – mais de 53% dos gols sofridos saíram desta forma. Ofensivamente, no entanto, o Rubro-Negro deve estar atento: Lucas, Renato Chaves, Henrique e Léo, titulares da zaga, já balançaram as redes este ano.
Dúvidas, foco dividido e Guerrero “on fire”: como vem o Fla
Falar do Flamengo é mais difícil neste domingo por um simples motivo: o jogo da próxima quarta-feira, contra o Universidad Católica, decisivo para as pretensões rubro-negras na Libertadores, competição mais valorizada do ano para o clube. Zé Ricardo terá de quebrar a cabeça para escolher os jogadores em melhores condições físicas de enfrentar as duas partidas. A tendência é que mantenha o esquema que vem utilizando desde que Diego se machucou, com três volantes e três atacantes.
Se olharmos para os números do Fla em 2017, fica escancarada a falta que Diego faz para a equipe. São 10 participações em gols (mais de 21%, considerando que ficou fora de dez dos 22 jogos até o momento) e atuações decisivas, sobretudo na própria Libertadores, contra San Lorenzo e Atlético-PR, ambas no Maracanã. Nesse contexto, a esperança rubro-negra atende pelo nome de Paolo Guerrero, que vive uma de suas melhores fases na carreira, física e tecnicamente.
O estilo de jogo de Guerrero, aparando e ajeitando bolas para os companheiros que chegam de trás, tem sido mais respeitado e entendido pelos torcedores. E essa maior paciência tem motivos bem claros: gols, muitos gols. O peruano faz bem o pivô e está concluindo a gol com mais precisão. E tem necessitado de poucos toques na bola para marcar (confira abaixo). A zaga do Fluminense, que não é das mais velozes na marcação, deve abrir os olhos para um atacante que finaliza, na maioria das vezes, de primeira.
Sem Diego e ainda aguardando a forma física ideal de Ederson, Zé Ricardo deve manter os três volantes na escalação, com Márcio Araújo dando proteção à defesa, e Romulo e Willian Arão com mais liberdade de saída para o jogo. Arão, autor do gol do Fla no último duelo contra o Furacão, é um dos goleadores do time, com 5 bolas na rede, e sobe de produção neste esquema.
Outro favorecido pela cobertura de três homens de mais marcação é Trauco, cujo potencial ofensivo aumenta como atacante pela esquerda. Mesmo com a possível volta de Everton, Zé ainda pode reeditar a dobradinha de laterais com Renê, estratégia que funcionou bem diante do Atlético-PR, na vitória por 2 a 1, no Rio. Trauco, aliás, está à frente até de Diego como “garçom” do Fla, com 5 passes para gols e aparece entre os jogadores mais decisivos nesta temporada, com 7 participações decisivas.
Na defesa, Donatti ainda não se recuperou totalmente de um desconforto muscular e deve continuar fora do time titular. O contestado Rafael Vaz, com isso, assume o posto ao lado de Réver. Mas o setor, em geral, tem bons números: são apenas 15 gols sofridos, uma média de 0,68/jogo. Os zagueiros, altos e bons cabeceadores, confirmam o ponto forte do time (foram 14 gols só de cabeça) em bolas levantadas na área adversária – o que casa com a deficiência tricolor. Já gols sofridos em contra-ataque são raridade no Fla, mas, ironicamente, foram apenas dois: ambos diante do Fluminense, na final da Taça Guanabara. E aí, quem prevalece?
* A equipe do Espião Estatístico é formada por: Eduardo Sousa, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, Leandro Silva, Paula Carvalho, Roberto Maleson, Valmir Storti e Wilson Hebert.
Fonte: Globo Esporte
É só ver os números de Wellington e Richarlison e ver os números dos nossos atacantes de lado(que perdem pro Arão em gols) pra ver porque o fluminense funciona melhor que o flamengo
Olá amigos , O flamengo chegou ao final classificado , por vários fatos
prós e contra ,definidos por cansaço dos adversários nas vitórias rubro
negras , e por desfalques importantes em um grupo disponível de um
elenco menos competitivo, exatamente por faltar atletas de alto padrão,
lembrando , despendi-o de recursos empregado em contratações caras
em atletas de poucos recursos impossibilitando o clube em recompor a
equipe com reservas à altura . E não foi falta de cobrança deste que
em vários comentários avisou o presidente da necessidade por melhor emprego dos recursos em contratações , e as que vieram caríssimas e
sem a contra partida necessária para compôr um elenco digno, que os
torcedores mereciam , agora presidente , com estes dois jogos contra
o melhor concorrente ao caneco do Carioca , vosmicê corre o risco de
terminar os seus mandatos sem ganhar nenhum título importante neste
ano de 2017 , valha-nos Deus .
Saudações Rubro Negras