Quem vai pintar o 7 no Carioca de 2017?

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Em todo começo de ano, magos e bruxos, astrólogos e advinhos se lançam à tarefa de tentar prever o futuro nos mais variados aspectos, como política, tragédias, a vida das celebridades e o esporte. Nesse item, tentam antecipar quem vai ser campeão brasileiro, estadual ou o que for. Para os supersticiosos, como o número 7 é considerado cabalístico, quais foram os times campeões em anos terminados em 7? Será que isso indica algum tipo de favoritismo para o Carioca deste ano?

Voltando na história do campeonato, cuja primeira edição foi jogada em 1906, o Carioca de 1907 foi o da primeira polêmica, tanto que o título está dividido até hoje, entre Fluminense e Botafogo. Como na época o desempate se dava pelo saldo de gols, o Fluminense já havia terminado sua participação na liderança. Entretanto, como a extinta Associação Athletica Internacional não compareceu ao jogo, o Botafogo obteve os pontos, mas não pôde fazer gols. Com isso, tricolores e alvinegros ficaram empatados em 10 pontos, mas o saldo de gols do Fluminense era superior ao do Alvigro: 10 a 5. Na época, o Tricolor foi declarado campeão, mas nos anos 90, a Federação do Rio dividiu o título.

Em 1917, o Flu foi campeão, antes de ser bi em 1918 e tri em 1919. E em 1937, o tricolor foi bi, antes de ser tri em 1938. Foi a última vez em que o Fluminense foi campeão num ano terminado em 7.

Já o Flamengo obteve dois títulos em anos 7: em 1927 (depois só tornaria a ganhar um campeonato em 1939) e em 2007, liderado por Léo Moura.

Se depender do número 7, porém os favoritos são Botafogo e Vasco. Além de ter dividido o titulo de 1907 com o Fluminense, o Alvinegro de General Severiano foi o vencedor nas temporadas de 1957, com o histórico 6 a 2 sobre o Flu na decisão; 1967, contra o Bangu; e 1997, com gol de Dimba no Vasco de Edmundo (assista no vídeo acima). O Botafogo tem, portanto, quatro titulos em anos de final 7.

Expresso da vitória Vasco da GamaJá o Vasco foi campeão invicto com o Expresso da Vitória em 1947 (foto); superou o Flamengo nos pênaltis em 1977, em gol de Roberto Dinamite; e bateu novamente o Flamengo em 1987, num golaço histórico do ex-rubro-negro Tita. São três taças erguidas em anos assim.

Os times-base dos times campeões do Rio nos anos 7:

Botafogo:

1907 (dividido com o Fluminense) –  Álvaro, Raul e Werneck; Viveiros, Norman Hime e Lulu; Ataliba Sampaio, Flávio Ramos, Canto, Gilbert Hime e Emmanuel Sodré.
1957 –  Adalberto, Thomé e Nílton Santos; Beto, Servílio e Pampolini; Garrincha, Didi, Paulinho Valentim, Édson e Quarentinha
1967 – Manga, Paulistinha, Zé Carlos, Sebastião Leônidas e Waltencir; Carlos Roberto e Gérson; Rogério, Roberto, Jairzinho e Paulo Cézar.
1997 –  Wágner, Wilson Goiano, Jorge Luiz, Gonçalves e Jefferson; Marcelinho Paulista, Pingo, Djair e Aílton (Marcelo Alves); Bentinho e Dimba (Róbson).

Flamengo:

1927 – Amado, Hermínio e Helcio; Benevenuto, Seabra e Rubens; Cristolino (Nilton), Vadinho, Fragoso, Nonô (Frederico) e Moderato
2007 – Bruno, Ronaldo Angelim, Jailton (Claiton) e Irineu; Léo Moura, Paulinho, Juan, Renato e Renato Augusto; Roni e Souza.

Fluminense:

1907 (dividido com o Botafogo) –  Waterman, Victor Etchegaray e Salmond; J. Leal, Buchan e Gulden; Oswaldo Gomes, Edwin Cox, E. Reidy, Emilio Etchegaray e Félix Frias.
1917 – Marcos Carneiro, Vidal e Chico Netto; Laís, Oswaldo e Fortes; Celso, Zezé, Harry Welfare, Machado e Moraes
1937 – Batatais, Moysés e Machado; Santamaria, Brant e Orozimbo; Sobral, Sandro, Romeu, Tim e Hércules

Vasco:

1947 – Barbosa (Barcheta), Augusto e Rafanelli (Wilson);Eli, Danilo e Jorge; Djalma (Nestor), Maneca, Dimas (Friaça), Lelé (Ismael) e Chico.
1977 – Mazzaropi, Orlando (Fernando), Abel, Geraldo e Marco Antônio; Zé Mário, Zanata (Paulo Roberto ou Helinho) e Dirceu (Guina ou Zandonaide); Wilsinho (Fumanchu), Roberto Dinamite e Ramón (Paulinho).
1987 – Acácio, Paulo Roberto, Donato, Fernando (Moroni) e Mazinho (Lira ou Pedrinho); Dunga (Henrique), Geovani (Luís Carlos) e Tita (Humberto); Mauricinho (Vivinho),Roberto Dinamite e Romário.

* Cláudio Nogueira é jornalista do SporTV e autor dos livros “Futebol Brasil Memória – De Oscar Cox a Leônidas da Silva”, “Os dez mais do Vasco da Gama” e “Vamos todos cantar de coração: os 100 anos do futebol no Vasco da Gama” (e-book)

Claudio Nogueira

Fonte: Memória FC

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  • A FERJ é a única que pinta o 7 e lambe os beiços em todos os Cariocas com sua taxa de 10% e de reter dinheiro da TV dos médios e pequenos do Rio.
    SRN

  • que medo, Claiton! Passava o jogo todo batendo palmas, Roni, Irineu, Paulinho… pqp! Ainda bem que sobrevivemos a essa fase.

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