A Globo já enviou à CBF propostas sobre árbitro de vídeo para atender a demanda e produzir os 380 jogos da Série A, a partir de 2018, informou a emissora ao blog.
A Confederação Brasileira de Futebol entende como fundamental o uso das imagens da retransmissora oficial das partidas, no caso as fornecidas pelo Grupo Globo, para evitar contradição quando o árbitro de vídeo analisar as cenas que necessitarem de revisão.
“Imagine se temos câmeras nossas, com imagens só nossas, e há as câmeras da transmissão oficial, com as imagens que vão para o mundo todo. Num lance polêmico, as nossas câmeras não conseguem dar uma conclusão, mas as das TV, sim. O erro poderia não ser corrigido, mas o mundo todo saberia da falha pelas imagens da TV”, explicou Sérgio Correa, responsável na CBF por implementar o árbitro de vídeo no Brasil.
A Globo, num primeiro momento, informou à CBF que não gostaria de participar da parte operacional do processo, ou seja, trabalhar diretamente na edição das imagens que serão analisadas para que se chegue a uma conclusão em jogadas polêmicas. Isso para não misturar as transmissões com qualquer decisão que seja tomada pelos árbitros, estes de responsabilidade da CBF.
A CBF trabalha com um mínimo de sete câmeras, e máximo de 16, para se consiga ter funcionalidade na análise de imagens. Testes estão sendo realizados, inicialmente em jogos amistosos de seleções de base na Granja Comary, o centro de treinamento da CBF em Teresópolis (RJ). Haverá, ainda no primeiro semestre de 2017, mais testes em partidas oficiais sub-20 e femininas organizadas pela entidade.
Duas empresas já foram testadas – uma delas indicada pela Globo. Uma terceira deve participar dos próximos testes e outras duas manifestaram interesse no processo de escolha, que envolverá capacidade técnica e, claro, preço.
Se a imagem a ser usada for a oficial da TV, essas empresas cuidarão da parte operacional do processo de edição para os árbitros de vídeo trabalharem. Caso não seja usada a imagem oficial, as contratadas teriam que instalar suas câmeras, o que aumentaria o custo.
Polêmicas
O árbitro de vídeo vai aparecer na Série A do Brasileiro somente em 2018, apesar de constar no regulamento de 2017, porque a CBF só poderia começar oficialmente a utilizá-lo no segundo semestre, o que faria parte do campeonato não ter o recurso. Isso, provavelmente, geraria reclamação daqueles clubes prejudicados em partidas nas rodadas iniciais.
O uso das imagens para tirar dúvida de lances polêmicos foi aprovado em março de 2016 pela International Board (Ifab), órgão que define as regras do futebol. A CBF foi uma das confederações, como a Holanda, que apresentou projeto e que teve autorização da Fifa para realizar testes.
A Fifa já usou o recurso das imagens no Mundial de Clubes, em dezembro de 2016, mas houve problemas – como o árbitro de vídeo comunicando ao árbitro principal um lance de pênalti não notado incialmente, mas ignorando que o jogador estava em posição de impedimento – na vitória do Kashima Antlers-JAP sobre o Atlético Nacional-COL, 3 a 0, na semifinal.
Também houve confusão porque o lance seguiu por alguns minutos até a arbitragem parar para conferir em vídeo, e depois levar a bola até a marca do pênalti. Esta é uma das preocupações da CBF, que avalia que, para agilizar o processo, o árbitro de campo não deveria ter acesso às câmeras, apenas o do vídeo, em uma sala isolada do estádio.
Veja a nota que o Grupo Globo enviou ao blog sobre o assunto:
Estamos conversando com a CBF desde o início de 2016 sobre de que maneiras o Esporte do Grupo Globo pode cooperar com a confederação para a implementação do Árbitro de Vídeo (AV) no Campeonato Brasileiro. Avaliamos alternativas e soluções e fizemos testes na prática. A partir destes resultados, apresentamos propostas para atender a demanda de produzir todos os 380 jogos do Brasileirão, que levam em conta as regras da FIFA e a IFAB e as premissas da CBF. Estas propostas estão sendo avaliadas para uma possível implementação em 2018
Fonte: Marcel Rizzo | Uol
Deveriam usar as imagens em lances duvidosos como: Bola cruzar a linha do gol ou em que a sequência da jogada termina em bola saindo de campo (lateral ou linha de fundo). Exemplo: Jogada de ataque na linha de fundo, “X” tenta cruzar e recebe um carrinho possivelmente faltoso de “W” e a bola sai pela linha de fundo.
Como a jogada já estaria parada pela saída da bola, haveria tempo pra consultar o vídeo sobre o possível pênalti.
Sério que vão confiar a uma emissora como a Globo essa responsabilidade!
“Duas empresas já foram testadas – uma delas indicada pela Globo.”
A CBF é muito FDP, ao invés dela assumir a responsabilidade ela prefere colocar uma empresa nada imparcial para fornecer o material da análise. Por que não estipular a emissora o que deve ser passado para os torcedores? Por que colocar a credibilidade da análise em risco inserindo um terceiro para fornecer as imagens?
Hummmmmmm não sei não hein, isso está me parecendo imposição da globo. Só espero que durante as transmissões o posicionamento das câmeras não mudem, tem que ter um padrão para todos os jogos, pois dependendo do ângulo, um jogador pode parecer ou não estar impedido. Os caras nunca pensam na lisura do esporte.
Vamos aguardar.
SRN #CuidadoComAPlimPlim
Os paulistas serão contra.
A médio prazo o trio de arbitragem será encontrado somente em museus.