Um grupo de rubro-negros representado pelos advogados Paulo Bessa e Vilmar Gonçalves entrou com ação popular nesta sexta-feira a fim de obter a anulação da licitação que permitiu à Odebrecht tornar-se concessionária do Maracanã a partir de 2013 e, consequentemente, impedir a venda da concessão à Lagardère, que chegou a ser acordada, ou para qualquer empresa interessada na aquisição.
O pedido tem como base ações do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), que determinou, em 7 de março, o arresto (bloqueio) dos recursos obtidos com a venda da concessão do Maracanã pela atual concessionária do estádio, Complexo Maracanã Entretenimento S/A, formada pela Odebrecht e pela AEG. Delações premiadas feitas na Operação Lava-Jato também compõem a argumentação jurídica da ação popular.
Recentemente, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, chefe do departamento de propina da Odebrecht, afirmou que houve fraude no processo de licitação com pagamento de R$ 6,3 milhões a Sérgio Cabral, ex-governador do Rio. Outros diretores da empresa disseram que em março de 2014 R$ 1 milhão foi pago a Jonas Lopes, então presidente do TCE-RJ.
Os rubro-negros Benedito Adeodato, Bronson Junger, Thiago Lima, Daniel Souza e Rafael Marques Rocha, autores da ação popular, têm o mesmo objetivo do Flamengo e do TCE-RJ: a abertura de um novo processo de licitação.
– Estamos acompanhando o noticiário e vendo a destruição do patrimônio publico. Há uma tentativa do Governo do Estado de repassar aquela concessão que foi feita de forma fraudulenta, pelo menos é o noticiário que vem do TCE e das delações premiadas da Lava-Jato. Se o patrimônio já não foi bem protegido pela instituição que não cuidou de forma correta e ganhou a concessão de forma fraudulenta, não teria sentido passar para outra empresa – afirmou Benedito Adeodato.
Adeodato defende que, pela transparência do processo, é necessário que se revele um estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas cujo conteúdo dá conta de que o Maracanã é viável.
– Desde que o Maracanã foi colocado para a Olimpíada, sabe-se que a Odebrecht não queria mais o Maracanã. Precisamos que o Maracanã fique com a atual concessionária até que se resolva, mas é preciso que se faça uma licitação onde todos possam se posicionar, não nos importa o vencedor. Queremos que se mostre o projeto que a Fundação Getúlio Vargas tem para o Maracanã. Dizem que está feito, mas o governador diz que é confidencial. Tem que ficar às vistas de todo mundo.
Fonte: Globo Esporte
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Uma salva de palmas para eles!
Boa...
Parabéns.
Mengão sempre !!!
Certíssimo! Independente de quem irá administrar o Maracanã, temos direito de exigir transparência e evitar que aproveitadores continuem à frente do estádio que é um bem público, erguido e reformado com dinheiro do contribuinte.
Excelente iniciativa!
parabéns
PVC falou na Fox que, em virtude das irregularidades do contrato anterior, a venda da concessão ficaria inviabilizada. Qualquer pessoa poderia ir no poder público e denunciar. E foram! Agora que aproveitaram a deixa, que a diretoria e os mais de 7 milhões de rubro-negros no estado do RJ apoiem-os com todas as forças.Eles merecem!
Primeiro queria parabenizar a atitude desse grupo que além de defender os interesses do seu clube do coração, ainda prezam a lisura e transparência do processo.
Isso daí serve de lição aos arco íris invejosos que acham que queremos um bem público para si.
Agora imaginem a ação vindo de torcedores do fluminense?