André Rocha: “No primeiro ato, vitória da concentração defensiva absoluta do Flamengo”

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Os 3 a 3 da final da Taça Guanabara, com derrota nos pênaltis, deixou claro para o Flamengo que enfrentar o jovem Fluminense de Abel Braga, time de intensidade, volume de jogo e ímpeto ofensivo, exigiria concentração absoluta no trabalho defensivo.

O resultado prático no Maracanã foi o Fla de Zé Ricardo novamente no 4-1-4-1, desta vez com Berrío pela direita na vaga de Gabriel. Depois Rômulo sairia com lesão no joelho para a entrada de Mancuello que, por características e limitações físicas, por vezes ficava mais adiantado, com a equipe voltando ao 4-2-3-1.

Primeiro tempo de controle da posse e postura ofensiva, com Willian Arão atento à saída de bola do jovem Wendel, bloqueando as descidas de Lucas, que se manda sem posição física e deixa o volante Orejuela guardando sua posição. Muita atenção no cerco aos pontas Richarlison e Wellington Silva e Márcio Araújo ágil no auxílio aos zagueiros e ligado nos movimentos de Sornoza.

Ofensivamente, jogo pelos flancos, com os pontas Berrío e Everton buscando as diagonais e Mancuello e Arão se aproximando de Guerrero. Passes simples, jogadores próximos e encontrando soluções diante da pressão dos adversários sobre o oponente com a bola. Aproveitando nos primeiros 45 minutos o nítido nervosismo dos garotos tricolores em uma final.

Nas jogadas aéreas, forte do Flu nos jogos mais duros, atuações esplêndidas de Réver, Rafael Vaz e Guerrero, o mais sacrificado na execução do modelo de jogo sem Diego. Precisando recuar para ser o armador, fazer o pivô, disputar com os zagueiros adversários nas ligações diretas e ainda acelerar os contragolpes, especialmente na segunda etapa.

Porque o Flamengo que sofre para ir às redes ganhou de presente no primeiro tempo a furada grotesca de Renato Chaves que Everton não desperdiçou. Gol único de uma vitória construída por um trabalho coletivo que é mérito do quase sempre contestado Zé Ricardo. Equipe que soube sofrer, mas criou alguns contragolpes que Leandro Damião e Matheus Sávio, substitutos de Guerrero e Berrío, não aproveitaram.

É evidente que a final está aberta, até pelo jogo decisivo do Flamengo na quarta-feira pela Libertadores contra a Universidad Católica. Porque a concentração defensiva terá peso ainda maior. No primeiro ato de noventa minutos da final carioca foi a diferença.

Fonte: André Rocha | Uol

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  • O Cara pode ater ser ruim mais pra atuar pelo fla tem que ter raça e disposição o que falta no gabriel, sempre critiquei Marcio Araujo e Vaz mais são jogadores que dão o melhor de si e ajudam como pode. Não tenho o que criticar nesses dois agora mais é inadmissível ter o gabriel no elenco! SRN

  • Tem gente que queima o Guerrero ainda. Só falta o Guerrero catar no gol agora.

    • Desde o fim do ano passado que ele mudou completamente. Entendeu o que é ser Flamengo!

  • Foi só eu que vi o Márcio Araújo desarmando no meio-campo armando vários contra-ataques a nosso favor? Que fase do massa, vamos ver se com Diego de volta ele continua titular ou não. O discurso pós-jogo de ontem também deixou a sensação que não vai ser fácil pro Vaz retornar ao banco.

    Esses dois nem me incomodam muito, o importante é o Gabriel ter menos espaço, vamos ver se o ZR acha uma solução sem ele quarta-feira, mas é difícil.

    • Eu espero mais de um primeiro volante do que o MA pode dar. Mas não sou louco de falar que ele está mal.

      Vaz sem inventar e Donatti são mesmo nível.

      Gabriel que realmente não tem nível pra jogar no Flamengo.

      • Vaz do mesmo nível do lento e velho Donati? Não mesmo, mto mais jogador que Donati! Ele foi perseguido por um lance contra a Lau q a bola sequer entrou, esse ano rever já errou bem mais em lances capitais q Vaz e ng contesta ele… Perseguição injusta assim como a do Márcio Araújo!

        • Eu gosto do Vaz e acho o Donatti um bom zagueiro, considero os dois do mesmo nível.

          Acho que o que a galera mais critica no Vaz é a saída de bola, muitos lancamentos e alguns passes arriscados. Ele corrigindo isso pode ser o titular, até porque é o único que joga pelo lado esquerdo (Juan não conta).

          Donatti é melhor que o Vaz na bola aérea e o Vaz é um pouco mais rápido. Mas no geral são do mesmo nível.

    • “Foi só eu que vi o Márcio Araújo desarmando no meio-campo armando vários contra-ataques a nosso favor?” — É nessas horas que pergunto: CADÊ OS TORCEDORES MODINHAS QUE ADORAVAM METER O MALHO NELE?

      Por outro lado, devemos reconhecer que as críticas direcionadas à ele no ano passado foram importantes, pois este ano ele teve uma nítida mudança de postura: passou a se apresentar mais para o jogo e jogar mais ofensivamente. Tenho-o visto carregando mais a bola para cima e chegou a até fazer algumas ultrapassagens. Ainda assim, foi um pouco irresponsável, pois se jogamos no esquema 4-1-4-1 com três volantes, ele deveria fica ao menos mais centralizado. No geral, acredito que ele ainda continua no time… &;-D

    • Pois é, teve um contra ataque do Fluminense no segundo tempo onde estavam 3 contra 3 e o M. Araújo fez a leitura correta, saiu do meio e acompanhou o ponta esquerda enquanto a boa estava na direita, quando a bola chegou na esquerda ele já estava marcado e teve que recuar dando tempo para a defesa se recompor. Eu observei e elogiei na hora. Ele não é um primor de jogador mas tem atuado muito bem tanto na defesa como ajudando mais no ataque.
      SRN

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