Acostumado com o assédio e a pressão dos torcedores quando jogou em grandes clubes do futebol como Flamengo, Corinthians, Santos e Porto, o volante Ibson curte uma vida praticamente anônima nos Estados Unidos. Há três anos, ele resolveu morar em Minneapolis, cidade de aproximadamente 400 mil habitantes, e defender o Minnesota United da Major League Soccer (MLS).
“Eu estava com 31 anos jogando pelo Sport quando um amigo que estava aqui chamado Thiago me falou sobre a proposta. Você chega a um momento que precisa pensar na sua família, não somente na carreira. A minha vida toda tinha me dedicado ao futebol e não tive tempo de curtir meus filhos. Falei com a minha esposa e ela topou mais essa aventura”, disse o atleta, ao ESPN.com.br.
O fato do soccer(como o futebol é chamado por lá) não ser o esporte mais popular nos EUA traz algumas vantagens ao brasileiro.
“Aqui não é como no Brasil, o assédio é muito menor. Dá para ir ao shopping e levar uma vida bem normal. Tem jogo só uma vez por semana e quando a partida é em casa não tem concentração. Eu preciso me apresentar uma hora e meia antes no dia. Tenho mais tempo para curtir a família. Está sendo maravilhoso”, comemorou.
Por conta disso, ele valoriza cada programa que consegue fazer junto com sua família.
“Estou agora neste momento sentado na minha cadeirinha na beira do campo e vendo meu filho treinar futebol. Virei até americano (risos). Ele tem 9 anos, mas é bem grande e joga com os meninos de 11 e 12 anos. Outro dia fui ver minha filha praticar ginástica. Sou um pai mais presente agora”, confessou o campeão da Recopa Sul-Americana de 2013 pelo Corinthians.
Acostumado com a vida frenética em grandes metrópoles do Brasil, o volante se surpreendeu com calmaria de uma típica cidade dos Estados Unidos.
“Nas ruas não têm nem câmera de radar (risos). A polícia só te para se você estiver acima do limite de velocidade ou farol queimado. Eu uma vez fui parado por estar uma milha acima do permitido. O guarda conversou comigo e não deu nada”, relatou.
Quando tem um tempo livre, Ibson leva a família para jantar fora. Nas folgas, ele costumar ir à Disney ou visitar Las Vegas, cidade famosa pelos cassinos.
“Eu joguei blackjack para brincar um pouco e conhecer. Levei pouco dinheiro porque sou muito controlado (risos). Na primeira noite eu perdi 150 dólares porque não sabia jogar, mas na segunda eu ganhei 200. Saí no lucro de 50 (risos). É bem interessante, você troca de mesa e o tempo passa sem perceber. Os cassinos funcionam 24 horas por dia. É muito bacana”, garantiu.
O idioma ainda é uma barreira, mas que aos poucos, o jogador está superando.
“Eu estou aprendendo inglês. Quando cheguei ao time tinham oito brasileiros, depois ficaram cinco e hoje sou o único. Só que tem muitos latinos. Eu já entendo muito bem o inglês, mas ainda sou um pouco acanhado para falar (risos). Mas meus filhos falam fluentemente. Daqui cinco anos posso tentar tirar o passaporte americano”, disse.
Empolgado com a MLS
Quando Ibson chegou aos Estados Unidos, o Minnesota United disputava a NASL (The North American Soccer League), a segunda liga de futebol mais importante do país. Neste ano, porém, o clube conseguiu ingressar na Major League Soccer.
“A Liga está muito boa e forte, mas ainda não tem a mesma competitividade que no Brasil porque não tem rebaixamento. As ligas são independentes. Só tem briga para ser campeão, isso muda o campeonato”, analisou.
“Nesta temporada vamos enfrentar craques como Giovinco, Schweinsteiger, Kaká, Pirlo, David Villa e o técnico Tata Martino. Isso motiva também”, prosseguiu.
A forma como os norte-americanos tratam os esportes causou admiração do brasileiro.
“Pessoal adora fazer eventos e tudo vira um espetáculo. já fu ver jogos de basquete e hóquei no gelo. Fui um dos primeiros brasileiros na história do time a dar tacada inicial numa partida”, recordou.
Mesmo morando longe, Ibson não esquece suas origens. Ele assiste principalmente o Flamengo, clube no qual foi revelado e faturou três vezes o Campeonato Carioca e o Brasileiro de 2009.
“Eu ainda tenho uma ótima relação com o Flamengo. Quando me contundi no joelho ano passado eu fui fazer tratamento por lá. Tenho um carinho muito grande por eles. Ainda acompanho muito o time”, garantiu.
“O time está numa crescente boa. Conseguiu uma estrutura boa para os jogadores trabalharem. Foi montado um elenco muito experiente mesclado com garotos. Como mantiveram a base, esse ano vai dar bons frutos”, decretou.
Aos 33 anos, o volante ainda não tem planos definidos para o futuro. Ainda quer aproveitar a carreira para realizar alguns objetivos.
“Eu ainda não penso na aposentadoria. Quero ficar mais uns três anos aqui e ainda e jogar mais um ano no Brasil. Tenho vontade de jogar em um time da cidade do meu pai, que é Campos de Goytacazes-RJ ou em São Gonçalo-RJ, lugar onde nasci e fui criado”, finalizou.
Fonte: ESPN
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Ver comentários
Ibson que tá certo... Aproveite a família e dê uma boa oportunidade de futuro aos seus filhos...
Não volta não Ibson. SG está abandonado a propria sorte, a criminalidade está tão intensa nas ruas de SG e Niteroi que em alguns lugares as 22:00 não tem ninguém na rua e nada aberto. Guerra de Faccções, Trafico de drogas, violência, o escambau....venha viistar e touristar, mas não volte enquanto o pais não melhorar pelo menos no quesito criminalidade....muito preocupante criar os filhos por aqui....eu moro em Niteroi...
Ele sabe disso. O pai e os parentes dele continuam morando em São Gonçalo. Só não sei a frequência que ele visita.
Os outros parentes moram em SG (primos e etc), mas os pais moram na Praia de Icarai...mas ouvi dizer não é saber de verdade....SG está abandonado, alguns lugares estão piores que Costa Barros no Rio...
niterói ta a mesma coisa!
dificil é saber que lugar do RJ que não esta!
Hum... bacana. Boa sorte Ibson mas...que estranho!
Deve ser a 3° matéria em 02 meses sobre o cara aqui no "Coluna.. ".
Lobby?! Não acho...
Ou algum administrador é parente do cara?
O cara está nos EUA e pensando em voltar... meu amigo, joga mais uns 4 anos por aí se aposenta e vai viver por aí mesmo, aproveita que aqui estamos largados aos bichos.
Graças a Deus que não tem a neura de encerrar a carreira no Flamengo. Seja feliz nos USA.
Ibson até 2009 eu era fã. Na segunda passagem, acho que a torcida pegava muito no seu pé por ser o principal jogador de um elenco ruim e ele nao rendeu o mesmo de sempre. Queria eu que o Arão jogasse 50% do Ibson 2008/2009.
ibson meio mao de vaca ne kkkk coloca filhos dele ne escola publica kkkk
EUA, lá a pública e melhor que a nossa paga.
sim mais ele tem dinheiro podia coloca ne
Não e pior que Gabriel e Mancuello . Foi mal em um time péssimo , já Gabriel e Mancuello conseguem ir mal em um time bom .
Parabéns. Sábia decisão.