Acabo de finalizar meu estudo anual sobre as finanças dos clubes brasileiros em 2016. Os números apresentaram profunda evolução em relação a 2015, em termos absolutos.
Segundo o balanço dos 20 times com maiores receitas do Brasil o seu faturamento conjunto passou de R$ 3,7 bilhões em 2015 para quase R$ 4,9 bilhões em 2016, um aumento de 30,2%.
O mercado brasileiro de clubes de futebol, que engloba todos os clubes do país, atingiu o valor de R$ 5,4 bilhões contra R$ 4,2 bilhões em 2015.
O que deveria ser motivo de comemoração, na prática é motivo de extrema preocupação.
Todo esse crescimento do ano passado somente foi possível pelo aumento dos recursos oriundos dos direitos de TV, especialmente pelas luvas recebidas pelos contratos de 2019-2024.
Os clubes registraram em 2016 luvas de contratos futuros, o que inflou absurdamente os dados. Os valores da TV que movimentaram cerca de R$ 1,4 bilhão em 2015 saltaram 76% e atingiram quase R$ 2,5 bilhões.
Nada menos que 51% das receitas dos clubes foram provenientes dos diretos de transmissão. Nunca na história do futebol brasileiro uma fonte de receita foi tão representativa para os clubes.
É possível afirmar que os clubes brasileiros têm atualmente uma hiperdependência das receitas da TV como nunca tiveram.
Em 2015 os recursos da TV representavam 38% das receitas e em 2013 chegaram a 31% do total.
Em 2012 quando os clubes registraram também luvas da TV a participação sobre o total foi de 40%, o maior valor até então.
Esse registro contábil de forma integral das luvas de forma antecipada inflou os números de tal forma que os clubes apresentaram o maior superávit da história.
Esses 20 times somados fecharam o ano passado com superávits de R$ 435 milhões. Um número fictício, já que esse montante de luvas não corresponde à realidade do mercado.
Pelas minhas contas sem as luvas os déficits dos clubes teriam chegado a R$ -365 milhões em 2016. Isso significa que sem esse valor extraordinário, as finanças dos clubes permanecem desequilibradas.
Se em 2015 as receitas financeiras provenientes do PROFUT mostraram números fictícios, em 2016 essas luvas foram as causadoras dessa distorção da realidade.
Estamos há dois anos sem conhecer a fundo os números reais das finanças dos clubes brasileiros.
Sem dúvida em 2017 será um ano de ajustes, já que sem luvas os déficits devem voltar a aparecer.
Em 2014 por exemplo, sem efeito de nenhuma ajuda, os clubes fecharam com perdas gigantescas de R$ +612 milhões.
O mesmo deve ocorrer em 2017.
Pelo menos as dívidas caíram
Se por um lado as luvas da TV alteraram a realidade dos números, pelo menos essa abundância de receitas extraordinárias ajudou aos clubes a reduzirem suas dívidas.
Segundo minha análise os 20 times viram seu endividamento cair 2% em um ano e 3% em dois anos. As dívidas que atingiram o pior momento em 2014 quando estavam em R$ 6,4 bilhões caíram para R$ 6,2 bilhões em 2016.
Os grandes destaques na redução das dívidas em valores absolutos no ano passado foram o Flamengo com queda de R$ 119 milhões no endividamento, Santos com queda de R$ 53 milhões, Corinthians R$ 27 milhões e Grêmio R$ 26 milhões.
Reprodução: Amir Somoggi/Lance!
Fala tanto nessas dependências da TV, mas se reparar a TV consegue pagar isso graças ao futebol que movimento muito mais.
Vamos lá por que os times ingleses são os que mais arrecadam com a TV? pelo simples fato de o campeonato deles terem “maior quantidade” de times que podem ganhar e ter uma estrutura solida e rígida comando o futebol.
Se os times do Brasil tivesse coragem de retirar essas federações ( ganham cotas nos campeonatos nacionais sem fazerem nada).
Outro ponto é que o futebol do brasil a CBF lucra mais que todos os times do BRASIL ( SOMADOS).
O que deveria fazer é pegar os 600 milhões de lucro da CBF.
Criar a divisão 5° a 8°divisão, ( Gerando empregos, diretos e indiretos).
Gastaria não menos que 200 milhões por ano para manter + 4 divisões ( bem inferiores).
Acabaria com os estaduais, os outros 400 milhões dividiria.
220 milhões em premiação a mais para serie A
100 Milhões em premiação a mais para serie B
50 Milhões em premiação a mais para serie C
30 Milhões em premiação a mais para serie D.
e o lucro foi maior que os os 600 milhões que usei como exemplo, o restante eles que façam uma padronização de arbitragem, de campos, investimentos futuros tudo em árbitros e geração de empregos diretos e indiretos.
Man, vc tá falando bosta. O lucro da CBF foi de 44 milhões. 600 milhões foi o faturamento.
Quer dizer que os 3 patetas do Rio estão mais dependentes da grana da globo do que o Flamengo? kkkk E depois falam que a globo é a mamãe que sustenta o Mengão; Patéticos como sempre.
SRN #IssoAquiÉFlamengo