Estaduais consagram técnicos novatos e derrotam veteranos

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Vários times campeões estaduais nesta temporada possuem um fator em comum: técnicos novatos conduziram as equipes às conquistas. São os casos de Coritiba, Vitória, Novo Hamburgo, Flamengo, Corinthians e Atlético-MG. Os treinadores dessas equipes deixaram técnicos com nomes consagrados para trás, e puderam comemorar títulos estaduais. Conseguirão os ‘novatos’ dar sequência ao bom trabalho no restante da temporada?

Pachequinho
Depois da demissão de Gilson Kleina após derrota para a Chapecoense por 4 a 3, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro, Pachequinho assumiu o comando do Coritiba interinamente em junho de 2016 – posto que já havia ocupado anteriormente. Mas com a contratação de Paulo César Carpegiani, Pachequinho voltou a ser auxiliar técnico.

Com a eliminação na Copa do Brasil em fevereiro deste ano, Carpegiani não conseguiu se manter no cargo. Assim, novamente Pachequinho ocupou o posto de interino.

A efetivação como treinador viria apenas no último domingo, depois do empate sem gols contra o Atlético-PR, que garantiu o título do Campeonato Paranaense, já que o time coxa-branca vencera na ida por 3 a 0, fora de casa.

“É uma conquista que tem uma história muito longa. Estou desde os 12 anos no Coritiba buscando espaço para ser jogador, e tive sucesso aqui, mas foi um período difícil. Depois voltei ao cube e essa conquista tem um significado muito grande para a minha vida”, afirmou.

Wesley Carvalho

Wesley Carvalho, de 42 anos, pegou a missão de comandar o Vitória na semana dos dois jogos da final do Baiano, depois de Argel Fucks ter sido demitido por conta da confusão ao final do mesmo clássico no final de semana passado, que foi válido pela semi da Copa do Nordeste. O auxiliar, que já ocupara a função de interino em 2015, fez sua parte ao ver seu time empatar os dois jogos, o que garantiu o título ao clube rubro-negro.

Beto Campos

Beto Campos, de 52 anos, é um conhecido do futebol sulista, tendo trabalhado em diversos times do Rio Grande do Sul e também no Juventus, de Santa Catarina. Em 2016, ele levou o Caxias de volta à elite estadual com o título da segunda divisão; no ano seguinte, voltaria a conquistar um troféu no estado, só que ainda mais memorável. Campos conseguiu a inédita conquista com o Novo Hamburgo no Gauchão.

O técnico, com passagens por clubes como Pelotas, Passo Fundo, São José-RS, entre outros, é agora cotado para assumir o Vitória, de acordo com o jornal Zero Hora

Zé Ricardo

Zé Ricardo, que se profissionalizou como atleta no futebol de salão e parou aos 25 anos, passou a trabalhar em sua formação como técnico. Na área, passaria pelas categorias de base do Flamengo – tendo sido campeão da Copa São Paulo em 2016 – até ter a chance de assumir interinamente o comando do time principal em maio, quando Muricy Ramalho precisou sair por motivos de saúde.

Desde então, ele fez um grande trabalho, foi efetivado em julho e viu o time brigar até o fim pelo título do Brasileirão. No domingo, conseguiu o seu primeiro título, após ter visto sua equipe bater o Fluminense nos dois jogos da final do Campeonato Carioca. Zé Ricardo venceu o embate contra Abel Braga.

“É a realização de um sonho iniciado quando comecei a carreira”, afirmou Zé Ricardo na entrevista coletiva depois do jogo no domingo.

Fábio Carille

Fábio Carille foi confirmado como treinador do Corinthians ainda em dezembro do ano passado. Iniciou o seu trabalho em 2017 cercado de desconfiança. O treinador e o elenco corintiano conviveram ao longo do Campeonato Paulista com o rótulo de ‘quarta força do Estado’. Mas eles foram superando as críticas feitas. Carille apostou desde o início da temporada em uma defesa forte. Mesmo com um sistema defensivo sólido, ouviu questionamentos sobre o rendimento do time, que tinha dificuldades para criar oportunidades de gol, e muitas vezes empatava e derrotava os adversários com ‘placares magros’. Mas Carille seguiu confiante em sua proposta. E o Corinthians passou a apresentar um futebol mais equilibrado, com melhor desempenho ofensivo. Tal equilíbrio rendeu o título do Paulista ao Corinthians. E, assim, Fábio Carille se firma no comando da equipe, já podendo pensar em outros objetivos na temporada.

“Sou abençoado. Chegar ao Corinthians como cheguei. O Mano saiu para a seleção brasileira, e eu não sabia se o Corinthians me mandaria embora. Depois, o Adilson Batista ficou por um curto espaço de tempo e o Tite veio com uma comissão técnica montada. Fui me firmando”, afirmou Fábio Carille, hoje mais firme do que nunca na equipe alvinegra.

Roger Machado

Roger Machado teve que conviver com várias críticas ao seu trabalho nestes primeiros meses da temporada. Talvez a crítica mais frequente era a de que ele não estava conseguindo fazer a equipe desempenhar um papel a altura do elenco que possui. Mesmo assim, o Atlético-MG teve a melhor campanha na fase de classificação do Campeonato Mineiro. E conseguiu coroar sua caminhada no estadual com o título diante do maior rival, o Cruzeiro. A primeira conquista no clube dará mais tranquilidade para Roger seguir o seu trabalho em 2017? O treinador diz que ‘sim’.

“Saio muito feliz e satisfeito. Dever cumprido, mas, acima de tudo, de todos os envolvidos no trabalho desde o começo do ano, com planejamento muito minucioso, de chegar à final com a maior parte dos nossos jogadores disponíveis e muito preparados. É importante carimbar este início de trabalho com a primeira decisão do ano e pela segurança pela continuidade, pela confiança”, disse Roger após o triunfo sobre o Cruzeiro.

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