Fla cai pela quinta vez na fase de grupos, recorde entre brasileiros. Relembre todas

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Com a virada sofrida no fim para o San Lorenzo (veja os gols no vídeo acima) e a grande vitória do Atlético-PR sobre a Universidad Católica fora de casa, o que era muito improvável no intervalo dos jogos da noite desta quarta-feira aconteceu: o Flamengo está fora da Libertadores 2017, mais uma vez eliminado na fase de grupos. Foi a quinta vez que o Rubro-Negro caiu nesta etapa, a terceira consecutiva, em 13 participações – 2012 e 2014 completam a recente e vexatória sequência. Número que é recorde entre equipes brasileiras na história do torneio.

Flamengo em Libertadores: 13 participações, um título (1981), duas eliminações no triangular semifinal (1982 e 1984), três nas quartas (1991, 1993 e 2010), duas nas oitavas (2007 e 2008) e cinco quedas na fase de grupos (1983, 2002, 2012, 2014 e 2017)

Com três vitórias em casa e três derrotas fora, o time de Zé Ricardo terminou na terceira colocação do grupo 4 com nove pontos e ficou com a vaga na Copa Sul-Americana como prêmio de consolação. Relembre abaixo as quedas rubro-negras na fase de grupos da principal competição continental:

1983
Apenas uma equipe avançava na chave composta por brasileiros – Grêmio era o outro – e bolivianos – Bolívar e Blooming. O tricolor gaúcho classificou-se com cinco vitórias e um empate, deixando os rubro-negros, com apenas duas vitórias em seis jogos, na vice-colocação no ano em que conquistou seu terceiro título brasileiro. Mesmo goleando o Blooming por 7 a 1 na 4ª rodada, o Flamengo não conseguiu se recuperar de início ruim na chave e acabou eliminado.

Time no jogo da eliminação: Raul; Cocada, Marinho, Mozer e Júnior; Vitor (Elder), Adílio (Gilmar), Zico e Robertinho; Baltazar e Edson. Técnico: Carlos Alberto Torres

Classificação do grupo 2:
1 – Grêmio – 11 pontos (classificado)
2 – Flamengo – 6 pontos
3 – Bolívar – 4 pontos
4 – Blooming – 3 pontos

2002
Em grupo com Olímpia, Universidad Católica e Once Caldas, o Flamengo conseguiu apenas quatro pontos dos 18 disputados e amargou a lanterna. A estreia foi com derrota por 3 a 1 para os chilenos em pleno Maracanã e o encerramento da campanha foi em revés por 2 a 0 contra os paraguaios. Mas o jogo da eliminação foi contra a Católica em Santiago – derrota por 2 a 1 na 5ª rodada.

Time no jogo da eliminação: Júlio César; Juan, Valnei e Fernando; Maurinho, Leandro Ávila (Rocha), Felipe Melo, Juninho Paulista e Athirson (Andrezinho); Petkovic (Roma) e Leandro Machado. Técnico: João Carlos

Classificação do grupo 8:
1 – Olímpia – 11 pontos (classificado)
2 – Universidad Católica – 10 pontos (classificado)
3 – Once Caldas – 9 pontos
4 – Flamengo – 4 pontos

2012

A fatídica eliminação do “gol do Emelec”. O Flamengo precisava vencer o Lanús e torcer por um empate dos equatorianos contra o Olímpia, na última rodada, no Paraguai. No Engenhão, o 3 a 0 sobre os argentinos estava construído. Em Assunção, o Olímpia havia arrancado o gol de empate nos acréscimos do segundo tempo. Mas aí apareceu Quiñonez para estragar a festa – lembra da entrevista do Léo Moura?

Time no jogo da eliminação: Felipe; Léo Moura, Welinton, Marcos González e Junior Cesar; Luiz Antonio, Willians (Muralha) e Bottinelli (Camacho); Ronaldinho Gaúcho, Vagner Love e Deivid (Thomás). Técnico: Joel Santana

Classificação do grupo 2:
1 – Lanús – 10 pontos (classificado)
2 – Emelec – 9 pontos (classificado)
3 – Flamengo – 8 pontos
4 – Olímpia – 7 pontos

2014

O Flamengo dependia apenas de suas forças para avançar na última rodada, contra o León, no Maracanã. Mas, após sair atrás, buscou o empate duas vezes mas acabou derrotado por 3 a 2 pelos mexicanos, que avançaram ao lado do Bolívar na chave.
Time no jogo da eliminação: Felipe; Léo Moura, Wallace, Samir e André Santos (Negueba); Amaral, Muralha e Elano (Gabriel); Everton, Paulinho (Nixon) e Alecsandro. Técnico: Jayme de Almeida

Classificação do grupo 7:
1 – Bolívar – 11 pontos (classificado)
2 – León – 10 pontos (classificado)
3 – Flamengo – 7 pontos
4 – Emelec – 6 pontos

2017
Apenas uma combinação na última rodada poderia tirar o Flamengo das oitavas de final, e ela aconteceu. O San Lorenzo virou para cima dos brasileiros no Nuevo Gasometro, enquanto o Atlético-PR foi buscar o 3 a 2 para cima da Universidad Católica após virar em 2 a 1 e sofrer empate perto do fim. Com 100% em casa e sem pontuar fora, os rubro-negros cariocas amaragaram a dolorosa terceira colocação.

Time no jogo da eliminação: Alex Muralha; Rodinei, Réver, Rafael Vaz e Trauco; Márcio Araújo, Willian Arão e Gabriel (Matheus Sávio); Berrío (Romulo), Everton (Juan) e Guerrero. Técnico: Zé Ricardo

Classificação do grupo 4:
1 – San Lorenzo – 10 pontos (classificado)
2 – Atlético-PR – 10 pontos (classificado)
3 – Flamengo – 9 pontos
4 – Universidad Católica – 5 pontos

Reprodução: Globo Esporte

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  • Mais um time eliminado que não deixará saudades. Quanto ao treineiro, continuará na sombra de um sucesso distante.

  • Vou copiar o que comentei em outra notícia. Apenas um desabafo e uma reflexão.

    O Flamengo foi eliminado nos gols perdidos pelo Guerrero, Arão, GABRIEL E DAMIÃO (em maiúsculas porque foram os mais inacreditáveis) no Chile e em Curitiba. Foi eliminado porque abdicou de jogar na Argentina. Fez sua pior partida no ano e a mais covarde. Foi eliminado porque se planejou mal.

    Em janeiro comentei que o time precisava de dois pontas, pela forma como pretendia jogar, mas só trouxeram um. Tentaram enxergar o Conca, um meia que quase sempre jogou centralizado e que estava machucado, como mais uma solução. Voltei a falar há poucos dias que não era. Sabendo da dificuldade do grupo da Libertadores, não podíamos nos dar ao luxo de trazer um jogador que, na melhor das hipóteses, só poderia estrear na última partida dessa fase. E que depois de tanto tempo sem atuar, é uma incógnita como vai voltar. Precisávamos de jogadores que chegassem com condições de jogo, de se integrar ao time já na pré-temporada para ir conhecendo os jogadores, se encaixando, pegando ritmo pra chegarem nesse momento decisivo em forma e adaptados. Não aconteceu. Aí por uma dificuldade dos que chegaram também.

    Quis o destino que ainda perdêssemos o principal articulador e grande reforço do ano passado na metade do caminho. Nesse momento o erro de planejamento foi escancarado. Fomos para os últimos jogos da fase de grupos contando com menos opções do que tínhamos no final de 2016. Chegamos a atuar com 4 laterais porque não havia jogadores para os lados. A posição que era vista como uma das mais carentes (se não a mais carente). O que foi feito na janela do início do ano? Será que pensaram que renovar com Gabriel era reforço também? Aliás, as renovações são um capítulo à parte. O que fez o Damião pra ganhar ampliação de contrato até dezembro? Sendo a finalização um dos problemas desse time, por que não procurar um atacante com bom aproveitamento? E até quando vamos nos contentar com Márcio Araújo só porque ele corre? Alguém já parou pra contar quantas bolas ele rouba e entrega em seguida? Hoje contei 5 só no primeiro tempo, depois desisti de acompanhar. Sem falar na saída de bola, praticamente nula.

    Diretoria e comissão técnica precisam ser cobradas. Jogadores também, mas principalmente quem gerencia o futebol. Não defendo caça às bruxas, não acho que tudo está errado ou que tem que botar metade pra fora. Mas precisamos de um choque de realidade. A torcida inclusive. Como falaram aqui, não se pode mais fazer nenhuma crítica sem ser visto como “anti”. Acordem! Todos querem o melhor pro Flamengo. Discutir o que não vem bem faz parte de um processo de crescimento. Houve erro de avaliação com relação a qualidade do elenco. Acharam que poderiam, mais uma vez, esperar até julho para fazer as principais contratações. Com uma fase de grupo dificílima pela frente! Há jogadores que não tem condições de estar no time e gozam de enorme prestígio. Alguns ganharam até fã clube. Não vamos a lugar nenhum enquanto continuarem no clube e, pior, quase com status de intocáveis. Enquanto isso, jogadores que já mostraram algum valor, entram bem num jogo e somem por 10 partidas. Se falham uma vez já não servem. E os de sempre, que têm carta branca pra serem inoperantes, seguem firmes e fortes. Flamengo precisa decidir o tamanho da sua ambição e agir de acordo com ela.

  • Amigos, precisamos pensar com equilíbrio, e não com a emoção. Ou o que vcs quiserem.

    Eu tenho visto muitas coisas boas acontecer no FLAMENGO.
    O clube tem vivido a melhor gestão dos últimos tempos.
    O presidente tem feito a parte dele (pelo menos pra alguns), agora infelizmente, fomos eliminados, porque quem assistiu a partida, viu uma equipe covarde, e que não se impôs dentro do campo.
    Um time não se ganha só com nomes ou com grandes salários, mas com coragem, determinação, raça… O nosso time não jogou pra vencer, jogou pelo regulamento. Terminou a partida com 3 volantes e 3 zagueiros. Deu sorte de ter feito o primeiro gol, mas não teve competência pra resistir ao San Lorenzo.

    • O medo de perder tirou a vontade de ganhar. O grande problema é que não temos uma diretoria que entre no vestiário e quebre tudo para mostrar o que é Flamengo para essas tralhas que estão jogando. O Zé Ricardo não deveria ser o treinador e sim um assistente técnico para almejar com o tempo um cargo tão importante como esse. Ontem ficou evidente o medo de ganhar por parte do Zé Ricardo ao recuar demasiadamente o time. Isso é apenas o começo, vamos ver até o final do ano o que iremos colher.

  • Infelizmente nosso time eh piada pronta.

  • Sempre serei Flamengo e sócio torcedor. Mas está na cara que esse técnico é medroso. Recuou o flamengo no segundo tempo com a saída do Berrio. Era ele que arrancava com sua velocidade tirando a bola do sufoco e seguindo com ela chegando até o gol dos adversários. Esse técnico nunca viu essa qualidade do Berrio. Pode ser aloprado pra fazer gol, mas corre muito. Pra quem assiste os jogos do Flamengo nesses últimos dias vai concordar comigo. FORA TECNICO MEDROSO.

    • Foi exatamente o que pensei na hora, o Berrio apesar de errar muito, conseguia segurar uns dois zagueiro, depois que saiu eles não tinham mais a quem marcar. Foram 3 substituições ruins.

  • Eu só consigo lembrar da pobre Chapecoense. Passou por tudo que passou, sendo um time pequeno/médio, e que estava praticamente fora do torneio. Foram lá na raça e arrancaram a vitória.

    É difícil meu amigos, muito difícil. Eu que não sou o cara mais emotivo do mundo simplesmente não consigo voltar a realidade, parece que fui atropelado por um trem.

    • Eu tbm. Não consigo digerir essa derrota.

    • Meio campo do flamengo é fraco, enquanto não voltar Diego e não estrear Conca e Everton Ribeiro vamos ter que sofrer com Arão, MA, Rômulo. Não consigo entender esse titularidade absoluta do Arão, no calor do jogo o técnico pode até não ver o quanto o cara jogou mal, mas será que depois revendo o jogo não repara isso? Na próxima ele tá ai de novo.

      • Não roubam uma bola, não ganham uma dividida. Foi o jogo mais ridículo do Flamengo em anos, faz tempo que eu não fico tão incrédulo.

    • passaram com raça e com gol do wellington paulista. WELLINGTON PAULISTA.

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