Ao deixar claro que vai para o pau e ignorar a sequência de jogos desgastantes, Guerrero automaticamente se credenciou para ser o protagonista do Flamengo na finalíssima do Estadual de domingo, contra o Fluminense. O posto de herói rubro-negro até agora pertence a Marcio Araújo, que fez o gol do último título da equipe, em 2014, também na decisão carioca. Embora o empate garanta a taça ao Flamengo depois da vitória com gol de Everton na semana passada, os números e atuações no torneio local e na temporada dão ao peruano o status de craque rubro-negro, sobretudo na ausência de Diego.
Em lua de mel com a torcida, Guerrero vive sua melhor fase no Flamengo desde que foi contratado, no segundo semestre de 2015. A adaptação demorou e o centroavante não encontrou de cara a estrutura necessária para render o seu máximo. Em 2016, se desdobrou entre seleção peruana e o time e também não teve um começo de temporada de gols e atuações de destaque. Cenário que agora se inverte. Os gols aumentaram – já são 11, sete a menos que em 2016 – e o desempenho cresceu. Não apenas como homem-gol, mas como um multifunção que se notabilizou por fazer o time jogar não importa a condição em que receba a bola. Os proibidos chutões viraram passes acomodados no peito de Guerrero. O que inspirou brincadeiras nas redes sociais.
– Ás vezes tento procurar a bola, se os lados não estão chegando com muito volume. Tento sair um pouco da área, criar espaço para infiltrações. Mexer um pouco, criar dúvida. E meus companheiros me procuram – explica Guerrero, que teve 14 finalizações contra a Universidad Católica, 60% do total da equipe.
A versatilidade aumentou também a confiança da torcida. O jejum e as cobranças por perder a cabeça ficaram para trás. No roteiro atual, a trilha sonora voltou a ser a da estreia, que lembra que Guerrero chegou para acabar com o caô.
– A empolgação dentro do estádio ajuda muito. Os torcedores confiam em mim, isso me dá motivação especial. Espero isso dos meus companheiros também. Me dão a bola achando que vou criar espaço para eles. Para mim é importante essa confiança, do grupo e do e Zé principalmente – enalteceu o camisa nove, de 32 anos.
A diretoria rubro-negra respira aliviada o retorno do investimento de R$ 41 milhões em três anos, e pretende ampliar o vínculo do atleta, que vai até 2018. Questionado se estaria inteiro contra o Fluminense, após sair com câimbras no primeiro jogo da final, Guerrero respondeu em português de quem já se sente em casa no Flamengo:
– Estou à disposição. Vou para o pau de novo. Vou estar em campo com certeza – tranquilizou.
Fonte: Extra
Tá jogando muito mesmo, obrigado por queimar a minha lingua.
Tá jogando muito mesmo, obrigado por queimar a minha lingua. 2
beleza, tá jogando bem. Mas precisa ser mais eficiente. Olhando os números, 14 finalizações para um gol é muito pouco. Independente do papel tático, perde ainda muitos gols.
Bem colocado. Mas deve-se levar em consideração que além de muito bem marcado, ele buscou finalizar em todas as possibilidades, o que é bem diferente de um atacante que finaliza 3 ou 4 vezes apenas em momentos oportunos… &;-D