As três goleadas no domingo permitiram que o Brasileiro tivesse sua melhor média de gols na rodada de abertura em dez anos na competição. Mesmo faltando uma partida – Coritiba e Atlético-GO -, as nove partidas foram suficientes para igualar os 28 gols de 2015, que detinha o maior número em uma década. Nesta segunda-feira, esse total pode ser superado ou ficará igual.
A última vez em que a abertura do Nacional teve uma média de gols maior foi em 2007 quando foram marcados 39 gols em dez jogos, média de 3,9 por jogo. Até domingo, a estreia do campeonato tinha média de 3,1 gols. Em caso de partida sem gols nesta segunda-feira, a média será igual a de 2015.
Comparado com 2016, dobrou o total de tentos na rodada, já que naquele campeonato foi a pior estreia do Brasileiro nesses últimos dez anos, com 1,4 gol por jogo.
Para chegar a esse resultado, foram determinantes as goleadas de Bahia, Palmeiras e Ponte Preta. No total, nesses jogos, foram 16 gols, mais da metade dos marcados na rodada. Todos os resultados foram em favor dos times mandantes.
Não houve nenhuma vitória de time visitante nesta abertura do Brasileiro. Três deles, Atlético-MG, Chapecoense e Vitória, conseguiram empatar, mas todos os outros seis perderam.
Se a média de gols foi positiva, os erros de arbitragem voltaram a ocorrer já na rodada inicial. O Grêmio marcou um gol em que Luan desviou a bola com a mão contra o Botafogo, o que foi ignorado pelo árbitro Bráulio da Silva Machado. No jogo entre Avaí e Vitória, o juiz Felipe da Silva não marcou pênalti quando Júnior Dutra, do time catarinente, sofreu uma tesoura dentro da área.
Esses foram os erros claros. Houve ainda dois pênaltis discutíveis marcados para Palmeiras e Fluminense em cima de Dudu (o 1o) e Henrique Dourado. A arbitragem de vídeo poderia ajudar nesses dois lanes, mas a CBF resiste a agilizar sua implantação por enquanto.
PS Lamenta-se que o gremista Luan não tenha admitido que o segundo gol gremista foi resultado de um toque tão clamoroso em sua mão. Omitir-se em um lance tão claro é se aproveitar do erro alheio em proveito próprio, como deixar de devolver um troco errado no táxi.
Fonte: Rodrigo Mattos | Uol