Há quinze anos, dizemos que o estadual não vale nada. Não pode mais ser assim. Não dá mais para repetir este discurso num país que produz o maior público do ano na decisão do Campeonato Carioca e lota estádios ou os esvazia igualmente em competições nacionais, internacionais ou estaduais. O que vale não é o estadual. É o seu time. Vale o Flamengo, o Corinthians, o Atlético, o Vitória, o Coritiba… Cada clube tem seu momento, cada título tem sua importância.
CORINTHIANS CAMPEÃO PAULISTA
O vigésimo-oitavo troféu estadual do Corinthians é o primeiro de Carille e também depois de Tite. Não apenas da saída de Tite para a seleção brasileira, mas depois das passagens de Tite de 2010 a 2013, de 2015 a 2016. Porque depois do Brasileirão 2011 e do Mundial 2012, o Corinthians não teve sucesso com Mano Menezes em 2014, fracassou com Oswaldo de Oliveira e Cristóvão Borges em 2016. O troféu de Carille sedimenta um estilo de jogo. Não é pouco. O Corinthians campeão com o 1 x 1 contra a Ponte Preta é assim desde 2009. Seguro e fatal. Não é pouco num país em que raras equipes têm um estilo de jogo próprio.
FLAMENGO CAMPEÃO CARIOCA
O Flamengo precisava de um título para confirmar o bom projeto de recuperação econômica. Guerrero precisava de um gol para convencer a torcida rubro-negra de que faz gols quando o jogo está difícil. Gols que valem pontos, como o do empate por 1 x 1, antes do gol da vitória, marcado por Rodinei. O troféu também confirma o bom trabalho de Zé Ricardo. Até três semanas atrás, diziam que não sabia substituir. Pois colocou Rodinei e Gabriel e virou a partida com jogadas dos substitutos. O Flamengo entrará no Brasileirão para tentar seu sétimo título.
ATLÉTICO CAMPEÃO MINEIRO
Roger Machado achou o jeito de jogar na reta de chegada. Montou o time com duas linhas de quatro. Escalou Adílson como volante e deslocou Elias para o lado direito do meio-de-campo. Com marcação forte e pouco espaço entre as duas linhas defensivas, recuperava a bola e era rápido na definição. Assim foi o gol de Robinho, passe de Fred, bola recuperada na saída de bola do Cruzeiro. Cazares foi fundamental. Entrou e quase fez 1 x 0 em sua primeira jogada. Depois, deu o passe para o gol de Elias, o que valeu o título mineiro.
NOVO HAMBURGO CAMPEÃO GAÚCHO
Beto Campos é um técnico experiente, de passagens por clubes do Rio Grande do Sul, como o Caxias. Montou um time seguro, mas que ataca. Foi campeão com o maior número de pontos e de gols. Brilhante. Na decisão, sofreu o empate e poderia ver seu time sucumbir. A experiência de jogadores como Júlio Santos, Preto, Mateus e João Paulo ajudaram a definir nos pênaltis, em que o travessão foi protagonista.
VITÓRIA CAMPEÃO BAIANO
Wesley Carvalho é a consagração do técnico interino. Assumiu uma semana depois da saída de Argel Fucks, após a briga do Ba-Vi semifinal da Copa Nordeste. Empatou duas vezes e foi campeão. Fala-se de Carlos Amadeu para ser o treinador efetivo, outro que passou pela base do Vitoria. Impossível cravar ainda. O Vitória contratou bem, montou um time experiente, não sofreu sem Kieza e tem base para fazer boa campanha no Campeonato Brasleiro.
CORITIBA CAMPEÃO PARANAENSE
Paulo César Carpegiani deixou o clube no decorrer da campanha, Pachequinho assumiu o time descobriu atuações incríveis. Alan Santos é um monstro, Galdezani um jogador diferente, Anderson voltou a jogar bem, Kléber tornou-se artilheiro. O Coritiba conquistou com empate em casa seu 38o título paranaense, quinze a mais do que o Atlético Paranaense, segundo colocado na tabela dos campeões. Importante também porque o Coritiba não vencia um campeonato desde 2013.
Fonte: PVC | Uol
Sai dessa PVC, estaduais passaram suas longas 18 datas dando prejuízo aos clubes e enriquecendo uma federação corrupta, e você vem me justificar tudo isso por um jogo? É o cúmulo da burrice.