Rodrigo Mattos: “Patrocínio a clubes só cai desde Copa-2014. Palmeiras se salva”

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Receitas com patrocínio e publicidade têm sido das que mais crescem no futebol mundial. Não no Brasil. Com o país em crise econômica, as parceiras comerciais em camisas de clubes perderam valor real nos últimos três anos considerada a inflação, segundo estudo da BDO Sports Management sobre as contas de 2016. Só quem se salva com valor significativo na camisa é o Palmeiras com a Crefisa.

O estudo da BDO aponta que os 23 clubes mais ricos do país ganharam R$ 524,1 milhões no ano passado com patrocínios. Houve um crescimento de apenas 4% em relação ao ano anterior sendo que a inflação foi de 6,29%.

Essa perda de valor ocorre, ironicamente, desde o ano da Copa-2014 quando havia a promessa de um boom no futebol nacional. Naquele ano, houve queda de patrocínios aos clubes depois de anos de alta. Do final de 2013 para cá, se o investimento tivesse crescido pelo menos o percentual da inflação (22%), teria chegado a R$ 586,8 milhões. Ou seja, o mercado perdeu em valor real em torno de R$ 60 milhões.

”Se consideramos a inflação, e o investimento da Caixa, o patrocínio voltou ao patamar de 2010”, analisou o consultor da BDO, Pedro Daniel. ”Considerando o dólar que era mais baixo em 2010, o valor caiu. Com o câmbio favorável, seria para as multinacionais quererem investir no futebol aqui. Não aconteceu.”

Isso apesar do investimento pesado da Caixa Econômica Federal em uniformes de clubes chegando a atingir patamar de R$ 150 milhões. Na prática, o banco responde por 30% do mercado nacional de patrocínio. Sem esse dinheiro, a queda seria ainda mais acentuada.

Mercados maduros do futebol costumam ter divisão balanceada de receitas. Na Europa, a TV é a principal fonte de renda, mas não fica tão à frente de patrocínios e bilheteria. No Brasil, com a queda dos patrocínios, a televisão já responde por cerca de metade das rendas dos clubes do total.

Em 2016, os 23 clubes mais ricos do país arrecadaram R$ 4,962 bilhões. Desse total, apenas 11% foram de patrocínios aos times. Há sete anos atrás, em 2010, esse percentual chegava a 17%. O mercado de publicidade dos clubes simplesmente regrediu.

No ranking, o que se percebe é que o Palmeiras se salvou dessa queda com a Crefisa. Líder no país no quesito, o clube atingiu R$90,7 milhões em 2016, um crescimento de 30% sobre o ano anterior. Foi seguido pelo seu rival Corinthians com R$ 71,5 milhões e aumento dentro da inflação. Já o Flamengo, que era líder, caiu 22%, atingindo R$ 66,3 milhões – isso aumentou sua dependência da televisão.

Fora do topo, São Paulo (77%), Atlético-MG (94%) e Altético-PR (60%) tiveram evoluções nos seus ganhos de patrocínios significativos percentualmente. Mas, no caso do tricolor, está recuperado o que tinha perdido em 2015. E Galo e Furacão partiram de patamares mais baixos. Veja abaixo o ranking de patrocínios:

1o Palmeiras – R$ 90,7 milhões

2o Corinthians – R$ 71,5 milhões

3o Flamengo – R$ 66,3 milhões

4o Grêmio – R$ 35,5 milhões

5o São Paulo – R$ 35,3 milhões

6o Internacional – R$ 34,2 milhões

7o Atlético-MG – R$ 31,6 milhões

8o Cruzeiro – R$ 26,8 milhões

9o Santos – R$ 22,4 milhões

10o Fluminense – R$ 15,7 milhões

11o Vasco – R$ 13,6 milhões

12o Botafogo – R$ 9,4 milhões

13o Coritiba – R$ 9,4 milhões

14o Sport – R$ 9,3 milhões

15o Bahia – R$ 9 milhões

16o Vitória – R$ 8,8 milhões

17o Chapecoense – R$ 7 milhões

18o Atlético-PR – 6,8 milhões

19o Figueirense – R$ 6,8 milhões

20o Ponte Preta – R$ 6 milhões

Fonte: Rodrigo Mattos / Uol

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  • Não ha nada de errado nesses valores , constam no balanço dos clubes. O que tem que se atentar é que esses valores foram recebidos ao longo de todo o ano de 2016 e o Flamengo em alguns meses não teve todos os espaços patrocinados. Bem diferente neste ano acima dos 80 milhões.

  • _ O Palmeiras não tem patrocínio e sim doação de dinheiro de um casal de espertalhões. A única verdade que a imprensa paulista insiste em não dizer!

  • Amigos, se considerarmos o patrocínio da CEF ao Corinthians, renovado na base do “jeitinho” na política em valor 5 milhões acima do valor do Flamengo, e excluindo o Palmeiras, que é uma anomalia e que perdurará até que a dona da Crefisa resolva parar de brincar de Palmeiras, o Flamengo estaria no topo do ranking.
    Isso mostra a dificuldade que é ser o clube com maior faturamento do Brasil, e isso jogando fora do Rio de Janeiro….

  • Trabalho pareceu mal feito em 2016, foi por isso q o gerente de marketing dançou?

    • Não, ele saiu pq foi convidado para ser CEO da Primeira Liga

  • O no final de tudo o clube de maior renda sempre será o Flamengo…

  • O Palmeiras tem 2 estelionatários para bancar esse timinho .Inclusive, se não fosse o Santos em 2015 ,esse time estaria na serie b

  • Qual é a desse cara com esses POSTS seguidos ?

  • Balanço do ano passado e isso ta muito estranho ano passado Flamengo tinha por volta de 80 milhões em patrocinios.
    Esse ano ultrapassa de 100 milhões.

    • Pode ser que o valor que a Adidas paga estivesse contando como patrocínio no balanço do ano passado, daí a diferença.

      • exato. No patrocínio não entra o valor pago pelo material esportivo.

        • Adidas da tbm dinheiro pro Flamengo anualmente e não só material esportivo…o crefisa e a fam não pagou isso que ele esta dizendo matéria e nem o corinthians recebeu mais que o flamengo ano passado.

      • Adidas da tbm dinheiro pro Flamengo anualmente e não só material esportivo…o crefisa e a fam não pagou isso que ele esta dizendo matéria e nem o corinthians recebeu mais que o flamengo ano passado.
        Esses caras fazem isso intencionalmente.

  • só títulos podem garantir patrocinio ao mengão vamo que vamo pra cima deles mengoo

  • Deixa a Carabao chegar pra vocês verem só.

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