A vida do garoto Vinicius Júnior, de apenas 17 anos, começou a mudar de vez neste sábado aos 35 minutos do segundo tempo do empate por 1 a 1 entre Flamengo e Atlético-MG. O jovem atacante começou no banco, teve o nome gritado em um Maracanã com mais de 50 mil pessoas e conseguiu jogar cerca de 10 minutos em sua estreia como profissional. E mais: realizou o sonho de atuar contra o ídolo Robinho.
“Até pedi a camisa dele, ele falou que vai me dar depois das entrevistas. É o meu ídolo desde pequeno, e hoje fiquei muito feliz por jogar ao lado dele”, disse a joia rubro-negra na saída de campo. “Que seja um ano de muitas vitórias aqui no Flamengo”, emendou.
Na mira do Real Madrid e avaliado em cerca de 45 milhões de euros (aproximadamente R$ 153 milhões, de acordo com a cotação atual), Vinícius tentou algumas jogadas na reta final da partida. Pouco pôde fazer para mudar o placar, mas foi o suficiente para incendiar a torcida flamenguista. “Fico muito feliz com o reconhecimento de toda a torcida do Flamengo. Quero agradecer ao Zé Ricardo e à toda a comissão técnica pela oportunidade, e ao grupo que me recebeu muito bem”, disse o atleta.
Vinícius Júnior começou a treinar entre os profissionais do clube nesta semana, de modo que sua estreia ainda não era aguardada para este sábado, segundo o próprio Zé Ricardo. O técnico se explicou após o jogo. “Acho que foi uma conjunção de fatores. A ideia do clube sempre foi trabalhar o Vinícius a partir do Brasileiro, e o momento chegou. Por características físicas, era o que mais se aproxima do Berrío”, disse o treinador em coletiva à imprensa. Vale destacar que Vinícius Júnior entrou em campo aos 35 do segundo tempo para substituir Berrío.
“É perfeitamente compreensível que ele esteja ansioso e nervoso, quem não estaria? Se nós tivéssemos todo o plantel disponível, talvez ele nem fizesse parte dessa relação. Ele veio para o jogo em função dos desfalques [Gabriel, Diego e Mancuello] que tivemos. Sem nenhum tipo de pressão, ele vai seguir com o tempo necessário para se desenvolver como profissional”, prosseguiu.
“Talvez a ideia não fosse utilizá-lo, mas só trazer para viver o clima do Maracanã”, admitiu Zé Ricardo. “Entrou nervoso, isso é normal. Tem muita coisa para crescer, e é legal que tenha levado o carimbo da estreia em casa. Mas vamos ter muita calma pra que o jogador cresça no seu momento e não no momento dos outros. É muito jovem, só 17 anos. Quando estiver mais adaptado, vai poder mostrar todo o seu potencial”, avaliou.
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