Um clássico com altas doses de rivalidade. Assim pode ser definido o duelo entre Flamengo e Botafogo, que se enfrentam neste domingo, às 11 horas (de Brasília), no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. Nos últimos anos, a troca de farpas entre dirigentes fez com que os ânimos se acirrassem.
Tudo começou quando o presidente alvinegro Carlos Eduardo Pereira acusou o flamenguista Eduardo Bandeira de Mello de aliciar o volante Willian Arão. De lá para cá, os clubes brigaram também pela Arena da Ilha, por alguns jogadores e esta semana ainda surgiu o interesse do Flamengo por Sassá.
Quando o Flamengo eliminou o Botafogo no Campeonato Carioca, seus jogadores falaram que os rivais teriam que assistir a final pela televisão. O troco veio alguns dias depois, quando os botafoguenses aconselharam os flamenguistas a comprarem um sofá para verem as fases decisivas da Copa Libertadores.
A rivalidade aumentou ainda mais na quinta-feira, quando, ao analisar o atacante peruano Paolo Guerrero, o centroavante Roger menosprezou o rival.
“Acho ele supervalorizado, apesar de reconhecer que é um bom jogador. Mas não é tudo isso. O Fred, por exemplo, é mais jogador. Mas temos no Brasil a mania de valorizar o que não é nosso. Trata-se de um atleta perigoso, que joga em uma grande equipe, mas podemos neutralizá-lo”, disse o atacante.
Willian Arão também se posicionou sobre a rivalidade, que para muitos ganhou força quando ele trocou de clube. “Apesar das hostilidades que recebo, e que não são poucas, procuro agir com naturalidade. O Flamengo precisa pensar em vencer, pois um clássico é sempre um jogo diferente, com outra atmosfera”, disse.
Na tabela de classificação, existe equilíbrio. O Botafogo, que vem de triunfo de 1 a 0 sobre o Bahia, aparece com seis pontos, um a mais que o Flamengo, que arrancou empate por 1 a 1 com o Atlético-PR no Sul.
“Isso mostra que os dois times estão em condições de equilíbrio, vai ser um clássico que vai exigir demais. Estamos vindo de uma maratona de jogos, mas precisamos nos reerguer”, disse o técnico do Alvinegro, Jair Ventura, que viu, no meio de semana, sua equipe empatar por 1 a 1 com o Sport e avançar para as quartas da Copa do Brasil.
Zé Ricardo, comandante do Flamengo, tem a mesma linha de raciocínio. “Trata-se de um clássico e sabemos que ganhar vai ser muito importante. Mas não podemos deixar que esse sentimento nos prejudique, os três pontos desse jogo valem tanto quanto qualquer outro”, analisou.
Em termos de escalação, o Flamengo terá novidades. Os meias Everton, recuperado de pisão no tornozelo direito, e Ederson, poupado na rodada passada, reaparecem, respectivamente, nas vagas de Matheus Sávio e Mancuello.
O meia Diego, recuperado de cirurgia no joelho direito, e Darío Conca, que ainda não jogou no ano por conta de operação na perna direita, foram liberados. Mas, pelo tempo parado, o argentino não será relacionado, enquanto o ex-santista deve ficar como opção no banco de reservas.
No Botafogo, o volante Rodrigo Lindoso, com dores na coxa direita, fica fora e sua vaga será de Bruno Silva, que cumpriu suspensão diante do Sport. Outra volta é a do lateral Arnaldo, que não está inscrito no torneio mata-mata, e vai substituir Emerson Santos. Camilo, com dores no ombro, é dúvida e, se for vetado, será substituído por Gilson.
FICHA TÉCNICA
FLAMENGO X BOTAFOGO
Local: Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ)
Data: 4 de junho de 2017 (Domingo)
Horário: 11 horas (de Brasília)
Árbitro: Dewson Fernando Freitas da Silva (Fifa-PA)
Assistentes: Helcio Araujo Neves (PA) e José Ricardo Guimaraes Coimbra (PA)
FLAMENGO: Alex Muralha; Pará, Réver, Rafael Vaz e Renê; Márcio Araújo, Gustavo Cuéllar, Willian Arão e Ederson; Everton e Paolo Guerrero
Técnico: Zé Ricardo
BOTAFOGO: Gatito Fernández; Arnaldo, Joel Carli, Igor Rabello e Víctor Luís; Aírton, Bruno Silva, João Paulo e Camilo (Gilson); Rodrigo Pimpão e Roger
Técnico: Jair Ventura
Fonte: Espn
Ex-santista! Não tinha outro substantivo pra usar? Essa imprensa paulista é F
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Eu não vejo problema em jogar com 3 volantes, desde que os laterais não sejam os defensivos Pará e Renê, mas sim Rodneil e Everton, o quarto homem do meio de campo seja o Diego e o ataque seja formado por Emerson e Guerrero.
TIME FORTE E CASCUDO.